O governo do Estado iniciou nesta sexta-feira (17/07) mais uma etapa de cortes na segurança pública. Mandou embora 46 militares da Reserva Remunerada (Ativa Voluntária). Dede o início do ano, mais de 100 militares já foram dispensados. A ajuda de custo para um militar da reserva que volta à ativa é de R$ 2 mil por mês para praças, e R$ 4 mil para oficiais. Eles recebem a aposentadoria normalmente.
A dispensa está publicada no Boletim Geral da Polícia Militar número 028 de 16 de julho deste ano. Traz a lista dos militares dispensados e os setores administrativos em que estavam atuando. Com a dispensa de mais 46 policiais, os setores administrativos da PM voltam a contar com militares que deveriam estar atuando nas ruas, no combate direto à criminalidade.
A lista de dispensa está assim discriminada: um militar do 10º Batalhão (Guarapari); dois da 11ª Companhia Independente (Viana); 9 do 2º BPM (Nova Venécia); nove do 3º BPM (Alegre); dois do 5º BPM (Aracruz); nove da Ajudância Geral e que ficavam à disposição da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social; um da Diretoria de Apoio Logístico (DAL); um da Diretoria de Inteligência da Informação e Comunicação; três do Centro de Formação e Aprendizagem (CFA); e cinco da Diretoria de Saúde.
Ao mesmo tempo, em ato assinado pelo secretário da Segurança, André Garcia, o governo convoca outros nove militares da Reserva Remunerada para voltar à ativa voluntária. Entretanto, esses nove policiais serão deslocados para o Ministério Público Estadual, por meio de convênio firmado com a Polícia Militar. O ato, publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (17/07), informa que a convocação não provocará ônus para o Executivo Estadual. Significa que o salário deles será pago pelo Ministério Público.
Em janeiro deste ano, o governo Paulo Hartung já havia dispensado 260 policiais militares da Reserva Remunerada que aceitaram voltar à ativa voluntária. Na ocasião, o Blog do Elimar Côrtes informou que somente 58 militares da RR continuariam trabalhando: 27 deles em Curso de Formação de Soldados, realizado em três batalhões do interior, e os outros 31 à disposição de autoridades para segurança pessoal. Agora, há 46 a menos.