Seja no esporte, na música e nas artes de um modo geral, policiais civis do Espírito Santo se destacam nos mais diversos gêneros. Na literatura, três policiais são referências nas produções literárias: os escrivães Polícia Clério José Borges e Pedro José Nunes e o investigadores Luiz Stênio da Silva. Demonstrando um nível de maturidade no tratamento aos seus associados e aos demais policiais, a atual Diretoria do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol/ES) apoia iniciativas culturais:
“Temos imenso orgulho de ter no quadro de sindicalizados policiais civis que se destacam nas produções literárias. Aproveitamos o ensejo para convidar toda a categoria a prestigiar o lançamento do livro ‘Serra colonização de uma cidade’ do escrivão de policial civil aposentado Clério José Borges. Prontamente, reiteramos o convite para ao lançamento do Livro ‘A Última Noite’, do também escrivão Pedro José Nunes e parabenizamos o investigador Luiz Stênio da Silva (Stênio Benitz) pelo sucesso de sua obra já publicada”, disse o presidente do Sindipol, Jorge Emílio Leal.
Luiz Stênio da Silva
Luiz Stênio da Silva, cujo nome artístico é Stênio Benitz, atua na segurança pública há 27 anos. Em 1989, entrou para a Polícia Militar e, em 2000, assumiu o posto de investigador de Polícia Civil – ele havia sido aprovado no conturbado concurso de 1993. No exercício da função, Stênio passou pela Delegacia de Mantenópolis; Departamento de Polícia Judiciária de Linhares, onde trabalhou por mais de 10 anos; e, atualmente, está lotado na Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos, mais precisamente no pátio de veículos apreendidos no bairro Alterosas, na Serra.
A partir do desenvolvimento da monografia para o curso de Bacharel em Direito, Stênio despertou o interesse para as Letras. No projeto intitulado “As crônicas de Frank Morgan – A Lua de Sangue”, o policial/escritor narra a rotina de um policial: “É um romance onde constam crônicas do cotidiano policial dentro de um país fictício. É uma boa diversão para quem gosta de uma história com muito suspense”, diz Stênio Benitz.
Os próximos projetos incluem uma segunda parte para “As crônicas de Frank Morgan”, assim como já está em andamento mais uma obra de Stênio Benitz, que é natural da cidade de Aquinás, no Ceará, perto da Região Metropolitana de Fortaleza, e está no Espírito Santo desde 1980.
“O livro é dedicado à memória de meu pai, já falecido. Ele era servidor público, no cargo de contador. O fato de eu ser policial me ajudou na elaboração do livro. Nós, policiais, ouvimos muitas histórias. São relatos de pessoas com quem convivemos ao longo de décadas. A obra apresenta um aspecto cotidiano, mas é uma ficção”, alerta Stênio.
O livro
Frank Morgan é um policial por excelência, um pai e marido exemplar. Entretanto, após a misteriosa morte de sua esposa, sua vida declina em todos os aspectos. Ele sai da polícia, abandona os amigos e parentes e se torna um detetive particular. Sem muita solicitação, a nova profissão, apesar de sua conhecida reputação, está indo de mal a pior. Até que, na véspera de um enigmático eclipse lunar que ocorre em uma misteriosa ilha, conhecida como Ilha Bella, a cada 70 anos, uma deslumbrante mulher o procura solicitando seus serviços. Aceitando a empreitada, Frank se vê no centro de uma trama infernal repleta de perseguições, sequestros, assassinatos e muito, muito mistério. Tudo pode ocorrer no desenrolar desta magnífica história. O livro pode ser adquirido por meio do link http://editoramultifoco.com.br/loja/product/as-cronicas-de-frank-morgan/
Pedro José Nunes
Pedro José Nunes é natural da cidade de Ibitirama, Sul do Estado. No ano de 1981, ele foi aprovado no concurso para Escrivão de Polícia Civil, assim sendo, transferiu-se para a capital. Na área da segurança pública, trabalhou na extinta Delegacia Especial II e na Academia de Policia (Acadepol) por onde permaneceu durante 15 anos.
Durante sua carreira, uma paixão jamais foi deixada para trás: a literatura. Formado no curso de Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Pedro Nunes conta que o gosto pela escrita e leitura veio desde a infância: “Meu interesse pela literatura é muito precoce. Fui alfabetizado por minha mãe, professora, aos seis anos, e desde então nunca mais pude parar de ler. Comecei a escrever por volta de 14 anos, mas só publiquei meu primeiro livro aos 30, quando então achei que estava maduro”.
Atualmente, o escritor/escrivão possui cinco obras já publicadas: “Aninhanha, Menino”; “A tarde dos porcos”, “Vilarejo e outras histórias”, “A pulga e o jesuíta” e a “Igreja e Residência Reis Magos: obra jesuítica em Nova Almeida”.
Lançamento do livro:
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Estado, e da Academia Espiritossantense de Letras, Pedro Nunes lançou na quinta-feira (07/05) sua mais nova obra, o volume de contos “A última Noite”. O lançamento foi na Biblioteca Pública do Espírito Santo, na Praia do Suá, Vitória. A história pertence ao gênero ficção, sendo passada em um bairro criado pelo próprio autor para o desenvolvimento da trama. O local em questão recebe o nome de Assunção de Nossa Senhora e fica localizado na Ilha de Vitória. Embora o livro traga em sua essência a precariedade dos moradores deste bairro, todos os contos trazem em sua composição o amor e a paixão presentes em Assunção.
Clério José Borges
Historiador, escritor, poeta e policial civil. Essas e outras inúmeras qualidades podem ser atribuídas ao escrivão Clério José Borges. Nascido no dia 15 de setembro de 1950, no bairro Aribiri, em Vila Velha, Clério Borges obteve uma carreira de grande sucesso.
Atuando na área da segurança pública estadual, exerceu o cargo de escrivão de Polícia Civil durante 35 anos, onde foi premiado com inúmeras medalhas devido à excelência nos serviços prestados em prol da sociedade capixaba. Durante sua vitoriosa carreira policial, Clério Borges trabalhou como chefe de Apoio Administrativo do Departamento Judiciário da Serra e como chefe do Cartório do DPJ de São Mateus. Formou-se nos cursos de Direito e Pedagogia na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
O sucesso em sua carreira se estende à literatura. Fundador da Academia de Letras e Artes da Serra, do Clube de Trovadores Capixabas e membro do Instituto Geográfico e Histórico do Espírito Santo, Clério Borges possui ainda em seu currículo a produção de inúmeras obras, como os livros: “Trovadores do Seminário da Trova”; “Trovas Capixabas”; “História da Serra” e “Alvor Poético”.
Atuando como escritor, foi contemplado com importantes homenagens, como a medalha de mérito cultural “Afonso Pena” e o título de acadêmico imortal, ambos concedidos durante cerimônia em Belo Horizonte, presidida pelo Dr. Mário Carabajal, presidente fundador da Academia de Letras do Brasil.
Lançamento do livro
Data do lançamento: 18 de Setembro de 2015 (sexta-feira)
Horário: 19 horas
Local: Café com Letras, Shopping Norte Sul.