O vice-presidente do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol), Humberto Mileip, busca voos mais altos na política. Aliado do candidato ao governo do Estado pelo PSB, Renato Casagrande, Humberto decidiu arregaçar as mangas e colocou seu nome à disposição do eleitorado capixaba em busca de uma cadeira na Assembleia Legislativa. E, assim, resolveu ser candidato com o compromisso de ajudar a melhor o serviço público estadual, da segurança pública e privada, e com o combate a corrupção.
Humberto Mileip formou-se em Direito pela UVV em 2005, exerceu a advocacia e assessorou o Procurador-Geral de Vitória de 2006 a 2010, quando entrou na Polícia Civil capixaba, especializando-se em Criminologia. É docente no setor da Segurança Privada participando da instrução e reciclagem de vigilantes.
Atualmente é vice-presidente do Sindipol (licenciado) e até junho desse ano foi diretor da Confederação Brasileira dos Policiais Civis (COBRAPOL), entidade que orientou a categoria a apresentar candidaturas para esse pleito eleitoral, para o Congresso, as Assembleias Legislativas e Governos. Atua também como membro do Conselho Fiscal do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Espírito Santo (IPAJM), bem como do Movimento Acredito no Espírito Santo, movimento marcado pela busca de renovação de princípios, práticas e pessoas na política.
A vontade de ingressar no Poder Legislativo Estadual na função de deputado surgiu no cenário da falta de credibilidade que acomete os agentes políticos tradicionais em razão da repercussão dos casos de corrupção noticiados cotidianamente, bem como pela vontade popular que reclama sua representação por candidatos alinhados com a tão sonhada renovação da política, especialmente com base nos princípios da ética e transparência.
Tem ainda como circunstância motivadora a desvalorização e sucateamento do serviço público estadual, principalmente das forças de segurança pública.
Humberto Mileip afirma que “a luta sindical tem seus limites e que, por isso, é preciso que os trabalhadores ampliem suas representações políticas nos parlamentos e também no poder executivo, pois sabemos que são nessas áreas que são tomadas as decisões que afetam diretamente nossas remunerações, nossas condições de trabalho, enfim, nossas vidas e de nossas famílias”.
Devido à atuação na representação dos policiais civis em âmbito estadual e nacional, Humberto Mileip tem clareza sobre as necessidades da segurança pública e do serviço público estadual: “Nós não vamos desistir de algumas demandas como a incorporação da escala especial, melhoria dos nossos salários, a implantação da data base, a carreira única e a manutenção da nossa aposentadoria especial, que apesar de serem pautas nacionais, continuaremos com essas lutas”.
Considera a ausência da data-base uma das principais deficiências do serviço público estadual. “Esta é uma questão de suma importância porque os Estados que ainda não possuem a data base, dentre eles o Espírito Santo, alegam que por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal e em nome do equilíbrio fiscal não podem implementar o direito. Mas sabemos que esse argumento é frágil, já que a Lei de Responsabilidade Fiscal é norma infraconstitucional e a Constituição determina que os servidores tenham os salários recompostos pela inflação. É uma demanda que está na nossa proposta de trabalho e que tem que ser atendida”, diz.
Para Humberto Mileip, uma das formas de tornar mais efetiva a atividade da Polícia Judiciária seria a carreira única. “Ela resolverá muitos problemas, dentre eles a falta de efetivo em um cargo e outro, a disparidade de direitos, desvio de atribuições, cargos em excesso, desequilíbrio na carreira, investigação ineficiente e usurpação de prerrogativas.”
Informa que, representando a Região Sudeste, foi um dos seis profissionais da segurança pública do Brasil que participaram da elaboração do projeto de lei que cria a Lei Orgânica das Polícias Civis: “Estudamos por mais de 1 ano as polícias investigativas de outros países, e chegamos à conclusão de que a carreira única na Polícia Civil é o melhor modelo, como ocorre na maioria dos países que tem a segurança mais estruturada”.
Já a questão da atividade investigativa na PC capixaba, o candidato a deputado estadual diz que a Polícia Civil é a única que ainda tem vários cargos exercendo tal atividade. “Isso traz um enorme prejuízo à sociedade, que deixa de ter um resultado mais efetivo quanto à resolução dos crimes. Essa será uma pauta que trabalharemos com urgência”.
Mileip diz que o próximo governo tem obrigação de voltar a investir em políticas sociais, abandonadas pelo atual governante, pois educação pública precária, saúde precária, falta de perspectivas para geração de emprego, trabalho e renda é que criam o ambiente favorável para que pessoas (principalmente jovens), sem perspectivas na vida, acabem indo ao encontro do mundo do crime.
O candidato a deputado estadual Humberto Mileip diz que dará ênfase ao papel fundamental do parlamentar estadual de fiscalizar os atos do poder executivo, com foco, principalmente, no combate à corrupção e na fiscalização do emprego das verbas públicas.