Ludmila Aparecida Tavares tem pós-graduação em Direito Público, faz mestrado em Segurança Pública e é professora universitária de Direito Tributário. Thiago Andrade dos Santos é mestre em Segurança Pública, professor de Direito e pós-graduado em Direito Penal e Processual Penal. Felipe Seidel Albuquerque é graduado em Direito. Rodrigo Arivabene Bonomo tem graduação em Direito e pós-graduação em Direito Público. Klaus Sarmento Faria é graduado em Ciências Contábeis e Direito, pós-graduado em Ciências Criminais e tem mestrado em Segurança Pública. Rodrigo Antônio Menezes, primeiro e único no Estado que tem o curso de Sniper e está concluindo o curso de Direito. Marcos Campos Conceição tem graduação em Direito e pós em Ciências Contábeis. Alexandre Vieira Soares é Engenheiro Civil e tem MBA em Gerenciamento de Projetos. Felipe Almeida Sant’Anna é bacharel em Desenho Industrial,com especialização em Web Developer e Design de Interação, Javascript e outros.
O que esse time tem em comum, além da preocupação em buscar conhecimento no mundo acadêmico como forma de melhorar seu aprendizado? São todos Agentes de Polícia Civil no Estado do Espírito Santo.
Todos têm orgulho da profissão de policial, embora, devido ao seu alto conhecimento científico, alguns deles acabam sendo deslocados para outras atividades dentro da estrutura da Polícia Civil. Os nove colegas têm outra situação em comum: lutam para que o cargo de agente de Polícia Civil seja considerado de nível superior. Uma reivindicação justa por um simples motivo: os agentes de Polícia Civil capixabas exercem as mesmas funções que os Investigadores de Polícia. Porém, com requisito de investidura e salário inferiores.
Nesta reportagem exclusiva, o Blog do Elimar Côrtes mostra o que esses 10 profissionais fazem na Polícia Civil capixaba e como o seu conhecimento intelectual ajuda a Segurança Pública do Estado.
Ludmila Aparecida Tavares
– Quando entrou na Polícia Civil e onde está lotada?
Foi em dezembro de 2011, sendo localizada na Assessoria Técnica da PC até agosto de 2015, quando fui transferida para a Delegacia de Cobilândia.
– Formação acadêmica:
Graduada em Direito pela Universidade Federal de Ouro Preto (Minas); pós-graduação em Direito Público com ênfase em Magistério Superior; mestranda em Segurança Pública pela UVV, com o tema ‘Efetividade do Botão do Pânico’. E sou professora de Direito Tributário.
– De que forma o conhecimento acadêmico ajuda na profissão?
A formação em Direito é essencial para a análise dos fatos descritos pelo cidadão, com o devido enquadramento da infração penal. Além disso, para áreas de assessoria, a formação em Direito é fundamental para análise dos processos e subsídios ao Gestor Público.
– Por que quis ser policial civil?
Escolhi a profissão tendo em vista a função diante da sociedade, pois os policiais são os primeiros garantidores do Estado Democrático. Assim, são essenciais para a manutenção da ordem e exercício da cidadania.
– Almeja outro concurso público em outra área da segurança pública ou sistema de Justiça?
Atualmente, gostaria de permanecer na área policial desde que houvesse um plano de cargos e salários que permitisse a valorização do policial diante da sua capacitação, da mesma forma como já existe no âmbito do Legislativo e do Judiciário. Entendo que somente com formação e capacitação o servidor público realizará com excelência sua função, qual seja, servir a sociedade.
Thiago Andrade dos Santos
– Quando entrou na Polícia Civil e onde está lotado atualmente?
Entrei em2011 e hoje atuo na Delegacia de Crimes Contra a Vida de Serra.
– Formação acadêmica:
Graduado em Direito. Eu me formei na Fabavi. Tenho pós-graduação em Direito Penal e Direito Processual Penal. Sou mestre em Segurança Pública (Universidade Vila Velha). O tema foi: “O Cenário Sócio-Urbano e Criminalidade: O perfil das vítimas de homicídio no Município da Serra no ano de 2014”.
– De que forma o conhecimento acadêmico ajuda na profissão?
Ajuda na melhoria na qualidade do serviço público em geral, como melhor atendimento à população (relação com pessoas), melhor qualidade nos relatórios policiais e nas investigações, otimizando o tempo e atendendo os princípios que regem a administração pública, em especial legalidade e eficiência.
