O sistema prisional do Espírito Santo é feito por profissionais altamente sérios, competentes e comprometidos. Dentro dos quadros da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) há milhares de agentes penitenciários e agentes de escolta comprometidos com suas atividades.
Há, também, centenas de psicólogos, assistentes sociais, educadores (pedagogos e professores), pessoal da área médica e outros profissionais que nada têm a ver com “meia dúzia” de agentes que insistem em se envolver com tortura a presidiários.
São os bons profissionais da Sejus que agarram diariamente o “touro a unha”. São eles os responsáveis pela recuperação e ressocialização de centenas de homens, mulheres e adolescentes que se envolvem com a criminalidade e “caem” no sistema para cumprir suas penas.
Dentre as pessoas que alcançaram a ressocialização está Roberto Cézar Sanches de oliveira, o Tuía, condenado a 35 anos de reclusão por tráfico de drogas e por ter comandado o assassinato de dois policiais militares.
Tuía demonstra ter conseguido a ressocialização graças aos servidores da Sejus, ao governo do Estado e ao sistema de Justiça. Ele estuda e trabalha no presídio. Tal sucesso garantiu a Tuía conseguir a terceira colocação nas provas do Enem em 2010.
Tuía estuda no curso de Gestão Empresarial e Petróleo e quer fazer faculdade. Tentará o curso de Administração de Empresas.
Nem sempre Tuía teve essa vida sossegada. Antes de ser preso, ele era um dos gerentes do tráfico de drogas no Morro do Quadro, na região da Grande Santo Antônio.
Era o braço direito de seu irmão, o traficante Juninho, que, do Rio de Janeiro, comandava o tráfico em vários pontos da região de Santo Antônio.
A vida criminosa de Tuía se encerrou em 31 de janeiro de 1997, quando ele e sua gangue encerraram, também, a vida de dois excelentes policiais militares, o sargento Bezerra e o cabo Rui.
Nesse dia, os dois militares, que eram lotados no Serviço Reservado do 1º Batalhão da Polícia Militar (Vitória), tinham ido ao Mordo do Cabral, vizinho ao Morro do Quadro, levar uma intimação a testemunhas de um crime praticado por um policial militar.
Quando saltaram da viatura descaracteriza, Bezerra e Rui foram reconhecidos por um ex-policial militar, conhecido pelo apelido de Tatu, que nessa época era “soldado” do tráfico.
Tatu ajudou a render os dois militares, que foram levados para o alto do morro e executados com tiros de pistola na cabeça. Tuía comandou a execução. Na mesma noite de 31 de janeiro, Tuía foi preso pela Polícia Militar.
O mesmo Estado que ele tentou destruir, ao matar dois policiais militares, agora é responsável por sua recuperação e o devolverá à sociedade já ressocializado e com uma profissão, graças, é claro, aos valorosos servidores da Sejus.
Sabia Mais
A Sejus tem:
1.819 presos trabalhando em 225 empresas conveniadas a Sejus.
3.323 presos estudando (23% da população carcerária do Estado). 60% das mulheres presas envolvidas em atividades educacionais.
1.320 presos inscritos no Enem 2012.
2.048 internos inseridos em cursos de qualificação profissional.
Equipe de saúde multidisciplinar (médico, dentista, enfermeiro, técnico de enfermagem, psicólogo, assistente social) em todas as unidades prisionais. 93% dos atendimentos de saúde realizados nas unidades prisionais.