Primeiro, foi o jornal A Tribuna que, no dia 27 de abril de 2014, informou que o deputado estadual Gilsinho Lopes admitiu que a Assembleia Legislativa vinha adotando a prática de propor e até aprovar projetos inconstitucionais ou com vício de iniciativa apenas para causar discussão na Casa e chamar a atenção do governo. A reportagem citou que o próprio Gilsinho, que é delegado de Polícia licenciado, para exercer o mandato, apresentou diversos projetos inconstitucionais.
Depois, no dia 12 de junho deste ano, o Blog do Elimar Côrtes detalhou os seis projetos de leis apresentados por Gilsinho Lopes que, em tese, iriam beneficiar a categoria de policiais civis, mas foram vetados justamente por serem inconstitucionais ou por apresentarem vício de iniciativa. Os projetos são os seguintes: Lei do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol/ES) no Conselho de Polícia; Lei do Curso Superior para Agente de Polícia; Lei do Curso Superior para Fotógrafo-Criminal; Lei do Curso Superior para Perito Papiloscópico; Lei da Inamovibilidade; e Lei do Fardamento da Polícia Civil.
Em seguida, o deputado Gilsinho Lopes viu mais um de seus projetos políticos ir por água abaixo: a Chapa 3, que ele apoiou na eleição da diretoria do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol), foi derrotada, ainda em primeiro turno, para os componentes da Chapa 1, que são ao atuais dirigentes do Sindipol, liderados pelo presidente reeleito Jorge Emílio Leal. No pleito que aconteceu nos dias 15 e 16 deste mês de julho, Jorge Emílio e seus liderados conquistaram 828 votos contra 552 votos da Chapa 3 e 148 votos da Chapa 2.
Gilsinho Lopes percorreu delegacias da Grande Vitória e do interior em busca de votos para o candidato da Chapa 3, Gilmar Ferrari. Queimou seu cacife político junto à categoria e foi o maior derrotado da eleição. Pior do que perder a eleição, o deputado Gilsinho Lopes sequer pôde votar: ele estava em débito com o sindicato que ajudou a fundar nos anos 90.
Agora vem o jornal A Gazeta e dá duas “cacetadas” em Gilsinho Lopes. Na sua edição impressa de quarta-feira (29/07), informa que Gilsinho é, na verdade, o campeão de projetos inconstitucionais: 11 ao todo. Já na edição desta quinta-feira (30/07), A Gazeta vem com outro destaque negativo e informa que Gilsinho Lopes é o campeão em faltas na Assembleia Legislativa no primeiro semestre: foram 10 faltas. O jornal acrescenta que logo atrás vêm os deputados Erick Musso e Cacau Lorenzoni: sete faltas cada um. Os três parlamentares alegam motivo de doença.
Vamos combinar: com o salário que recebem mensalmente, deputados não têm nem direito de ficar doentes: R$ 25.322,55 todo mês na conta corrente. Fora outras vantagens, como plano de saúde, carro e gasolina de graça para percorrer todo o Espírito Santo; celulares de graça, com as contas pagas pelos cidadãos comuns com seus impostos; diversos assessores até para carregar suas bolsas; internet, computadores de graça, água, cafezinho, lanche na hora das sessões de graça…
Quem tem o direito de ficar doente é o pobre do trabalhador brasileiro, muitos agora desempregados. São os capixabas, que precisam andar em ônibus do Transol e do sistema de Vitória todos os dias, como se estivessem dentro de uma lata de sardinha.
Quem tem o direito de ficar doentes são as pessoas que esses mesmos políticos tratam com ingratidão e traição depois de eleitos.
O deputado estadual Gilsinho Lopes entrou, definitivamente, em seu inferno astral político. E olha que 2018 é logo ali. É quando todos terão de acertar as contas com os eleitores. Haja atestado médico até lá!