– Por que quis ser policial civil?
Sempre gostei da atividade exercida pela Polícia Judiciária, que tem a função de investigar as infrações penais e suas respectivas autorias.
– Almeja outro concurso público em outra área da segurança pública ou sistema de Justiça?
Almejo aprovação no Concurso de Delegado de Polícia Civil do Estado do Espírito Santo. Também trabalho como professor universitário, no curso de Direito da Rede de Ensino Doctum.
Felipe Seidel Albuquerque
– Quando entrou na Polícia Civil e onde está lotado atualmente?
Fui nomeado em 26 de fevereiro de 2010 e estou lotado no Grupo de Operações Táticas (GOT) desde que concluí o Curso de Formação da Polícia Civil, no mesmo semestre (maio de 2010).
– Formação acadêmica:
Eu me graduei em Direito em julho de 2004 pela FDV (Faculdade de Direito de Vitória) e concluí a Escola Superior do Ministério Público em 2005, que é uma pós-graduação.
– De que forma o conhecimento acadêmico ajuda na profissão?
A formação acadêmica superior contribui de forma fundamental no trabalho para aumentar a qualidade dos serviços prestados à sociedade não só através da parte investigativa para solução de crimes, produzindo um levantamento sólido com conteúdo probatório e legal que sustentarão uma ação penal, como também atende aos anseios de uma sociedade que clama pelo atendimento de qualidade de uma polícia civil cada vez mais atualizada e renovada.
– Por que quis ser policial civil?
Desde pequeno admirava o trabalho policial como uma atividade de respeito. Já havia tentado concursos para Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal ainda durante a faculdade, mas não fui aprovado. Após formado, fui aprovado em concursos para o Corpo de Bombeiros, Secretaria de Justiça e na PC. E preferi a Polícia Civil, que foi o último a chamar.
– Almeja outro concurso público em outra área da segurança pública ou sistema de Justiça?
Atualmente sou realizado como agente de Polícia Civil, mas extremamente desmotivado pela falta de valorização do meu cargo. Estou voltando a estudar para outro concurso, pode até ser de delegado, pois é o melhor salario da polícia, ainda seja uma das piores remunerações do País. Mas possivelmente será fora da área de segurança pública, pois não é uma área que atrai investimentos nem reconhecimento pelo poder público.
– Cursos que fez na área policial.
Curso de Operações Táticas Especiais (COTE VII) promovido pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Sou o primeiro policial civil capixaba formado pela CORE. Foi em 2013. Ainda na Core, fiz o Curso de Operações Aéreas (COA V), tendo sido o primeiro colocado do curso, em 2014. Fiz também curso de Resgate Técnico em Altura, pelo Corpo de Bombeiros do Espírito Santo. Também fui campeão de prova individual no curso do CATI/SWAT de 2012, categoria Superswat.
Rodrigo Arivabene Bonomo
– Quando entrou na Polícia Civil e onde está lotado atualmente?
Entrei no cargo de agente de Polícia em 1º de dezembro de 2011, atuando em missão especial junto à Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, com lotação no Nuroc (Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e Corrupção).
Formação acadêmica:
Sou formado em Direito pela Universidade de Vila Velha e pós-graduado em Direito Público “lato sensu”.
– De que forma o conhecimento acadêmico ajuda na profissão?
Atuo no setor de Análise do Nuroc auxiliando a Autoridade Policial na conclusão do Inquérito Policial, através da confecção de relatórios de análise de todas as informações colhidas no decorrer das investigações. Também sou responsável pela análise dos materiais colhidos nas interceptações telefônicas e nos fluxos de comunicações em sistemas de informática e telemática que irão servir como meio de prova para conclusão do inquérito, para, ao final, sugerir ao delegado de Polícia as possíveis prorrogações das interceptações e os próprios pedidos de prisão e de busca e apreensão, fazendo, assim, a assistência final junto ao Poder Judiciário.
De forma geral, todos os agentes de Polícia Civil que atuam no Nuroc são graduados em Direito, o que robustece a técnica desempenhada nos relatórios de análise/relatório de investigação/relatórios de interceptação telefônica, pelo conhecimento adquirido na graduação de Direito das próprias leis que autorizam referidas medidas. O fato de conhecer as leis ajuda em muito o trabalho dos agentes na manutenção dos princípios e garantias constitucionais.
