Uma falha – ou melhor, ausência – de comunicação entre o ex-comandante geral da Polícia Militar, coronel Anselmo Lima, e o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Henrique Herkenhoff, foi o principal motivo que levou o estoque de combustível da PMES chegar ao fim.
A baderna administrativa está provocando uma economia de gasolina e demais derivados do petróleo na corporação, o que obrigou o Comando de Policiamento Ostensivo Metropolitano da Grande Vitória a baixar uma ordem: as viaturas agora somente saem de seus postos durante a madrugada com ordem superior.
A Secretaria da Segurança Pública deixou de realizar, em agosto, a chamada suplementação orçamentária. A suplementação deveria ter sido solicitada pelo comandante geral da PM, coronel Anselmo Lima, à Sesp.
Um policial militar lotado da Diretoria de Finanças da PM informou a este Blog que o problema da falta de combustíveis para as viaturas da PM não é daquele órgão, que toma todas providências para que a corporação funcione plenamente durante todo o ano.
Mas segundo o mesmo policial, que não está sendo identificado para evitar que seja punido, a situação só chegou a esse absurdo exclusivamente pela pouca comunicação entre o ex-comandante geral da PM, coronel Anselmo Lima, e o secretário Henrique Herkenhoff.
Agora, o atual comandante geral da corporação, coronel Ronalt Willian, está tentando, a todo custo, reverter a situação e acabar com o problema.
Enquanto isso, a PM criou um novo mapa do crime para justificar, na imprensa, o fato de ser obrigada a deixar as viaturas paradas na madrugada.
Pior: o coronel Anselmo, que deixou a PM sem gasolina, agora é o novo diretor de Finanças da desta mesma corporação. O governo alegou, oficialmente, que Anselmo saiu do comando geral da PM porque precisava estar mais próximo da família, que reside no interior – os verdadeiros motivos, entretanto, são outros e já foram abordados neste Blog.
Será que o coronel Anselmo Lima está dirigindo a Diretoria de Finanças de dentro de sua casa, no interior?
Enquanto isso, a PM fica sem combustível. Parece até ironia: falta gasolina para a corporação militar justamente na terra onde jorra petróleo.