Por determinação do comandante geral da Polícia Militar, coronel Ronalt Willian, a Diretoria de Inteligência (Dint) já começou a investigar a página da Rotam na internet em que policiais militares festejaram a morte do menino Andriew Henrique Barroso Santos, o Dudu, 14 anos, e ainda teriam instigado os colegas de farda a continuar priorizando a matança de suspeitos de crime. O menino morreu com seis tiros durante suposto tiroteio entre com policiais militares, em Jardim Tropical, na Serra. Os policiais autores dos comentários poderão ser presos a qualquer momento.
O comandante Willian determinou, nesta quinta-feira (01/03), a Dint a realizar levantamentos preliminares sobre o teor dos comentários feitos por militares na página da Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam) no Facebook.
O resultado das investigações será encaminhado à Corregedoria Geral da PM, a quem caberá decidir que crimes os militares praticaram com seus comentários.
A princípio, de acordo com uma fonte da Corregedoria, os policiais podem ter cometido delitos como apologia ao crime e abuso e ainda podem ter denegrido a imagem da Corporação com seus comentários numa página oficial da PMES.
Ao final das investigações, os autores dos comentários poderão ser até expulsos da PM. Antes da decisão pela expulsão, entretanto, o comando geral da PM vai determinar a prisão administrativa dos policiais tão logo eles sejam identificados oficialmente pela Dint.
Embora tenha determinado investigar os autores dos comentários, o Comando Geral da PM não mandou retirar do ar a página da Rotam no Facebook. Na postagem anterior, o leitor tem mais detalhes sobre o que motivou a decisão do comandante Ronalt Willian em investigar a página da Rotam na internet.
O secretário de Segurança Pública, Henrique Herkenhoff, garantiu, segundo A Gazeta desta sexta-feira (02/03), que não tinha conhecimento da existência da página, mas prometeu que o caso será investigado.
“Pelo que eu saiba, essa página não era oficial, não era da Rotam. Alguém criou essa página e colocou como se fosse da Rotam, mas os comentários não refletem a opinião da corporação. São opiniões individuais e não se sabe exatamente de quem”, explicou o secretário.
Herkenhoff também confirmou a abertura de sindicância para apuração dos fatos. “A Corregedoria da PM vai apurar o caso e verificar se houve algum tipo de infração disciplinar e, se for possível, identificar os autores”.