O Ministério Público Estadual demonstra, mais uma vez, que está sempre ao lado da sociedade e do governo do Estado na luta contra a violência. Por iniciativa do MPE, a Polícia Militar ocupou a Ilha do Príncipe, nesta sexta-feira (02/09), e prendeu 10 acusados de tráfico.
Entre os bandidos presos está um jovem de 20 anos de idade, chamado John Lenon. Embora tenha nome de um ídolo mundial que só cantava o amor e a paz, o John Lenon da Ilha do Príncipe só pensa na morte. É dele a lista de pessoas marcadas para morrer na região.
Junto com John Lenon foi presa uma estudante universitária de 26 anos. Com ela, a PM apreendeu uma escopeta calibre 12.
Traficantes da Ilha do Príncipe são audaciosos. Vendem drogas – cocaína, maconha e crack – em qualquer rua do bairro em plena luz do dia, na porta de escolas, pelas escadas e bares.
São ousados também porque estão em constante guerra com bandidos do Morro do Quadro e do Alagoano. Participam constantemente de tiroteios com gangues rivais de outros morros de Vitória. A ação desta sexta-feira pode ter sido, portanto, um tiro no coração do tráfico.
Fiquem certos o Ministério Público e a Polícia Militar, porém, que apesar do tiro no coração, o tráfico na Ilha do Príncipe não se acaba de uma hora para outra. Ali, nascem quase que diariamente vários traficantes e soldados do tráfico.
A região de Nonô e Antônio Fininho já merecia há muito tempo uma atenção maior do poder público. A presença da PM na Ilha do Príncipe deveria ser 24 horas, com ocupação ininterrupta.
A operação, batizada de Zebulon II, é uma complementação das investigações da primeira ação deflagrada no final de 2010. A principal meta é identificar e prender integrantes de uma quadrilha da região que pratica homicídios e tráfico de drogas.
O promotor de Justiça Sérgio Alves Pereira, do Grupo Especial de Trabalho Investigativo (Geti), informou que o bairro é um dos principais receptores de drogas da Grande Vitória por conta da sua localização, próximo à Rodoviária, estradas, pontes e da Baía de Vitória.
“Essa quadrilha da Ilha do Príncipe tem contato direto com traficantes de São Paulo, inclusive de integrantes da organização criminosa conhecida como PCC. Essa facção tentou, mas não conseguiu se estabelecer no Espírito Santo, justamente por conta de operações como essa. Facções do Rio de Janeiro não foram identificadas nessa investigação”, disse o promotor de Justiça.