O presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Assembleia Legislativa (Ales), deputado Euclério Sampaio (PDT), fez nesta segunda-feira (10/08) uma defesa veemente do Colegiado. A defesa foi em resposta a uma declaração “infeliz” do presidente da Associação dos Investigadores do Estado (Assinpol), Júnior Fialho, ao jornal A Gazeta, na edição de domingo (09/08). A atuação da Comissão recebeu também o apoio da diretoria do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol).
A reportagem questionou, no título, qual o papel da Comissão de Segurança da Ales. Dentro do texto, porém, o jornal descreve o que fazem os integrantes do Colegiado, liderados pelo deputado Euclério Sampaio.
O jornal ouviu Júnior Fialho, identificando-o como presidente de um sindicato. Na entrevista, Fialho diz que a Comissão de Segurança não dá espaço para as pessoas se pronunciarem, o que não é verdade.
“Gostaria de manifestar minha posição em relação a uma reportagem publicada ontem (domingo) em A Gazeta. A reportagem foi importante, mas o jornal não ouviu os verdadeiros representantes da categoria, que são os dirigentes do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado (Sindipol), que estão hoje nessa sessão, liderados por seu presidente, Jorge Emílio Leal. A reportagem de A Gazeta ouviu o Júnior Fialho, que é até meu amigo, mas ele fez uma fala infeliz”, disse o deputado estadual Euclério Sampaio.
“Todos têm o direito de se manifestar e falar em nossas sessões, daqui da Tribuna. O que precisamos adotar, porém, é a disciplina, porque temos horários e regras a cumprir. Talvez ele (Júnior Fialho) esteja vivendo ainda a ressaca da derrota eleitoral e tentou desqualificar essa Comissão, que é, sem dúvida, a que mais atua nesta Casa Legislativa”, completou o parlamentar, referindo-se à recente eleição para a Presidência do Sindipol, vencida pelo atual líder da categoria, Jorge Emílio, contra duas chapas de oposição – uma delas apoiada por Júnior Fialho.
Euclério Sampaio lembrou as últimas conquistas obtidas pela Comissão de Segurança Pública junto ao governo do Estado, como a convocação dos 75 investigadores remanescentes do concurso de 1993 e o desarquivamento do Projeto de Lei Complementar (PLC 48/2014) que versa sobre a incorporação do cargo de Fotógrafo Criminal ao de Agente de Polícia Civil, passando a exigir o nível superior para a investidura do mesmo cargo. A exigência de nível superior para o cargo de agente de Polícia já é reivindicação antiga da classe.
“Num todo, a reportagem foi boa, pois demonstra que a Comissão de Segurança da Assembleia trabalha”, completou Euclério Sampaio, que é investigador de Polícia aposentado.
Outro integrante da Comissão, o deputado Gilsinho Lopes ratificou a fala de Euclério Sampaio, afirmando que “nosso trabalho tem sido positivo.” Ele disse ter sido procurado pela reportagem de A Gazeta para falar sobre o Colegiado, mas preferiu não se manifestar. Gilsinho presidiu a Comissão na legislatura passada.
Já o deputado Josias Da Vitória, que também já foi presidente da Comissão de Segurança, confirmou na sessão desta segunda-feira o que já havia dito, com bastante propriedade, à reportagem de A Gazeta:
“Indiscutivelmente, não há outra Comissão na Assembleia Legislativa com o público igual ao da Comissão de Segurança. A presença de público nas sessões é uma prova de que a Comissão é participativa. Aqui, se discutem vários assuntos de interesse da sociedade”, concluiu Da Vitória.
O presidente do Sindipol, Jorge Emílio Leal, e três dos diretores da entidade (Humberto Mileip Duarte Machado, Aloísio Duboc Fajardo e Joel Martins Pereira) acompanharam os trabalhos da Comissão de Segurança Pública nesta segunda-feira e ressaltaram a importância do Colegiado:
“O Sindipol defende o trabalho que vem sendo realizado pela Comissão de Segurança, tendo à frente o deputado Euclério Sampaio”, disse Jorge Emílio.