O Ministério Público Estadual recebeu uma denúncia no mínimo curiosa e preocupante. Um aluno oficial, que em 2010 foi expulso da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais pela acusação de participar de um assalto, teria sido reintegrado à Polícia Militar do Espírito Santo. Hoje, ele estaria trabalhando como soldado no Batalhão de Missões Especial (BME), que é considerada a tropa de elite da polícia capixaba.
O concurso foi para oficial PMES, mas cursado em Minas. Foi realizado no Vest/Ufes 2009, ou seja, entre novembro de dezembro de 2008 e janeiro de 2009. O curso iniciou em março de 2009. Quando foi aprovado nesse Vest/Ufes, o soldado que hoje voltou ao BME (ele é da turma de soldados PM/2006) apenas pediu transferência e não baixa (como este blog informou anteriormente). Como não houve pedido de baixa, o soldado passou a ser lotado no Centro de Formação e Aperfeiçoamento da PMES (CFA), mas fazendo o curso em Minas Gerais. Foi, então, para Belo Horizonte em março de 2009.
No final de 2009, ele e outro aluno oficial, que também é do Espírito Santo e filho de um coronel da reserva da PM capixaba, teriam se envolvido em um assalto. Eles tinham indo a uma boate, na capital mineira, e na saída, já bêbados, teriam rendido e assaltado o taxista que os levaria de volta para casa. Acabaram sendo presos em flagrante e submetidos a processos criminal e administrativo.
O soldado teria sido convencido a assumir sozinho a culpa pelo assalto. O outro colega, filho de um coronel, foi absolvido e nesta semana está se formando aspirante da PM. Logo, estará trabalhando na Polícia Militar do Espírito Santo, já com a ficha limpa.
O Comando Geral da PM, em 2010, teria aceitado o soldado de volta, mesmo sendo expulso como aluno oficial na Acadamia de Minas, e o teria reintegrado à PM capixaba, mandando-o de volta ao BME. O caso acaba de se levado ao conhecimento de um promotor de Justiça.