Diretor da Associação de Defesa dos Direitos Humanos e Constitucionais dos Policiais Militares e Bombeiros Militares do Espírito Santo (Addhucop), major Késio Freitas saiu, nesta terça-feira (22/11), em defesa dos militares lotados na Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam) da Polícia Militar. Ele informou que, com menos de três anos de existência, a Rotam já prendeu mais de 4.300 bandidos.
O major Késio garantiu que os policiais envolvidos na ocorrência em que um adolescente de 16 anos levou um tiro na nuca e um no braço, em Itanguá, Cariacica, semana passada, “apenas revidaram ao tiroteio”.
Com dois anos e seis meses de atuação, a Rotam – que foi criada em maio de 2009 – já prendeu 4.331 suspeitos de crimes e apreendeu 658 armas, segundo informou o major Késio.
Neste mesmo período, de acordo com Késio, foram apreendidas 18 mil buchas de maconha e mais 533 quilos da mesma droga, só que prensada. Também foram apreendidos 14 mil papelotes de cocaína e mais 21 quilos de pasta base de cocaína.
“Em dois anos e meio, a Rotam apreendeu 25 mil pedras de crack, a droga da morte, além de 158 quilos de crack em tabletes”, revelou o major Késio.
“Por todos esses dados, posso garantir aos usuários de drogas e traficantes que eles não são alvo da Rotam; eles são alvo da lei. E a PM cumpre a lei”, completou o oficial.
O diretor da Addhucop saiu em defesa dos praças e oficiais lotados na Rotam depois que a imprensa – inclusive este blog – noticiou, no final de semana, a ação de uma guarnição que terminou com um menor de 16 anos baleado com um tiro na nuca e outro no braço.
Informações de testemunhas dão conta de que o adolescente havia saído do trabalho, na tarde de sexta-feira (18/11), e voltava para casa. Ao passar em um condomínio, em Itanguá, ele viu seus amigos jogando bola numa quadra. O menor teria pulado o muro do condomínio para chegar à quadra.
Uma viatura da Rotam, que passava pelo local, teria visto a cena. Os policiais saíram do veículo e uma soldado teria pulado o muro e atirado na direção do adolescente.
O major Késio garantiu nesta terça-feira que a história é diferente. Ele disse que o menor já havia sido detido por uma equipe da Rotam no dia 6 de outubro, com sete papelotes de cocaína, “quando estava traficando drogas”. O menor acabou sendo solto posteriormente.
“Quando estava passando pela rua, em Itanguá, o adolescente viu uma guarnição da Rotam e se assustou. Ele saiu correndo, já atirando na direção dos policiais, que apenas revidaram”, garante Késio.
Segundo ele, não ficou constatado também que teria sido uma policial feminino quem atirou no adolescente:
“A guarnição era composta de quatro policiais, sendo três homens e uma policial feminino. Todos tiveram que reagir aos tiros dados pelo menor. Mas os policiais atiraram para se defender”, assegurou o major.
No final de semana, a imprensa noticiou a ação dos policiais em Itanguá. Este blogueiro sugeriu, em postagem publicada no sábado (19/11), com base na ação dos policiais que atiraram no adolescente, que o governador Renato Casagrande tome providências para evitar que a Rotam seja transformada em uma nova máquina de matar.
“A população pode ficar tranqüila que a Rotam jamais vai ferir os direitos do cidadão e jamais vai se transformar numa máquina de matar. A Rotam possui oficiais e praças conscientes com a missão principal da Polícia Militar, que é o de proteger vidas. Esses homens e mulheres que trabalham na Rotam foram escolhidos a dedo por seus comandantes; eles são muito bem treinados”, garantiu o major Késio.
“Eu diria que a Rotam é a Swat capixaba”, completou o diretor da Addhucop.
Segundo ele, a Rotam é uma das unidades mais bem treinada da PMES: “Todos os dias, os policiais da Rotam recebem instrução. Antes de sair para a rua, eles ouvem uma preleção, quando recebem a orientação do comandante da Rotam, o tenente-coronel Laércio Oliveira”, afirmou Késio.
“A Rotam é muito bem orientada pelo nosso comandante geral, o coronel Ronalt Willian; o comandante do CPOM, coronel Edmilson; e o seu próprio comandante, o tenente-coronel Laércio”, afirmou Késio.
O diretor da Addhucop afirmou que, antes de irem para as ruas com suas motocicletas ou viaturas para patrulhar os bairros da Grande Vitória, os policiais militares da Rotam ouvem a preleção em que são orientados, todos os dias, para preservar a vida:
“A Rotam é sim uma máquina; mas uma máquina de prender bandidos e retirar armas e drogas das ruas, como demonstram as estatísticas”, garantiu o major Késio, que conclui:
“A situação (criminalidade) só não está pior nas ruas porque quem segura a barra são os times táticos da Rotam, as equipes do BME (Batalhão de Missões Especiais) e as radiopatrulhas do batalhões”.