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A história do investigador que já viu a morte de perto: “A situação social e a falta de oportunidades contribuem para o ingresso dos jovens no mundo das drogas”, diz Ademar Vidigal

29 de julho de 2022
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Com 27 anos de Polícia Civil, o investigador Ademar Vidigal faz parte da história da instituição. Em 1986, ele cursou a Academia de Polícia e dois anos depois foi nomeado. Passou por várias unidades e a maior parte delas foi na Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (Deten), onde tem a missão de ajudar seus colegas a combater o tráfico de drogas. O dia-a-dia já ensinou a Vidigal que a questão do tráfico e uso de drogas no Brasil é muito complexa; vai além das investigações policiais:

“Penso que a situação social e a falta de oportunidades imposta pela sociedade às classes menos favorecida contribuem em muito para o ingresso dos jovens no mundo das drogas”, constata Ademar Vidigal.

A história dele na Polícia Civil é feita também por dificuldades. Ademar Vidigal já viu a morte de perto, teve de enfrentar criminosos à base da bala, foi ferido em combate e encarou até um Tribunal do Júri – foi absolvido, pois agiu em estrito cumprimento do dever legal, ao ferir e matar um bandido num confronto.

“Já troquei tiros várias vezes com criminosos, já vi a morte de perto, já levei tiro; fui baleado em São Torquato (Vila Velha) e já fui julgado por um Tribunal do Júri Popular. Esse é o meu trabalho”, explica Ademar Vidigal.

Blog do Elimar Côrtes – Por quais unidades o senhor já passou?
Ademar Vidigal – As delegacias de Jacaraípe, Itacibá, São Torquato e Vila Velha. Também atuei em  Especializadas, como a Delegacia de Crimes Contra a Vida da Serra, Divisão de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio, Superintendência de Polícia Prisional, Delegacia de Tóxicos (Deten), onde estou atualmente, e outras unidades.

– Quantos anos o senhor tem atuando na Deten?
– Passei pela Deten nos anos 90, em 2000,  2005 e retornei em 2009, onde estou até agora.

– É possível lembrar quantas investigações já realizou ao longo desses 27 anos de policial civil?
– É impossível. São milhares…

– O senhor já encarou a morte de perto em tiroteios ou na hora de prender um criminoso?
– Já troquei tiros várias vezes com criminosos, já vi a morte de perto, já levei tiro; fui baleado em São Torquato (Vila Velha) e já fui julgado por um Tribunal do Júri Popular. Esse é o meu trabalho. Na Deten, trocamos tiros direto com criminosos. Fui julgado pela morte de um assaltante, numa troca de tiros, e fui absolvido por cinco a dois pelo Tribunal do Júri de Vila Velha. Os jurados entenderam que agi em estrito cumprimento do dever legal, numa situação de confronto.

– O senhor poderia relatar uma experiência que marcou essa sua vida profissional?
– Quando fui alvejado em São Torquato, estava trocando tiros com um criminoso e apareceu outro e me atingiu; senti o sangue quente correndo em minha perna, mas não senti o tiro. É muito rápido. Nesse episódio, criminosos assaltaram uma mercearia em São Torquato, fomos atrás e em cima do morro deu-se o confronto. O tiro entrou na altura do joelho de um lado e saiu do outro, fiquei dois meses de licença e retornei. Recebi uma medalha do chefe de Polícia, Antônio Carlos Mendonça.    

– Como é o dia-a-dia de um investigador da delegacia que investiga o tráfico de drogas?
– A Deten recebe 60% das denúncias do 181 (Disque Denúncia). Temos as Ordens de Serviços dos delegados e ficamos à disposição do Serviço de Inteligência 24 horas por dia.

– O senhor ou outros profissionais da Deten participam de palestras com intuito de mostrar às pessoas os perigos sobre o uso de drogas?
– Já ministramos palestras em escolas e até em loja maçônica mostrando as drogas, maconha, cocaína,  crack (as mais usadas) e LSD, ecstasy e outras e o mal que elas causam. É muito importante a realização de palestras, feitas por profissionais de polícia, sobretudo para os mais jovens como crianças e adolescentes.

– Como é hoje o trabalho de investigação de crimes relativos ao tráfico de drogas? O traficante está mais inteligente. A polícia acompanha essa evolução?
– É difícil acompanhar a evolução do mundo das drogas, mas a polícia faz sua parte. É muito difícil o combate às drogas com essas fronteiras abertas do País e as questões sociais.

– Qual a sensação que o senhor sente quando se depara com jovens envolvidos com o tráfico de drogas?
– É muito difícil, lamentável. É clara a falta de oportunidade nas classes menos favorecidas.

– A desestrutura das famílias contribui para o ingresso cada vez mais cedo de crianças e adolescentes no mundo das drogas?
– Penso que a situação social e a falta de oportunidades imposta pela sociedade às classes menos favorecida contribuem em muito para o ingresso dos jovens no mundo das drogas. Isso (falta de oportunidade) o jovem da periferia vivencia todos os dias pela falta de trabalho e oportunidades na vida. Ele já nasce marginalizado e  e a família totalmente desestruturada.

“Vejo como muita tristeza a decisão do Ministério do Trabalho de excluir nós, investigadores, do Sindipol/ES”, desabafa Ademar Vidigal, um dos fundadores do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo, há 25 anos 

Blog do Elimar Côrtes – Recentemente, o Ministério do Trabalho e Emprego determinou a exclusão de todos os investigadores do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol/ES), o que está causando revolta na classe. A exclusão se deve ao fato de o Ministério do Trabalho ter deferido, mesmo diante de uma disputa que ainda tramita na Justiça, o Registro Sindical do Sindicato e Associação dos Investigadores de Polícia do Estado do Espírito Santo (SINPOL/ES). Como o senhor analisa a situação?
Ademar Vidigal – Como muita tristeza. Em 11 de junho de 1990, fui um dos fundadores do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol) ao lado de diversos outros companheiros investigadores, delegados, escrivães, peritos, médicos-legistas e outros profissionais de Polícia. Agora, por ordem do Ministério do Trabalho, que atende a uma provocação da turma do Sinpol, estou sendo excluído da entidade que ajudei a fundar.

Há muito tempo venho dizendo que o Sinpol quer destruir o Sindipol, o que é lamentável. Ajudei a fundar e construir um sindicato com muita luta, esforço, dedicação, seriedade e trabalho. O Sindipol é uma instituição declarada de utilidade pública estadual e municipal da Serra. Se perder os 1.600 investigadores-associados, o sindicato acaba. É isso que quer a turma do Sinpol. Portanto, vejo como muita tristeza a decisão do Ministério do Trabalho de excluir nós, investigadores, do Sindipol/ES.

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