– Por que quis ser policial civil?
Após atuar como advogado, senti a necessidade de empregar os conhecimentos obtidos no exercício do cargo de Agente da Policial Civil, com o intuito de garantira observância dos direitos daqueles que tiveram os seus violados e ou ofendidos, que são as vítimas de crimes, ou a sociedade ou o próprio Estado. Infelizmente não almejo permanecer para sempre como Agente de Polícia pela desvalorização do cargo, bem como pelas diferenças salariais dentro da própria polícia, razão pela qual espelho o cargo de delegado de Polícia.
Klaus Sarmento Faria
– Quando entrou na Polícia Civil e onde está lotado atualmente?
Sou agente de Polícia Civil desde junho de 2010. Hoje estou no Grupo de Operações Táticas (GOT), mas antes atuei no Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas (Nuroc) como analista de operações.
– Formação acadêmica:
Bacharel em Ciências Contábeis (Universidade Vila Velha – UVV); Bacharel em Direito (Faculdade Metodista), aprovado na OAB; Faculdade de Ciência da Computação, mas trancada (UVV); Pós-graduado em Ciências Criminais pela Universidade Anhanguera-Uniderp/ES; e mestre em Segurança Pública (UVV).
Título da dissertação do Mestrado: ‘Juventude, violência e prevenção: uma avaliação sobre projetos de prevenção como possíveis ferramentas na diminuição da violência’.
O principal objetivo da minha dissertação de mestrado foi verificar os possíveis impactos de um projeto de prevenção desenvolvido por policiais civis do estado do Espírito Santo junto aos alunos das escolas públicas e particulares. O projeto foi o “Papo de Responsa”. Dezenas de entrevistas foram realizadas com alunos e professores, demonstrando a importância do projeto realizado por policiais no desenvolvimento e criação de laços mais fortes referentes às relações interpessoais entre os alunos, destes com os professores e familiares.
– De que forma o conhecimento acadêmico ajuda na profissão?
Acredito que todo o tipo de conhecimento na profissão policial é importante, como área de Exatas, Humanas ou Biomédicas, haja vista que lidamos com uma diversidade de situações todos os dias e esse conhecimento pode ser aproveitado.
Posso dar o exemplo do próprio Grupo de Operações Táticas, onde a grande maioria são agentes de Polícia Civil: lá, 90% dos policiais possuem curso superior ou estão concluindo. Além disso, praticamente 80% são da área de Direito, sendo importante esse conhecimento jurídico, tendo em vista que somos servidores públicos executores das leis. Assim, esse conhecimento acadêmico auxilia na realização de um trabalho de qualidade, pautado na legalidade, assegurando os atos dos policiais e garantindo os direitos do cidadão.
O conhecimento acadêmico auxilia muito na atividade policial. No próprio Grupo de Operações Táticas, possuímos algumas seções independentes, mas harmônicas entre si. No meu caso, trabalho na Seção de Inteligência, onde os policiais são responsáveis pelos relatórios de interceptação, relatórios de investigação, pelos recursos da plataforma de comutação digital, como: interceptações, análise de vínculos, análises georeferenciais via satélite, entre outros.
Para se trabalhar com tudo isso é necessário que os policiais tenham um bom conhecimento das leis que regulamentam estas atividades, até porque tudo que é produzido passa diretamente e constantemente pelo crivo da autoridade policial, do Ministério Público e Judiciário. Logo, o conhecimento acadêmico na área jurídica, as especializações na área, como pós e mestrado, ajudam muito no desenvolvimento desse trabalho.
Interessante salientar que a qualificação dos Agentes de Polícia vai além da vida acadêmica normal, sendo que no GOT os agentes se especializam nas mais diversas áreas, em vários estados do País, que são de suma importância para a atividade policial, como: operações táticas especiais, detonações de explosivos, SNIPER, entradas táticas em locais de alta periculosidade, operações aéreas, salvamento em altura e mar, entre outros. Todos esses cursos proporcionam o policial a também realizar um trabalho mais eficiente, de qualidade, garantindo a segurança do policial, dos demais companheiros e de terceiros e prestando um serviço de maior qualidade para a sociedade.
– Por que quis ser policial civil?
