Uma soldada da Polícia Militar do Espírito Santo, que estava fardada e armada, foi agredida com um tapa no rosto, dentro de um ônibus da linha número 302 – Jardim da Penha X Santo Antônio –, da Viação Grande Vitória, no bairro Santo Antônio, na capital capixaba. A policial foi agredida depois de repreender um passageiro que entrou no coletivo, pulou a roleta e não pagou passagem, que custa R$ 2,45.
A soldada havia embarcado na região de Maruípe, onde reside, e se dirigia para a sede da 2ª Companhia (Santo Antônio), do 1º Batalhão da PM (Vitória). Quando o ônibus passava por Inhanguetá, o rapaz de aproximadamente 20 anos deu sinal e embarcou no coletivo. Em vez de pagar a passagem, ele pulou a roleta.
Fardada e armada, a soldada agiu imediatamente. Mandou o jovem pagar a passagem e rodar a roleta. Foi aí que o rapaz deu um tapa no rosto da soldada. Outros passageiros entraram em ação a agarraram o criminoso, que foi algemado pela policial.
Ela telefonou para a 2ª Companhia, que mandou uma viatura para o local e acabou encontrando o ônibus já no Contorno de Santo Antônio. O passageiro foi preso e neste momento se encontra no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória.
A policial também foi para o DPJ, junto com uma guarnição da PM. O agressor está sendo autuado em flagrante.
Policiais militares da região ficaram revoltados. “Se fosse comigo, eu daria um tiro nesse sujeito”, reagiu um militar.
A soldada, no entanto, teve calma. Agiu sem emoção. Poderia ter até dado um tiro no agressor, que seria em legítima defesa. Porém, demonstrou o que toda mulher tem mais do que muitos homens: bom senso e sabedoria.
Se atirasse no criminoso, a soldada responderia a Processo Administrativo Disciplinar (PAD); Inquérito Policial Militar; e, com certeza, teria de responder pela ação na Justiça Comum e na Vara da Auditoria Militar.
Ficaria subjúdice e por um bom tempo não poderia ser promovida. Todavia, o ato do passageiro foi covarde. Demonstrou, sobretudo, desrespeito com uma mulher e, o mais grave, nem deu bola para a farda da Polícia Militar.
Que ele pague eternamente na cadeia pela agressão à soldada.