A Corregedoria Geral da Polícia Militar do Espírito Santo acaba de concluir, em Inquérito Policial Militar (IPM), que os policiais que participaram de ação dentro do Shopping Vitória, localizado na Enseada do Suá, são inocentes da acusação de crime de racismo contra funqueiros que invadiram o estabelecimento na noite de 30 de novembro do ano passado, depois de promover pancadaria e tiroteio do lado de fora, onde eles realizavam um baile funk clandestino.
O corregedor geral da PM, coronel Ilton Borges Correia, determinou a instauração do IPM, que foi delegada à tenente-coronel Aldaléa Antunes Beltrame, “com a finalidade de apurar a conduta de militares estaduais devido a notícias de possíveis irregularidades cometidas durante abordagens na Praça de Alimentação do Shopping Vitória”, no dia 30 de novembro.
A Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial, ligada a Secretaria de Políticas de Promoção Social da Presidência da República, expediu documento para a Corregedoria da PMES informando “possíveis crimes de racismo e outros ligados a preconceito racial durante abordagens realizadas a pessoas na Praça de Alimentação do Shopping Vitória, sendo que tal abordagem foi amplamente divulgada em mídias locais, motivo da instauração do competente Inquérito Policial Militar para apurar a legitimidade da ação policial.”
A tenente-coronel Aldaléa Antunes Beltrame interrogou os militares que participaram da ocorrência, além de outras pessoas que estavam na Praça de Alimentação – como funcionários e donos de lojas. Em seu relatório, a encarregada do IPM entendeu “não haver indícios de crime de natureza militar ou de transgressão da disciplina em face dos investigados (policiais militares) por suposta prática de crimes de caráter racista ou qualquer outra irregularidade”.
A oficial esclarece ainda no relatório que “as abordagens policiais ocorreram de forma legítima, considerando inúmeros telefonemas feitos para o CIODES (190) na ocasião informando que pessoas estariam portando armas de fogo nas imediações do Shopping Vitória, além de tumultos, arrastões, furtos, etc, no interior do referido centro comercial.”
O corregedor geral da PM, coronel Ilton Borges, concordou integralmente com o parecer da tenente-coronel Aldaléa Antunes Beltrame e determinou a remessa dos autos à Vara da Auditoria da Justiça Militar, para que o IPM seja apreciado também pelo Ministério Público Estadual Militar.
Nota do Blogueiro: Na ocasião, a imprensa “sociológica” fez um carnaval com o assunto. Jornalistas desinformados (que não viram a confusão) e defensores dos direitos humanos, por meio das redes sociais e reportagens em sites, chegaram a acusar a Polícia Militar do Espírito Santo de racista e que os funqueiros, alegando que os jovens não promoveram nenhum confusão dentro do Shopping Vitória. Só que lá dentro do shopping, no momento da confusão, estava o titular deste blog, que presenciou todos os momentos de pânico promovido pelos “anjinhos” do funk. Veja o link http://elimarcortes.blogspot.com.br/2013/11/prefeitura-se-omite-e-so-policia.html