Antes de concluir a Faculdade de Direito trabalhei alguns anos na área da Advocacia Criminal, ficando atraído por esta área. Sempre tinha que ler todo o processo para elaborar as respectivas petições e, consequentemente, tinha que ler todo o teor dos inquéritos policiais. As narrativas, as formas de investigação, as ferramentas utilizadas pela Polícia Judiciária e as elucidações das infrações penais me chamavam a atenção. Passei a admirar o trabalho realizado pela Polícia Judiciária, me levando a realizar o concurso e graças a Deus conseguindo a aprovação.
– Almeja outro concurso público em outra área da Segurança Pública ou sistema de Justiça?
Eu estudava para o cargo de Delegado de Polícia, mas tive que interromper meus estudos para fazer o mestrado, que toma muito do tempo. Temos que ler muitos livros, artigos, publicar artigos, apresentar seminários e palestras, depois elaborar uma dissertação com trabalho de campo, cruzando teoria com dados de entrevistas. Como terminei recentemente, estou me reorganizando e escolhendo o cargo.
Humberto Mileip Duarte Machado
– Quando entrou na Polícia Civil e onde está lotado atualmente?
Entrei na Polícia Civil em março de 2010, depois de trabalhar por quatro anos como advogado e assessor do Procurador-Geral de Vitória. Hoje estou lotado na Academia de Polícia (Acadepol), mas atuo há quase quatro anos como Vice-Presidente do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol). Há alguns meses também assumi o cargo de diretor da Associação dos Agentes de Polícia Civil (Agenpol).
– Formação acadêmica:
Graduação em Direito (UVV) e pós-graduando em Criminologia. Enquanto advogado e assessor, realizei diversos cursos na área de Direito Público. Como policial, me qualifiquei em armamentos e táticas policiais.
– De que forma o conhecimento acadêmico ajuda na profissão?
O exercício das atribuições de Polícia Judiciária está diretamente relacionado com o conhecimento acadêmico. Cotidianamente aplicamos esse conhecimento na execução das atribuições policiais. Como agentes de Polícia, temos que estar preparados para tomar a melhor decisão, assim entendendo aquela que respeite o ordenamento jurídico, as garantias do cidadão, e que ainda seja eficaz. A linha é muito tênue, muitas vezes temos que tomar essas decisões em questão de segundos, razão pela qual é indispensável que sejamos qualificados e tenhamos conhecimentos acadêmicos relacionados à área policial.
O conhecimento acadêmico-jurídico também é indispensável no desempenho das atribuições sindicais. O estudo da legislação, a elaboração de Projetos de Lei em prol dos policiais, a argumentação e os debates com o Poder Público são trabalhos diretamente favorecidos pela formação profissional qualificada dos representantes classistas. Sem esse conhecimento, a própria representação da categoria estaria prejudicada.
– Por que quis ser policial civil?
Desde adolescente tive vontade de atuar contribuindo com a Justiça, tendo inclusive efetuado algumas prisões como cidadão (antes de ser policial).
– Almeja outro concurso público em outra área da Segurança Pública ou sistema de Justiça?
A atuação em prol da categoria demanda muito tempo e energia, e por conta disso suspendi temporariamente meu projeto de estudo. Apesar de gostar das atribuições do meu cargo, pretendo estudar para o cargo de delegado por ter um salário compatível com as atribuições que desempenha.
Importante ressaltar que a ausência de reconhecimento pelo Poder Público da qualificação e do trabalho desempenhado pelos agentes de Polícia, que em sua maioria são pós-graduados, tem gerado desconforto e desânimo no desempenho de suas atribuições. Além disso, constantemente agentes qualificados e com o perfil para o cargo buscam novos concursos em razão da triste realidade do cargo.
Há pelo menos 15 anos, em qualquer unidade policial, os Agentes desempenham idênticas atribuições às dos investigadores. A sobrevivência do cargo depende diretamente da valorização e do reconhecimento pelo Estado – atrelado ao nível superior para os Agentes de Polícia.
Rodrigo Antônio Menezes
– Formação Acadêmica: Concluindo ocurso de Direito. Está no nono período.
– Cursos: Eu sou o primeiro e único Sniper na Polícia Civil capixaba formado no Comando de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal, assim como Técnico Explosivista formado pela Core, do Rio. Recentemente, retornei da Força Nacional de Segurança, onde estava há oito meses em missão em Maceió.
