A Polícia Militar do Espírito Santo promoveu no dia 22 de dezembro de 2017, quatro policiais. Até aí, uma rotina na caserna. O ineditismo na promoção é o vínculo familiar e a escolha da mesma profissão que unem os quatro policiais militares. São dois casos: um de mãe e filha; e, o outro, pai e filho, agraciados com a tão sonhada promoção, divulgada no Diário Oficial do Estado.
A promoção da tenente QOA Sandra Gilda Faustino dos Santos, lotada na Patrulha Escolar, saiu juntamente com a da sua filha, a tenente QOC Sacha Faustino Barcellos da Gama – da 14ª Companhia Independente, no bairro Feu Rosa, Serra –, ambas promovidas ao posto de 1º tenente. Também no mesmo dia, o subtenente QOA Márcio Gladston Lamas Couto, da 13º Companhia Independente (Grande Terra Vermelha, Vila Velha), foi promovido ao posto de 2º tenente, assim como o seu filho, o aspirante a Oficial Rômulo Nascimento Couto, do 4º Batalhão da PM (Vila Velha).
Para o tenente Couto, na ativa há 25 anos, pode-se dizer que essa conquista mútua também é uma recompensa por exercer no ambiente de trabalho alguns valores familiares importantes, tais como ser correto, responsável, prudente e respeitador.
“Dentro de casa ensinamos alguns valores essenciais à construção do caráter dos filhos e que esperamos que eles levem para a vida, para o círculo de trabalho e amizades. O objetivo é sempre nos tornarmos pessoas melhores. Acho que isso tem haver com essa conquista. Sinto-me muito honrado de estar partilhando dessa mesma alegria com o meu filho hoje”, afirmou Couto.
O tenente Rômulo, por sua vez, disse que seu pai sempre foi um exemplo de homem e profissional, o que o inspirou a escolha pela carreira. “Entrei na Polícia Militar em 2013 como soldado, meu pai já estava no Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos. Ele sempre me apoiou e me incentivou muito, o que me fez tentar também o concurso para o Curso de Formação de Oficiais. Deu certo e hoje estou aqui, graças a Deus e a minha família”, pontuou tenente Rômulo.
Após mais de 30 anos de serviço, a tenente Sandra disse ter recebido a recompensa que faltava para encerrar a carreira com “chave de ouro”. Com tanta experiência, ela disse que a transmissão da profissão militar à sua geração foi, principalmente, pelo intenso convívio que a filha teve com esse ofício, pela observação do amor dos familiares pela carreira, tanto do pai, quanto da mãe.
“Cresci vendo os meus pais se dedicarem ao trabalho, com muita ética, honestidade e profissionalismo. Meu pai, capitão Charles, hoje na reserva, também é minha referência. Nas festinhas de confraternização de fim de ano, eles me levavam sempre, e eu via como eles eram queridos e admirados pelo que faziam. Esse amor pela carreira foi como um espelho pra mim e será para o resto da vida”, afirmou Sandra.
(Com informações também do Portal da PMES)