O comandante geral da Polícia Militar, coronel Ronalt Willian, disse na manhã desta quarta-feira (09/11), que o soldado PM Saulo Oliveira de Souza, 30 anos, preso em flagrante por matar o caminhoneiro Antônio Rodrigues, 52, durante discussão de trânsito, agiu fora das normas da corporação, já que deveria ter sido utilizado o Método Giraldi, que visa imobilizar a pessoa e não tirar a vida do cidadão.
A declaração do comandante foi dada em entrevista ao programa Bom Espírito Santo, da TV Gazeta. A PM, segundo o coronel Willian, vai investigar o caso e também abrir um procedimento administrativo. Além de responder pelo crime de assassinato, o policial pode ser expulso da corporação.
Por sua vez, o diretor da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACS/PMBM/ES), Flávio Gava, o policial Saulo se defendeu:
“No momento, a vítima tentou tomar a arma do policial e infelizmente ele teve que fazer o disparo, e foi ele mesmo quem acionou a polícia. O caminhoneiro não estava armado, mas como policial, Saulo não pode esperar que alguém puxe alguma coisa da cintura. Se eu estou armado e alguém tentar pegar a minha arma, pode esperar que vai vir disparo”, disse Gava à TV Gazeta.
O PM prestou depoimento na Delegacia de Crimes contra a Vida da Serra e em seguida foi levado para a carceragem do Quartel do Comando Geral (QCG), em Maruípe, Vitória.
Para o comandante geral da PM, coronel Ronalt Willian, esse caso foi atípico e totalmente isolado. Segundo o coronel, o soldado tem sete anos de efetivo e “apresentava excepcional conduta”, apesar de responder a cinco ações na Justiça. Três das ações tramitam na Auditoria de Justiça Militar. Um dos processos é pela morte de dois supostos suspeitos de crime, num suposto tiroteio em que Saulo participou com outro policial militar.