Sou policial civil há seis anos e sirvo no Grupo de Operações Táticas (GOT) desde quando entrei. Em relação a ser habilitado para o serviço policial, talvez eu possa contribuir um pouco, apesar de achar que o “destaque” não é individual e sim coletivo, pois para ir a outros estados em busca de conhecimento em prol, primeiramente, do GOT, e, consequentemente, para a Polícia Civil e a sociedade, eu sozinho não conseguiria.
Desde o início, obtive o apoio incondicional do Coordenador do Grupo, delegado Eduardo Khaddour, que buscou fazer os gestores da PCES entenderem da necessidade de conhecimentos atuais no âmbito das operações táticas usadas nos principais grupos especiais do Brasil, bem como dos meus pares, que também me apoiaram, pois, inúmeras vezes, se desdobraram para suprir a falta que um operador faz no serviço policial diuturnamente.
Como apenas trabalhei no GOT, vou fazer uma relação do grupo com os agentes de Polícia. Hoje em dia, o Grupo de Operações Táticas da Polícia Civil do Espirito Santo, que tem 85% do seu efetivo de agentes de Polícia, encontra-se habilitado para atender qualquer demanda de crise que se instale no nosso Estado, com cursos e conhecimentos técnicos buscados nos principais grupos especiais do Brasil, o GOT é capaz de atender uma ocorrência com Explosivos, de montar um Gabinete de Crises com Negociadores, Atiradores de Precisão e time tático, assim como cumprir qualquer missão de forma profissional e não convencional que necessite de táticas especiais, e sempre, quando solicitado, dar apoio a qualquer unidade da Policia Civil no estado.
Existe também a Unidade Canil, que tem a frente um agente de policia civil, veterinário, formado no Curso Cães de Guerra pelo Exercito Brasileiro, e que foi o responsável, pela implantação do Canil na Policia Civil do Espirito Santo.
Hoje contamos com quatro cães muito bem treinados, capazes de farejar drogas, armas, e corpos vitimas de deslizamento de terra. Temos outro agente de policia formado pelo Corpo de Bombeiro do Espirito Santo, em Busca e Salvamento com Cães, e outro agente de policia formado em Cinotecnia pela Polícia Militar de Minas Gerais. Esses três agentes de Polícia que conduzem a unidade canil, responsável por diversas apreensões de drogas e que presta apoio não só as unidades da Policia Civil, como também a Polícia Rodoviária Federal e a Receita Federal.
O Gabinete de Crise, em uma ocorrência com refém, seria instalado com sua grande maioria, agentes de Polícia, pois temos dois negociadores formados pelo Comando de Operações Táticas da Policia Federal que são agentes de policia, e um atirador de precisão (Sniper), também formado pelo Comando de Operações Táticas da Policia Federal, além de dois agentes de policia que iriam compor o time tático que possuem o Curso de Operações Táticas Especiais, um formado pela Coordenadoria de Recursos Especiais – CORE PCERJ e o outro pela Força Especial de Resgate e Assalto da FERA – PCAM.
Em uma ocorrência com explosivos, o GOT possui uma Seção Antibomba, que já atendeu no ano de 2015 uma ocorrência com artefato explosivo em apoio a Delegacia de Crimes Contra a Vida de Cariacica, e possui um agente de policia Técnico em Explosivos formados pela CORE PCERJ, e dois agentes de Polícia formados no Curso Básico de Explosivos, também ministrado pela CORE da PC do Rio.
O GOT é dividido por setores, são eles: SOT – Setor de Operações Táticas, e dentro do SOT tem o Antibomba, Atiradores de Precisão e time tático; SATI – Setor de Apoio Tático e Instrução; SI – Setor de Inteligência; Unidade Canil. Todas as seções do GOT são chefiadas por agentes de Polícia.
Marcos Campos Conceição:
– Quando entrou na Polícia Civil e onde está lotado atualmente?
– Entrei na Polícia Civil em 2009, como Agente de Polícia. Estou lotado na Divisão de Administração e Finanças e sou Secretário Estadual Executivo do Fundo Especial de Reequipamento da Polícia Civil (Funrepoci) e também gestor dos contratos da nossa instituição policial.
– Formação acadêmica: Sou graduado em Ciências Contábeis e bacharel em Direito.
