A Associação dos Oficiais Militares Estaduais do Espírito Santo (Assomes/Clube dos Oficiais) deu início nesta sexta-feira (02/06) a uma campanha de valorização salarial para toda a tropa – praças e oficiais. Hoje, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros acumulam perdas salariais de 43%. Para se ter ideia, um soldado do Espírito Santo tem atualmente o menor salário do País.
O governador Paulo Hartung (PMDB), antes de entrar de licença médica, formou um grupo que está elaborando estudos visando dar reajuste aos profissionais da segurança pública, beneficiando, assim, policiais militares e civis e militares do Corpo de Bombeiros.
De acordo com o presidente do Clube dos Oficiais, tenente-coronel Rogério Fernandes Lima, a última atualização salarial na PM e no Corpo de Bombeiros foi em2014, no governo de Renato Casagrande (PSB), quando foi dado reajuste de 4,5%, apesar de a inflação acumulada naquele ano tenha sido de 6,4%. A campanha está sendo feita pelas redes sociais e emissoras de rádio.
Pesquisa elaborada pela Associação Nacional das Entidades Representativas dos Militares Brasileiros (ANERMB) indica que o governo do Espírito Santo é o que pior paga aos seus militares. O salário de um soldado em solo capixaba é hoje de R$ 2.646,12, o mais baixo do País. Quem melhor remunera sua polícia é o governo do Distrito Federal, onde um soldado em início de carreira recebe R$ 6.500,00 por mês.
Embora todo o País vive uma crise financeira sem precedentes, Estados como Pernambuco (25%), Maranhão (23%), Rio de Janeiro (7,65%), São Paulo (7%) e Piauí (7%) concederam reajuste salarial aos seus policiais neste ano. O Estado de Minas Gerais está para fechar um acordo que poderá reajustar os salários dos militares em até 20%.
Fontes ligadas ao governador Hartung, ouvidas pelo Blog do Elimar Côrtes, informam que o governo está estudando aumento linear para os policiais, embora, neste momento, não haja uma claridade de como se dará o reajuste e o percentual. Além disso, o governo estuda aumentos de gratificações para os policiais que exercem cargos de comando, para que não impactem na Previdência Estadual.