A Superintendência Regional da Polícia Federal no Espírito Santo, comandada pelo delegado Erivelton Leão de Oliveira, encaminhou a este Blog uma nota em que explica sobre o fato de a instituição não ter realizado nenhuma operação de combate ao tráfico de drogas no Estado em 2013. Segundo a PF, o fato de o site oficial da instituição informar que a Superintendência Regional não ter realizado operações no ano passado não significa que a Polícia Federam no Espírito Santo tenha deixado de trabalhar no combate a um dos crimes mais perversos do País, que é o tráfico de entorpecentes, causador de mais de 70% dos homicídios ocorridos no Espírito Santo ao longo das últimas décadas.
“Prezado Elimar Côrtes,
Como é sabido, o Departamento de Polícia Federal (DPF), ou simplesmente Polícia Federal (PF), é uma instituição policial brasileira, subordinada ao Ministério da Justiça, cuja função, de acordo com a Constituição de 1988, é exercer a segurança pública para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas, bem como dos bens e interesses da União, exercendo atividades de Polícia Marítima, Aeroportuária e de Fronteiras, repressão ao tráfico de entorpecentes, contrabando e descaminho, e exercendo com exclusividade as funções de Polícia Judiciária da União.1
A Polícia Federal, de acordo com o artigo 144, parágrafo 1º, da Constituição Federal, é instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira.
Como você pode observar o Tráfico de Entorpecentes é uma das inúmeras atribuições da PF.
Como a PF é uma instituição de âmbito nacional e internacional (através da Interpol), o fato de um Estado da Federação não apresentar “Operações Policiais” ou “Grandes apreensões”, não significa que esta unidade descentralizada (Superintendência Regional) não tenha participado da investigação e da operação.
É comum uma investigação começar num Estado e o outro fazer a apreensão e a Operação sem a participação da descentralizada que deu origem.
O trabalho é uniforme e organizado.
Uma pequena Apreensão de drogas, por exemplo, num determinado Estado, pode resultar em grandes apreensões e operações em outros Estados.
Quando há conveniência ao êxito da Operação, uma descentralizada abre mão para que uma outra efetue com mais sucesso. E todas as vezes, contam com a participação de Policiais Federais de todos os recantos do Brasil, portanto, não tem como falarmos que uma Unidade da Federação que não tenha efetuada uma “Operação” de vulto, não esteja “trabalhando” .
Todas a Superintendências Regionais fornecem, mensalmente, mais de 60 Policiais Federais para as Operações que são permanentes nas fronteiras a fim de impedir que a droga penetre no Brasil.
Uma das “Operações” permanentes é a chamada “SENTINELA” que tem contribuído com apreensões significativas nas fronteiras.
Outras “Operações” como a “Trapézio” (que encontra-se na terceira edição) são feitas em conjunto com as Policiais Federais de alguns países fronteiriços, como a Colômbia, Bolívia e Paraguai, cujo objetivo é a destruição do Plantio da Erithoxilon Coca e da Cannabis Sativa, dentro do território estrangeiro, impedindo que sejam colhidas e traficadas para o Brasil.
Segue a publicação do Estadão de 07 de Janeiro 2014:
PF apreende quantidade recorde de drogas em 2013
A Polícia Federal alcançou recorde histórico de apreensão de cocaína, maconha e de bens de organizações criminosas especializadas em tráfico de drogas em 2013. Foram apreendidas mais de 256 toneladas de drogas: 35,7 toneladas de cocaína e 220,7 toneladas de maconha. Também foram apreendidos R$ 80,1 milhões em bens.
São Paulo foi o Estado onde houve mais apreensão de cocaína. A Polícia Federal recuperou mais de 11 toneladas da droga no Estado, cerca de 30% do total. No caso da Maconha, o Mato Grosso do Sul teve o maior número de apreensões, com 85 toneladas identificadas pelos agentes.
De acordo com o Diretor Geral da PF, Leandro Daiello Coimbra, o aumento das apreensões de drogas no ano passado está relacionado à desarticulação de grandes organizações criminosas especializadas em tráfico de drogas e à maior presença da instituição nas fronteiras.
Em 2011, as apreensões de cocaína totalizaram 24,4 toneladas. No ano seguinte, em 2012, caíram para 19,8 milhões. No caso da maconha, as apreensões passaram de 174,1 toneladas em 2011 para 111,2 toneladas em 2012, antes de atingirem o volume histórico do ano passado. As apreensões de bens saltaram de R$ 48 milhões para R$ 80,1 milhões entre 2011 e 2013.
Segue o Quadro de Apreensões e Drogas da SR/ES:
APREENSÃO DE ENTORPECENTES
|
QUANTIDADE
|
|||||||
2006
|
2007
|
2008
|
2009
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
|
COCAÍNA/PASTA/
CRACK
(Kg) |
216
|
392
|
301
|
287
|
453
|
167
|
154
|
459
|
MACONHA
(Kg) |
1.370
|
3.800
|
1.786
|
1.186
|
290
|
1.284
|
1.177
|
20
|
HAXIXE
(Kg) |
0
|
24
|
45
|
59
|
1,5
|
0
|
0,137
|
–
|
ECSTASY
(Un) |
187
|
1.854
|
0
|
0
|
16
|
19
|
00
|
–
|
LSD
(Un) |
840
|
0
|
0
|
0
|
100
|
0
|
00
|
–
|
LANÇA
PERFUME
(Un)
|
3
|
0
|
0
|
0
|
1.169
|
42
|
00
|
–
|
prisões de traficantes realizadas em 2013