O comandante geral da Polícia Militar, coronel Edmilson dos Santos, deu nesta sexta-feira (18/10) mais um exemplo do resgate da ética, credibilidade e do prestígio da corporação. Antecipou-se a uma determinação do Ministério Público Militar e mandou abrir um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta do tenente-coronel José Dirceu Pereira.
O oficial teria, segundo o Batalhão de Trânsito da Grande Vitória, “se recusado a entregar a um agente da autoridade de trânsito documentos de habilitação e do veículo”. Outra acusação é que o tenente-coronel Dirceu teria “retirado do local veículo legalmente retido para regularização sem permissão da autoridade competente ou agente da autoridade de trânsito”.
Tão logo tomou conhecimento pelo Blog do Elimar Côrtes da ocorrência envolvendo o oficial, a promotora de Justiça Militar Karla Sandoval enviou ofício ao Comando Geral da PM determinando a abertura de um IPM para saber apurar o que de fato aconteceu.
No entanto, antes da determinação da promotora de Justiça, o comandante Edmilson dos Santos já havia se antecipado e determinado à Corregedoria Geral da PM a abertura do IPM:
“Existem diferentes versões: a dos policiais que estavam realizando a blitz, na saída da boate, e a do tenente-coronel Dirceu, que garante que a história não é a que foi relatada. Por isso, o IPM vai checar tudo”, informou o coronel Edmilson dos Santos.
O chefe da Delegacia de Delitos de Trânsito, delegado Fabiano Contarato, também já está investigando a situação. Vai intimar para depor os policiais que participaram da blitz e o próprio tenente-coronel Dirceu. O delegado quer saber se câmeras do circuito de TV da boate ou as instaladas na Reta da Penha registraram a confusão entre o oficial e os militares do Batalhão de Trânsito.
Segundo informações apuradas junto a oficiais da PM, um dos PMs que participaram da blitz teria filmado toda a confusão com seu celular, mas está com medo de mostrar aos seu superiores com medo de represália.
Muitas viaturas da Polícia Militar possuem mecanismo que permite a gravação e filmagem de ocorrências policiais, o que poderá facilitar o trabalho do delegado Fabiano Contarato e do coronel encarregado do IPM.