Mais de 250 mil pessoas saíram às ruas nesta segunda-feira (17/06) em quase todo o Brasil em protesto contra a corrupção, gastos exagerados na construção dos estádios para a Copa do Mundo, falta de investimentos na educação e na mobilidade urbana. Faltou, porém, um item importante que poderia ser inserido no contexto: melhor segurança para o povo brasileiro.
Os manifestantes, que agora podem mudar os rumos do Brasil, poderiam lutar pela melhoria salarial dos policiais militares, civis e federais de todo o País; deveriam lutar para a melhoria no atendimento à população por parte das polícias; brigar por uma perícia policial mais moderna e melhor estruturada com pessoal; reivindicar melhor combate à criminalidade no País.
E mais: os manifestantes poderiam pressionar os já sem credibilidade políticos brasileiros a reformar urgentemente o Código Penal Brasileiro, com aumento no rigor das punições para crimes como assassinatos, estupros, latrocínio, estupro, etc; brigar pelo fim do regime de progressão de penas – o sujeito condenado a 10 anos de cadeia teria que cumprir, de fato, 10 anos e não ter a pena reduzida –, subir o teto máximo de condenação no Brasil, passando dos atuais 30 anos para 50, 70, 100 anos.
Os manifestantes deveriam passar dias na porta do Congresso Nacional e somente sair de lá depois que os sem credibilidade senadores e deputados federais aprovarem lei que torna o crime de corrupção em hediondo.
Se pudessem (ou, se tivessem coragem de quebrar paradigma), policiais militares, federais e civis de todo o Brasil também estariam participando das manifestações, não como repressores, mas gritando contra a corrupção, impunidade e desmandos no País. Policiais militares, principalmente, estão com salários defasados. O gesto de alguns deles partindo para cima de estudantes, aleatoriamente, como se viu na sexta-feira (14/06), em São Paulo, talvez tenha sido sinal de desespero e também uma forma de demonstrar seu descontentamento, não com os manifestantes, mas com os governantes.