Dirigentes do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol/ES) prestigiaram a solenidade de posse da nova chefe de Polícia Civil, delegada Gracimeri Savieiro Gaviorno, ocorrida na manhã de quarta-feira (21/01), na Sala de Sessões do Conselho de Polícia. O governador Paulo Hartung (PMDB) e o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia, também marcaram presença.
Na ocasião, diretores do Sindipol, liderados por seu presidente, Jorge Emílio Leal, entregaram à delegada Gracimeri e ao governador Paulo Hartung uma pauta de reivindicações da categoria. “Trata-se de uma lista de pleitos de todos os profissionais de Polícia para o Governo do Estado analisar. São reivindicações que atendem do agente ao delegado; dos peritos aos médicos-legistas. Enfim, atendem toda a instituição e têm um único objetivo: melhorar ainda mais a qualidade de nossa Polícia Civil para melhorar atender a sociedade capixaba”, disse Jorge Emílio.
Na posse oficial da nova chefe de Polícia Civil, delegada Gracimeri Gaviorno, o governador destacou que o desafio do País é a profissionalização da área da segurança pública e a aplicação de metodologias de trabalho. “O desafio não é pequeno. Demorou muito para a segurança entrar na pauta nacional. Um exemplo é que tem pouco tempo que os acadêmicos passaram a estudar o setor e seus fatores influenciadores. Segurança não se faz apenas com polícia. A ocupação social é importante para disseminarmos a cultura da paz, principalmente em locais historicamente com vulnerabilidade social. Neste sentido, o Governo do Estado vai trabalhar integrado em suas diferentes instâncias”, destacou Paulo Hartung.
Ele ressaltou que está otimista com a maior presença do Governo Federal na área da segurança. “Eu, que acredito na democracia, vi no último processo eleitoral uma luz importante para avançarmos. A segurança pública foi pauta. Compromissos foram assumidos e será muito bom se as palavras se transformarem em ações. Esse movimento é extremamente importante, pois temos demandas específicas em que é necessária a participação do Governo Federal”, completou.
Ainda durante o evento, o governador disse que a Polícia Civil tem bons quadros e que esse patamar é fruto da meritocracia. Hartung ressaltou ainda que a integração das polícias Militar e Civil é fundamental. “As instituições públicas não devem ser competitivas entre elas. Precisamos e vamos intensificar ainda mais essa integração”, disse.
André Garcia, secretário de Segurança Pública, destacou as mudanças na Polícia Civil do Espírito Santo, como a reconstrução da capacidade de resposta da PC e o trabalho integrado das instituições para alcançar os resultados. “O aperfeiçoamento representa o respeito aos chefes de polícia anteriores. As mudanças no perfil da Polícia Civil com os novos policiais em conjunto com a modernização apontam para o caminho do progresso, do respeito e do compromisso da integração e do uso das técnicas de inteligência. Cada vez mais o distintivo e a farda devem se difundir”, afirmou.
Durante seu discurso, a nova chefe de Polícia agradeceu a confiança pela indicação ao cargo. “Estou muito honrada pela confiança depositada em mim, primeiro como profissional e segundo como cidadã. Sabemos que os desafios são grandes e trazem o peso da responsabilidade, mas não me furto disso, pois não os carrego sozinha e conto com o apoio de todos os policiais civis”, ressaltou Gracimeri Soeiro.
Ela também destacou a necessidade da integração entre as instituições que atuam na segurança pública do Estado. “Sinto-me muito à vontade em trabalhar de forma cooperativa e em função do povo. Todas as nossas ações devem ser voltadas para a acolhida do ser humano e é nesse sentido que pretendo trabalhar e motivar minha equipe”, concluiu.
Também estiveram presentes o secretário da Casa Militar, coronel da reserva José Nivaldo Vieira Campos, o subsecretário de Inteligência, delegado José Monteiro Júnior, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Marcos Antônio Souza do Nascimento, o comandante geral do Corpo Bombeiros, Carlos Marcelo D`Isep, os superintendentes da Polícia Civil, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol), Jorge Emílio Leal, além de outros policiais.
Ao Governador foram reivindicadas pautas de cunho amplo como:
Garantia da proporcionalidade entre o vencimento/remuneração/ subsídio entre os cargos da Polícia Civil, levando em consideração o menor e o maior valor remuneratórios;
Retorno do Sindipol/ES ao Conselho de Polícia Civil, em sintonia a este Governo democrático, aberto e transparente, consoante aos preceitos constitucionais;
Elevação de escolaridade do cargo de Agente de Polícia Civil para nível superior;
Criação da categoria especial II, nivelando aos vencimentos/subsidio de capitão da PM/ES;
Transformação do HPM em Hospital da Segurança Pública para atendimento de todos os integrantes das instituições policiais;
Reconhecimento do tempo de serviço público para efeitos de progressão na tabela de subsídio e aposentadoria;
Reconhecimento para todos os efeitos tanto da doença ocupacional, como aquelas decorrentes de moléstia grave para fins de garantia de aposentadoria com paridade e integralidade dos proventos delas decorrentes, conforme os preceitos constitucionais;
Adequação da Tabela de Remuneração por subsídio para policial civil do sexo feminino em 25 (vinte e cinco) anos, conforme disposição da LC Federal nº 144/2014;
Correção das promoções dos Investigadores de Polícia Civil oriundos do concurso de 1993, tendo em vista que o modelo atual dispõe que as promoções só ocorram em dezembro de cada ano, trazendo prejuízo a uma parcela de policiais que somente são promovidos no exercício seguinte;
Abertura de concurso público para os cargos de Investigador e Perito Papiloscópico;
Pagamento de auxilio alimentação a todos os policiais civis, independente da forma de remuneração e atualização do valor, conforme já manifestado pela PGE.
(Fotos e informações do site da PCES e da página do Sindipol no facebook)