O novo comandante geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel Edmilson dos Santos, completa nesta sexta-feira (24/05) apenas cinco dias no cargo. Tempo suficiente para mostrar que realmente foi escolhido pelo governador Renato Casagrande para dar, dentre outras coisas, um choque de ordem na corporação. Não no sentido ético e moral – longe disso, até porque a Corporação é constituída por homens e mulheres de bem, em sua absoluta maioria.
O choque de ordem se deve ao fato de o coronel estar demonstrando para seus pares – oficiais e praças – como se pratica hoje um comando moderno e afinado com a própria tropa e a sociedade. Logo no primeiro dia de trabalho efetivo, na segunda-feira, Edmilson dos Santos já mostrou a diferença: reuniu-se com todos os coronéis do Alto Comando da PMES e afirmou que irá comandar com a ajuda de todos, ouvindo, inclusive, sugestões dos demais coronéis.
Outro exemplo positivo foi dado na quarta-feira (22/05). O comandante geral da PM demonstrou humildade e sabedoria ao mesmo tempo: deixou seu gabinete e foi para a rua participar de uma operação policial, ao lado de promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e de outros militares.
Ele ajudou no cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão e na prisão do homem (Virgílio Alves da Cruz, o Lobinho, de 23 anos) acusado de ser um dos chefões do tráfico em Vila Velha. Lobinho foi preso dentro de um apartamento, na Praia da Costa.
“O comandante mostrou, mais uma vez, que é um oficial de tropa. Ele sabe comandar, porque saber fazer. Ao sair do gabinete para ajudar numa operação policial, ele mostra aos demais oficiais como se faz e deixa bem claro que lugar de polícia – não importa a patente – é nas ruas, para proteger a população”, disse um coronel.
O coronel Edmilson dos Santos está quebrando um paradgma. Tem sido comum, nos últimos anos, ouvir-se crítica de vários setores da Polícia Militar à atitude de ex-comandantes que não faziam muita questão de mostrar aos seus oficiais que tenentes, capitães, major, tenente-coronéis e coronéis também podem e devem ir para as ruas.
Recentemente, um delegado de Polícia Civil do Espírito Santo foi a São Paulo participar de um seminário com outros três colegas de profissão. Depois de se abrigar em um hotel no centro da capital paulista, já pouco mais das 20 horas, decidiram sair para jantar. Quando colocaram os pés na primeira esquina do hotel, foram parados por homens que estavam em três viaturas da PM paulista.
Um dos militares se aproximou dos quatro delegados – sem saber quem eram eles – e se identificou: “Sou o tenente-coronel Jorge. A revista aos senhores se faz necessária para sua própria segurança”, disse o tenente-coronel.
“Fique a vontade, coronel. Somos delegados de Polícia Civil no Espírito Santo e sabemos como são importantes essas abordagens”.
Como se vê, a ação do comandante geral da PMES não provoca qualquer constrangimento no oficialato e nem nos praças. Pelo contrário, o coronel Edmilson dos Santos dá um belo exemplo de grandeza e eficiência a ser seguido por todos e por todas as pessoas que integram a corporação.