– De que forma o conhecimento acadêmico ajuda na profissão?
O meu conhecimento e experiência profissional são totalmente úteis no dia a dia do setor financeiro da Policia Civil, uma vez que é no financeiro que são tomadas todas as decisões que irão subsidiar as ações da Chefia de Polícia. E, como Contador, posso contribuir muito na elaboração dos planos de trabalho financeiro da Polícia Civil capixaba.
– Por que quis se policial civil?
Sou policial porque gosto de adrenalina e acho uma profissão muito honrosa.
– Almeja outro concurso público em outra área da Segurança Pública ou sistema de Justiça?
Sim, almejo fazer concurso para Delegado de Polícia.
Alexandre Vieira Soares
– Quando entrou na Polícia Civil e onde está lotado atualmente?
Assumi em 1º de dezembro de 2011. Hoje estou na Comissão de Obras da instituição.
– Formação acadêmica:
Engenharia Civil pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes); e MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas.
– De que forma o conhecimento acadêmico ajuda na profissão?
Considerando que estou em desvio de função (atividade-meio), exercendo atividades típicas de um profissional da área de Engenharia Civil, minha formação fornece um background de competências, possibilitando atuação em gestão de contratos, fiscalização de obras públicas e projetos executivos, medições de obras, elaboração de termos aditivos e projetos básicos, entre outros.
– Por que quis ser policial civil?
Identificação com o trabalho investigativo da Polícia Judiciária.
– Almeja outro concurso público em outra área da segurança pública ou sistema de Justiça?
Não almejo outro concurso na área da segurança e nem no Judiciário.
Felipe de Almeida Sant’Anna
– Quando entrou na Polícia Civil e onde está lotado atualmente?
Ingressei na PC no ano de 2009, através de um concorrido concurso para o cargo de Agente da Polícia Civil do Espírito Santo, onde foram requeridos conhecimentos de várias áreas do Direito, Português, Informática, além de testes físicos, psicotécnicos e por último um curso de formação na Acadepol.
Estou atualmente em Missão Especial na Secretaria de Segurança de Estado da Pública e Defesa Social, atuando diretamente no projeto DEON (Delegacia Online). O projeto DEON é um sistema onde policiais civis, militares e bombeiros podem registrar suas ocorrências, além de permitir a confecção dos procedimentos de Polícia Judiciária, tais como Inquéritos, Termos Circunstanciados etc. É um projeto de ponta, lançado pela SESP para permitir a parametrização de dados importantes de forma a melhorar significativamente a coleta de estatísticas e padronizar mais ainda a produção documental das polícias.
– Formação acadêmica:
Sou bacharel em Desenho Industrial com habilitação em Programação Visual, formado pela Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo). Fiz cursos para especialização em Web Dveloper e Design de Interação, Javascript, css3, html5, jquery etc.
– De que forma o conhecimento acadêmico ajuda na profissão?
As polícias, de maneira geral, possuem grande necessidade de pessoal para atuar na parte técnica, principalmente nos ramos de TI (Tecnologia da Informação), visto que atualmente todas as ações policiais necessitam da tecnologia, seja para pesquisar informações a respeito de pessoas, objetos, fatos. Ou mesmo para dar suporte na inserção de informações sensíveis e coleta rápida de informações de grande escala. Sendo assim, tenho a oportunidade de compartilhar meu conhecimento técnico, auxiliando às polícias, gerindo ferramentas tecnológicas da Segurança Pública, para que tais sistemas supram as necessidades dos policiais na ponta, isto e, que estão em sua atividade fim.
– Por que quis ser policial civil?
A Polícia Civil é uma instituição indispensável para a sociedade brasileira, e fazer parte desta excepcional corporação me deixa muito honrado, já que o seu trabalho pode oferecer respostas aos cidadãos brasileiros, que muitas vezes já sofrem com tantas mazelas. Por conta deste sentimento de cooperação com o próximo, além da estabilidade que o serviço público oferece, motivei-me a ser policial.
– Almeja outro concurso público em outra área da segurança pública ou sistema de Justiça?
Acredito que todo brasileiro tem o direito de sonhar e buscar voos mais altos, e que o futuro a Deus pertence, todavia precisamos melhorar a carreira policial civil, para que muitos continuem contribuindo para essa brilhante carreira.