Três anos e quatro meses depois que surgiram as primeiras denúncias, sete oficiais da Polícia Militar do Espírito Santo começam a ser interrogados pela Vara da Auditoria da Justiça Militar pela acusação de cometer supostas irregularidades num contrato feito com uma faculdade particular. As irregularidades teriam dado um prejuízo de R$ 400 mil aos cofres públicos.
Estarão sendo interrogados, a partir das 13h30 de quinta-fera (19/01), os coronéis Antônio Carlos Barbosa Coutinho, Adilson Silva Tolentino, Carlo Marx Siqueira Rocha, Carlos Aberto Gomes de Almeida Filho e Moacir Provedel, a tenente-coronel Sônia do Carmo Grobério e a tenente Hanne Cardoso de Rezende Zamprogno.
No dia 25 de setembro de 2008, o caso deu entrada na Vara da Auditoria da Justiça Militar. Em julho do ano passado, a promotora de Justiça Militar Karla Sadoval ofereceu denúncia, que foi aceita pelo juiz Getúlio Marcos Pereira Neves em 8 de novembro de 2011.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, os sete oficiais estabeleceram um contrato irregular com a Faculdade Fucape, em 2008. A instituição foi paga por um curso de especialização para 33 policiais, que seria executado, em seis meses, no valor de R$ 400 mil.
A ação, assinada pela promotora de Justiça Karla Sandoval, defende que o contrato deveria ter sido feito por licitação, após abertura de edital – o que não aconteceu –, além de alegar que o curso escolhido estava equivocado e que o valor era abusivo. O curso foi realizado durante cinco meses e não foi concluído por ação do Ministério Público Militar.
O coronel Coutinho era o comandante geral da PM na épica do curso, em 2008. Os oficiais que começam agora a responder pela ação penal, somente a tenente-coronel Sônia e a tenente Hanne Cardoso se encontram na ativa. Os demais, já foram para a reserva remunerada.