Cumprindo um projeto nacional da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), o Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES) deverá apoiar um candidato a deputado estadual nas eleições de 2018. Apesar de o Sindipol/ES ser apartidário, reconhece a importância da participação de policiais civis no processo político eleitoral do País.
No Espírito Santo, os policiais civis têm no deputado Estadual Euclério Sampaio (PDT) seu maior representante na Assembleia Legislativa, enquanto os policiais militares contam com o deputado Josias Da Vitória (PDT). Euclério é investigador de Polícia aposentado e sindicalizado, Da Vitória, cabo da Reserva Remunerada da PM. Mesmo assim, o deputado Sandro Locutor (Pros) tem ajudado a categoria, intermediando apresentação de projetos de lei em prol da segurança pública, pontos de pauta do Sindipol/ES.
Os policiais civis devem concorrer ao pleito eleitoral a fim de alcançar os espaços de poder político para garantir melhorias para a população, principalmente, na área de segurança pública e também para atuarem na defesa de seus direitos.
O projeto da Cobrapol consiste no lançamento de candidatos policiais civis por todo o Brasil, para as Câmaras Municipais, Assembleias Estaduais e, principalmente, para o Congresso Nacional, onde os parlamentares poderão contribuir de forma mais eficiente na reforma da segurança pública, tão necessária e aguardada ansiosamente pela população brasileira e pelos profissionais da área.
“O Sindipol/ES, nesse momento, enxerga uma candidatura à Ales mais viável e, assim, pensa em colocar um projeto de melhoria da segurança pública capixaba à disposição tanto dos profissionais da área como dos cidadãos do Estado”, diz a Diretoria do Sindicato, que completa:
“Essa candidatura vai além da segurança pública: a ideia é eleger alguém que coloque em primeiro lugar o cumprimento do papel do parlamentar estadual, qual seja, fiscalizar de fato o Poder Executivo, bem como propor e votar projetos que realmente sejam benéficos à população capixaba. O Sindipol tem a clara visão de que o dia em que o brasileiro entender que as ‘trocas de favores’ são prejudiciais a todos, o Brasil conseguirá evoluir como nação”.
O presidente do Sindipol/ES, Jorge Emílio Leal, diz:
“Um representante político, quando legisla em troca de favores ou oferece um dinheiro para receber o voto da pessoa, provavelmente atuará de forma desonesta em outras situações. Um político que utiliza uma emenda para construir um hospital ou uma creche, não faz mais do que sua obrigação, na medida em que esse dinheiro é público, e esse fato não deve ser levado em conta isoladamente para que esse político receba o voto do beneficiado. O brasileiro deve entender que quando nossos políticos utilizarem os recursos públicos da forma devida, não será mais necessário favores pessoais, pois todos serão beneficiados pelo emprego correto dos recursos públicos, transformados em políticas públicas de qualidade, tais como saúde, educação, segurança, trabalho, previdência e assistência social”.
É nesse campo que, se o Sindipol/ES tiver um representante, poderá cobrar dos gestores públicos com mais eficiência e contundência. O trabalho de fiscalização dos atos do Executivo, para o correto emprego da verba pública, será prioridade, além de proposição e votação de projetos que sejam de fato bons para a população de uma forma geral.
“O Sindipol/ES repudia o atual jogo político emplacado pelos poderes, seja em nível municipal, estadual ou federal, que ocorre na forma de troca de favores, ocasionado, sobretudo, quando os parlamentares votam a favor de projetos do governo em troca de cargos e emendas”, emenda Jorge Emílio.
Apesar do Sindipol/ES não ter confirmado ainda, vem sendo cogitado um nome de destaque dentro da instituição policial, apoiado pelas diretorias das organizações sindicais, seja em nível estadual, regional ou nacional pelos representantes dos policiais civis, cujo nome colocado à disposição no estado foi o de Humberto Mileip, que é vice-presidente do Sindipol/ES e diretor da Cobrapol.
“Trata-se de um bom nome a ser trabalhado, pois também representa a própria renovação, atualmente tão almejada pelo povo brasileiro, quebrando dessa forma o paradigma do monopólio dos conhecidos sobrenomes, até então”, diz Sindipol/ES.
Para Jorge Emílio, a indicação de Humberto Mileip é um nome forte e importante para se juntar a Euclério Sampaio. “Elegendo dois dignos representantes dos Policiais Civis em 2018, que são Euclério Sampaio e Humberto Mileip, a categoria se tornará mais forte na luta por melhores salários, melhores de condições de trabalho e por uma efetiva melhoria na segurança pública em prol de toda a sociedade”, disse o presidente do Sindipol/ES.
“Por fim, assim como fizeram os militares, os banqueiros, os evangélicos e o setor agrário, também os policiais civis devem lutar para conquistar os espaços de poder político em nosso País”, completou Jorge Emílio.