A Polícia Civil agiu rápido e, em menos de 12 horas, prendeu os dois assaltantes que confessaram ter matado, covardemente com um tiro no pescoço, o programador de sistemas Carlos Renato Souza, 45 anos, quando atravessava a Ponte Florentino Avidos (Cinco Pontes), na tarde de terça-feira (15/05). Os latrocidas são Emerson Moura Marinho, o Cocão, e Daniel Braga da Cruz, de 19 anos.
Cocão foi preso ainda na noite do crime, em sua casa, no bairro São Torquato, em Vila Velha, próximo do local do latrocínio. Foi preso por policiais do Departamento Especializado em Investigações Criminais (Deic). Cocão foi encontrado com o celular da vítima e a arma do crime, um revólver 38.
Daniel (foto) também estava sendo procurado desde o crime e foi encontrado em uma escadaria do Morro do Parque Moscoso, em Vitória. Com ele, a polícia apreendeu bicicleta roubada suja de sangue.
A Polícia Civil chegou até Emerson após realizar várias buscas. Ele foi preso às 2 horas desta quarta-feira (15/05), nove horas após o crime.
“A equipe esteve na Cinco Pontes e procedeu diligências no sentido de identificar os criminosos, para depois efetuar a localização, aproveitando que eles ainda estavam no período do flagrante. Por volta de 2h da manhã, localizamos o primeiro suspeito, na casa dele, em São Torquato. Ele estava com a arma do crime, bem como o aparelho celular a vítima. O segundo suspeito foi localizado perto da escadaria do Moscoso. Perto do local foi encontrada a bicicleta (da vítima) suja de sangue”, explicou o delegado Romualdo Gianordolli.
Para a polícia, Emerson e Daniel já vinham praticando diversos assaltos entre a Ilha do Príncipe e São Torquato, tendo como vítimas trabalhadores e estudantes que atravessam a Cinco Pontes a pé ou de bicicleta.
O ciclista Carlos Renato foi morto durante um assalto, na Cinco Pontes, que liga Vitória e Vila Velha. Carlos foi executado pelos assaltantes mesmo depois de ter entregue a bicicleta e o celular. Neste momento, Cocão e Daniel estão sendo autuados em flagrante pelo chefe da Divisão de Repressão a Crimes contra o Patrimônio, delegado Fabiano Rosa.
Nossa opinião:
Em vez de assinar decretos que flexibilizam o porte e posse de armas no País – como o último decreto, que liberou porte de armas, inclusive de uso restrito, para 20 categorias profissionais –, o presidente Jair Bolsonaro deveria inserir no Pacote Anticrime do ministro Sérgio Moro mudanças mais radicais no Código de Processo Penal. O próprio ministro Moro já declarou que a flexibilização da posse e porte de armas não faz parte da política da melhoria da segurança pública.
É inconcebível se falar em progressão de pena em um País em que os bandidos são cada vez mais impiedosos com suas vítimas – vide os corruptos que dilapidam os cofres públicos. É inadmissível que o sistema jurídico brasileiro impeça que um criminoso fique mais de 30 anos de cadeia, por mais cruel tenha sido seu delito.
Enquanto os atuais legisladores temem discutir prisão perpétua, por exemplo, que se inclua no Pacote do Moro expediente jurídico que suba o patamar de prisão máxima no Brasil, a pelo menos para 50 anos.
É preciso acabar de vez com a fome assassina de monstros como esses dois que mataram covardemente o ciclista Carlos Renato Souza. Emerson Moura Marinho e Daniel Braga da Cruz nasceram para roubar; nasceram para matar. Eles fazem parte da pior espécie de bandidos, pois saem para praticar o assalto já com a arma engatilhada: a qualquer sinal de reação da vítima, atiram para matar. E, depois, têm a coragem de alegar não ter tido intenção.
Como a pena de morte é causa pétrea, que o Congresso Nacional, os governos estaduais, a União e a sociedade discutam, pelo menos, propostas que impeçam que monstros como Emerson Moura Marinho e Daniel Braga da Cruz saiam da cadeia.
Quem nasce para matar, como esses dois monstros, não têm o direito de conviver no meio da sociedade ordeira.