O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo Especial de Trabalho Investigativo (Geti), acaba de divulgar nota oficial sobre parte da operação policial realizada em Ibatiba, Iúna e Alegre, em que foram presos o comandante do 14° Batalhão da Polícia Militar (Ibatiba), tenente-coronel Weliton Virgílio Pereira, e mais oito policiais militares e um ex-PM, expulso da corporação por estupro. Nesta postagem a lista completa dos acusados que já se encontram recolhidos, por ordem da Justiça, no Quartel do Comando Geral, em Vitória.
A operação do MPE tem a parceria da Polícia Civil e da Polícia Militar. A ação desencadeada se chama Operação Magogue e tem o objetivo de cumprir uma série de mandados de busca e apreensão, além de mandados de prisão em diversos municípios do Sul do Estado em função do cometimento de crimes como pistolagem, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, dentre outros.
O MPES informa ainda que o procurador-geral de Justiça, Fernando Zardini, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Henrique Herkenhoff, os promotores de Justiça do Geti que coordenam a operação, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Ronalt Willian, e o chefe da Polícia Civil,delegado Joel Lyrio Júnior, vão se manifestar na quinta-feira (01/12), às 15h30, em entrevista coletiva no auditório da sede da Procuradoria-Geral de Justiça, na Praia de Santa Helena, Vitória.
O nome da operação “Magogue” é uma referência bíblica ao Apocalipse, e trata de uma perseguição ao reino de Deus promovida por parte do dragão simbólico, o Satanás ou Diabo.
Nesta postagem, os nomes completos e corretos dos militares presos. São eles: Welinton Virgínio Pereira, Jorcelino Gonçalves Pereira, Hamilton Mello de Souza, Vinícius Rosa de Almeida, Sandro Magueno Viana, José Carlos Mendes Rodrigues, Omar Grypp de Souza e Hudson Ramos da Cunha. Também foi preso o ex-PM Souza, irmão de Hamilton. Souza foi expulso da Polícia Militar pela acusação de estuprar uma menina de 12 anos. Já cumpriu pena e estava solto. Os nomes dos acusados presos encontram-se no mandado de prisão expedido pela juíza Eliana Ferrari Siviero, da Comarca de Iúna.
Todos os militares – incluindo o homem já expulso da corporação – já foram conduzidos por agentes da Corregedoria Geral da PM para a carceragem do Quartel do Comando Geral, em Maruípe, Vitória. O tenente-coronel Welinton e o capitão Gonçalves estão no alojamento dos oficiais. A legislação dá direito a oficiais militares ficarem detidos em cela especial.
O próprio diretor da Corregedoria da PM, coronel Carlos Alberto Liberato, esteve presente na operação e coordenou a remoção dos militares para o QCG. A operação foi comandada pelo superintendente de Polícia do Interior (SPI), delegado Danilo Bahiense, e contou com apoio da própria PM, do Pelotão da Polícia, Ambiental e de agentes da Polícia Rodoviária Federal.
De acordo como Grupo de Trabalho Investigativo (Geti) do Ministério Público, os militares presos estavam sendo investigados pela acusação de prática de diversos crimes, como pistolagem, agiotagem, extorsão e vendas de armas.
Os militares, segundo o Geti, teriam ligação com o empresário do ramo de café Eduardo Gomes de Matos, 54 anos, que foi preso em flagrante durante uma ação do Ministério Público Estadual, com o apoio da SPI, no dia 23 de novembro deste ano. Na casa dele, foram apreendidas 15 armas e R$ 220 mil em dinheiro.
O Geti investiga crimes de mando e de pistolagem ocorridos em Iúna e municípios vizinhos nos últimos 10 anos.
“Há informações de que vários homicídios teriam sido cometidos com armas pertencentes à família do empresário. Por isso, todas as armas foram apreendidas. Essa investigação é do Geti, mas a SPI foi chamada para dar apoio operacional”, disse, na época, o delegado Danilo Bahiense durante entrevista coletiva.
Nesta quarta-feira, Bahiense evitou falar com a imprensa, alegando que somente na quinta-feira as instituições falarão oficialmente sobre a operação. Entretanto, confirmou que levou para Iúna 150 policiais civis, além de contingente da PM e da Polícia Rodoviária Federal para ajudar nas prisões e no cumprimento de mandado de buscas e apreensões.
Foram feitas buscas também na Prefeitura de Alegre e em unidades militares. Na prefeitura, foram apreendidos computadores e documentos. No Batalhão de Ibatiba, que fica próxima a Iúna, foram apreendidas diversas armas de grosso calibre, como escopetas e carabina,além de pistolas.
As armas serão submetidas a exames de balísticas no Departamento de Perícia da Polícia Técnico-Científica para checar se saíram delas projeteis que atingiram vítimas de assassinatos ocorridos na região e que ainda são alvo de sendo investigação. Também foram recolhidos até pássaros nas residências de policiais.
A investigação do Geti dá conta de que empresas de vigilância que, supostamente, estariam envolvidas nos crimes de pistolagem cometidos em Iúna, prestam serviço para a Prefeitura de Alegre. A Prefeitura de Alegre divulgou a seguinte nota sobre a operação:
“A Prefeitura de Alegre esclarece aos seus cidadãos que na manhã desta quarta-feira, dia 30 de novembro, um grupo especializado da Polícia Civil, conduzido pelo delegado de Polícia de Alegre, Dr. Sebastião Borges, esteve em suas dependências buscando informações e documentos sobre empresas que foram contratadas para prestação de serviços na área de vigilância privada no município. A ação faz parte de uma ampla investigação de crimes na cidade de Iúna, que supostamente teriam envolvimento de empresas de vigilância. Nesta mesma investigação, outros municípios da região, além de empresas particulares, também foram solicitados a prestar as devidas informações e esclarecimentos. A Prefeitura de Alegre está com seu corpo técnico contribuindo com a justiça para esclarecer todos os fatos ligados aos serviços de vigilância a ela prestados. É importante frisar que o Governo Municipal está, sempre esteve e sempre estará à disposição de qualquer órgão de controle para prestar os devidos esclarecimentos.”
Nota do Ministério Público Estadual
Geti e Sesp deflagram Operação Magogue no Sul do Estado
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo Especial de Trabalho Investigativo (Geti), em parceria com a Polícia Civil e a Polícia Militar, deflagrou, na quarta-feira (30/11), a Operação Magogue, com o objetivo de cumprir uma série de mandados de busca e apreensão, além de mandados de prisão em diversos municípios do Sul do Estado em função do cometimento de crimes como pistolagem, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, dentre outros.
O MPES informa ainda que o procurador-geral de Justiça, Fernando Zardini Antonio, o secretário de Segurança Pública, Henrique Herkenhoff, os promotores de Justiça do Geti que coordenam a operação, o comandante da Polícia Militar e o chefe da Polícia Civil vão se manifestar na quinta-feira (01/12), às 15h30, em entrevista coletiva no auditório da sede da Procuradoria-Geral de Justiça, à Rua Procurador de Justiça Antônio Benedicto Amancio Pereira, 350, Praia de Santa Helena, Vitória.O nome da operação “Magogue”, é uma referência bíblica ao Apocalipse, e trata de uma perseguição ao reino de Deus promovida por parte do dragão simbólico, o Satanás ou Diabo.
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES)