A diretoria do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol/ES) promoveu uma manifestação, na manhã desta segunda-feira (18/09), durante o debate “As reformas de que o Brasil precisa”, sobre mudanças na Previdência, realizado pela Rede Gazeta, no Vitória Grand Hall, no bairro Santa Luíza, em Vitória.
O debate contou com o secretário Nacional da Previdência Social, Marcelo Caetano, e o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB-ES), um dos líderes do Governo Temer na Câmara Federal. O evento foi mediado pela jornalista e economista Mara Luquet, da Rádio CBN e da Globo News.
O Sindipol/ES e o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Espírito Santo (SindJud) foram os únicos sindicatos de trabalhadores capixabas presente no debate. No entanto, as manifestações com faixas foram feitas somente pelo Sindipol.
Carregando faixas de protestos, com frases como “Todos contra a Reforma da Previdência” e “Todos contra a Corrupção Institucionalizada”, os dirigentes do Sindipol, liderados pelo presidente Jorge Emílio Leal, ocuparam espaços dentro do auditório para mostrar a sua indignação como as reformas estão sendo propostas pelo governo federal e pela classe política.
“Já está constatado que a Previdência brasileira não é deficitária, mas sim superavitária. Sabemos que setores empresariais arrecadam por ano cerca de R$ 25 bilhões descontados dos salários dos trabalhadores e não repassam à Previdência, o que é apropriação indébita. Isso é crime”, disse o presidente do Sindipol, Jorge Emílio Leal.
“Conforme já divulgado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga as contas da Previdência, há uma dívida acumulada de grandes bancos e empresas, como Itaú, Bradesco, Caixa Econômica, Banco do Brasil, montadoras de automóveis, e a JBS, que ultrapassa mais de R$ 500 bilhões com a Previdência Social. E o governo põe a culpa nos trabalhadores. Não vamos aceitar goela abaixo essa reforma esdrúxula”, completou o presidente do Sindipol.
Ao final da manifestação, os diretores do Sindipol reforçaram sua indignação com gritos de “Fora, Temer!”; e “Fora, Lelo!”.
O Sindipol contestou também, o fato de a palavra não ter sido aberta aos presentes que só puderam encaminhar perguntas por escrito, que eram apresentadas pelos patrocinadores do evento com seu único ponto de vista, favorável ao governo.