Desde a última sexta-feira (09/08), o 4º Batalhão (Vila Velha) da Polícia Militar do Espírito Santo tem novo comandante. Trata-se do tenente-coronel Laurismar Tomazeli, que entrou na PM em 1992. Ele, que entra no lugar da tenente-coronel Sônia Grobério, já começou a trabalhar. Antes mesmo da posse, já tinha em mente planos para, ao lado de demais atores envolvidos com a segurança pública, reduzir a violência no município canela verde.
Nesta entrevista exclusiva ao Blog do Elimar Côrtes, o tenente-coronel Tomazeli antecipa algumas das ações que pretende imprimir em Vila Velha. Entre elas estão a valorização dos policiais militares, a ampliação do diálogo com as comunidades e a intensificação dos trabalhos de Inteligência para o desenvolvimento de ações conjuntas com o Poder Judiciário, Ministério Publico, Polícia Civil e Prefeitura de Vila Velha.
O tenente-coronel Tomazeli é do tipo do oficial querido por praças e demais colegas de farda. O fácil diálogo que tem com a tropa vai, com certeza, ajudá-lo no comando de uma das unidades mais importantes da Polícia Militar. É, sobretudo, um oficial adepto à transparência. Sua posse, na sexta-feira, foi prestigiada pelo Alto Comando da PM e pelo secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia.
Blog do Elimar Côrtes – Onde fez Curso de Oficial?
Tenente-coronel Tomazeli – Com muita honra, sou da primeira turma de oficiais formados no CFA, em Cariacica.
– Quais unidades por onde o senhor já passou?
– Fui CPU (Comandante do Policiamento da Unidade) na antiga 3ª Companhia do 9º Batalhão em Itapemirim, atualmente 9ª Companhia Independente, durante a Operação Verão/94. Trabalhei também no 7º Batalhão em Cariacica de 1995 a 2000, onde desempenhei todas as funções do Estado Maior da Unidade ( P1, P2, P3 e auxiliar da P4 ) e ainda comandante do GAO (Grupo de Apoio Operaciona)l e comandante da 3ª Companhia, em Itacibá; comandante da 6ª Companhia Independente em Domingos Martins de 2000 a 2008; diretor administrativo do Centro de Formação e Aperfeiçoamento (CFA); chefe da 4ª Seção e subcomandante do 7º BPM; subcomandante do 4º BPM em Vila Velha; chefe da Divisão Corporativa do Estado Maior Geral da PMES; e, antes de assumir o comando do 4º BPM, desempenhei a função de assessor do Diretor de Saúde da PMES (coronel Celante).
– Como é assumir o comando do 4º Batalhão?
– Assumir o comando de uma unidade operacional, que é a responsável pela segurança do município mais populoso do Estado do Espírito Santo, para mim é, com certeza, uma grande honra, um grande desafio. Sou filho desta terra, sou nascido e criado em Vila Velha e, ao assumir o comando, firmei um compromisso com a nossa comunidade que é a de aumentar a sensação de segurança.
Para alcançarmos os objetivos propostos, adotaremos ações simples e muito eficazes que são: a valorização do nosso policial, ampliação do diálogo com as comunidades e a intensificação dos trabalhos de Inteligência para o desenvolvimento de ações conjuntas com o Poder Judiciário, Ministério Publico, Polícia Civil e Prefeitura de Vila Velha, sempre com o objetivo de combater a criminalidade e proporcionar uma maior sensação de segurança à comunidade.
– Que planos o senhor pretende implantar na área do 4º BPM?
– O meu plano de comando será sustentado por três pilares que são a valorização profissional, a ampliação do diálogo com as comunidades e intensificação das ações de Inteligência.
– É sabido que Vila Velha tem áreas onde traficantes impõem terror aos moradores e promovem tiroteios quase que diários, como 1º de Maio e parte da Grande Terra Vermelha. Há algum plano de ocupação para essas áreas?
– Como citei anteriormente faremos um trabalho intensivo de Inteligência com o objetivo de identificar os agentes envolvidos e, diante dessas informações, faremos patrulhamentos rotineiros nas áreas de risco, utilizando todos os nossos recursos disponíveis, como radiopatrulha, motopatrulha, grupo de abordagem, GAO, Rotam, BME (Batalhão de Missões Especiais), Notaer (helicóptero) e Cavalaria.
– De que forma o senhor pretende trabalhar com a Guarda Municipal de Vila Velha?
– Com certeza de forma integrada. Não podemos desperdiçar nenhum meio que possa ajudar a fomentar o aumento da sensação de segurança no município. Mesmo porque, o atual comandante da Guarda, é o coronel da reserva remunerada Reginaldo, oficial que tenho grande admiração e respeito, principalmente em razão de sua competência e capacidade de agregação.
– O fato de o senhor ser considerado um oficial amigo dos praças pode facilitar sua administração no 4º BPM?
– Sim. O exemplo arrasta, trabalharemos em conjunto, ombro a ombro, todos, oficiais e praças, com o mesmo objetivo que é o de propiciar mais sensação de segurança. E, com absoluta certeza, nos empenharemos para honrar o nosso compromisso com a sociedade canela verde.