Já chegou às mãos do governador Renato Casagrande (PSB) relatório preocupante sobre o número de homicídios registrados no Espírito Santo nos primeiros 21 dias de 2014, o que fez ligar o sinal de alerta na segurança pública. Os assassinatos saltaram de 97 para 122 até a última terça-feira (21/01), um aumento de 25,8% em todo o Estado. Fontes do Palácio Anchieta informaram ao Blog que Casagrande deve convocar reunião de emergência a qualquer momento com a cúpula da segurança pública e com o secretário de Estado Extraordinária de Ações Estratégicas, Álvaro Rogério Doboc Farjado.
Nos primeiros 21 dias de 2009, o Estado registrou 118 homicídios. No ano seguinte houve aumento para 138 casos. Já em 2011, quando começou a queda, foram registrados 107 assassinatos; contra 97 em 2012 e outros 97 em 2013. Já este ano, do dia 1º de janeiro até terça-feira (21/01), a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) registrou 122 homicídios, um aumento de 25,8% em todo o Espírito Santo.
Na Grande Vitória, no ano passado foram 58 assassinatos, contra 79 agora em 2014, um aumento de 36,29%. Na Região Norte do Estado, este ano já foram assassinadas 37 pessoas, enquanto em 2013 foram 32, um acréscimo de 15,6%. A Região Sul, como sempre, apresenta menores índices: sete homicídios em 2013 contra seis este ano.
Os dados nada confortáveis preocupam o governador Renato Casagrande, que tem se reunido constantemente com o secretário de Estado da Segurança Pública, André Garcia, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Edmilson dos Santos, e o chefe de Polícia Civil, delegado Joel Lyrio Júnior. Casagrande tem cobrado das autoridades o motivo de tantas mortes, apesar de o governo ter colocado para patrulhar as ruas da Grande Vitória e de todo o Estado mais de mil soldados que se formaram no final do ano passado.
“O governador tem deixado claro para as autoridades que alguma coisa tem de ser feita urgentemente para mudar esse quadro. É inadmissível o aumento de assassinatos depois de tantos investimentos na área de segurança pública feita por este governo”, disse uma fonte ligada ao Palácio Anchieta. “O Estado precisa mais do que um choque de ordem”, acrescentou.