Advogados e demais jurisdicionados, que frequentam o 9º Juizado Especial Cível de Vitória, localizado na Rua das Palmeiras, 685, bairro Santa Luíza, estão passando por um certo tipo de constrangimento. É que funcionários responsáveis pela copa do Juizado colocaram um aviso nada elegante, avisando que não servem cafezinho para advogados e nem para as partes.
Um dos avisos informa que o local é reservado somente para a Globo, empresa terceirizada responsável pela copa do Juizado Especial. Outra, deixa claro que “advogados não podem nem pedir cafezinho e não adianta insistir”.
A foto que destaca esta postagem é do advogado José Carlos Rizk Filho, que em sua página no Facebook postou a informação do gesto deselegante dos funcionários da Globo e recebeu diversos comentários de revolta e indignação.
“Gentileza gera gentileza. Audiência após o almoço eis que vejo esse recado ‘simpático’ na copa do Juizado Especial de Vitória. Advogado não pode nem pedir cafezinho e não adianta insistir”, postou o advogado.
Abaixo, nota enviada ao Blog do Elimar Côrtes pela presidente da Comissão Especial dos Juizados Especiais e Conselheira Seccional da OAB-ES, Flávia Aquino dos Santos
“É verdade que o cartaz afixado pela empresa terceirizada soa como deselegante, e evidencia a falta de gentileza no trato dispensado aos advogados. Mas, é fato que o Poder Judiciário não tem obrigação de servir café aos advogados, sendo essa uma expectativa de que sejamos tratados com a cordialidade e respeito que merecemos, afinal, somos indispensáveis à Justiça.
Porém, penso que as mazelas da advocacia ultrapassam a vedação de acesso à área restrita aos funcionários de limpeza – segundo me foi informado. Creio que a advocacia em peso prefere gentileza no atendimento junto aos balcões dos Cartórios, maior acessibilidade aos Juízes, celeridade no julgamento dos processos, entre outras questões tão mais relevantes.
A bem da verdade, nos locais onde foi disponibilizado espaço para sala de apoio, a OAB fornece café e água aos advogados, mas, infelizmente, essa não é a realidade de alguns Juizados Especiais. Estamos em contato com o Tribunal de Justiça, tentando encontrar uma solução.
Uma outra realidade, que não pode ser ignorada, é que em várias repartições públicas vemos os próprios servidores levando suas garrafinhas de água, comprando seu café e por aí vai…
Penso que, embora desagradável e desnecessária tamanha falta de cordialidade com os advogados, estampada no cartaz, esse não é o maior problema que a advocacia tem enfrentado na lida diária nos Juizados, seja na Grande Vitória, seja nas Comarcas do interior”.
(Texto atualizado às 18h15 de 13/07/2018)