Do alto de seus mais de 33 mil votos nas eleições de 3 de outubro, o deputado estadual reeleito Josias Da Vitória (PDT) gravou seu nome definitivamente como uma das mais expressivas lideranças dos militares capixabas.
E, consciente dessa liderança, ele mais uma vez sai em defesa da Polícia Militar do Espírito Santo, que foi novamente abalada com denúncias de supostas irregularidades no Alto Comando a corporação.
Cabo da reserva remunerada da PM, Da Vitória (PDT) repudiou as acusações feitas contra a PM, feitas pela promotora de Justiça Militar Karla Sandoval, de que existiriam indícios de crime organizado no Alto Escalão da instituição.
A defesa firme dele pela preservação da honra dos policiais militares foi feita durante sessão da Assembleia Legislativa, na tarde desta segunda-feira (20/12), logo depois de tomar conhecimento das declarações de Karla Sandoval. Da Vitória rechaçou as declarações da promotora de Justiça e considerou que a fala mancha toda a corporação. Ao mesmo tempo, ele pediu à promotora que seja mais específica em suas acusações.
Da Vitória presidia a sessão quando decidiu se manifestar, pouco antes de encerrar os trabalhos. A declaração da promotora de Justiça foi dada em entrevista ao programa Bom Dia Espírito Santo, da TV Gazeta, na manhã de segunda-feira.
Segundo ela, há indícios de desvios de recursos públicos, falsificação de documentos e falsidade ideológica. “A gente entende que há uma corrupção muito grande dentro do alto escalão da Polícia Militar”, disse Karla Sandoval ao programa.
O deputado Da Vitória ponderou que as acusações são graves e, da forma generalizada com que foram feitas, atingem a corporação como um todo, não somente os que porventura estejam sendo alvo de investigação por parte do Ministério Público Estadual.
O parlamentar pediu ao procurador geral de Justiça, Fernando Zardini, que interfira para que pessoas inocentes não sejam prejudicadas.
“Estarei sempre saindo em defesa da corporação. Não vou aceitar jamais que se façam acuações de forma generalizada contra uma instituição secular como a PMES, que é a minha família. A PM tem a prerrogativa de defender a vida e cuidar da segurança dos cidadãos”, disse Da Vitória, reeleito com 33.374 votos. Ele vai fazer novo pronunciamento sobre o assunto na sessão da tarde desta terça-feira.
Ouvida pelo jornal A Tribuna, em sua edição desta terça-feira (21/12), a promotora de Justiça Karla Sandoval foi enfática: “A Polícia Militar, em sua maioria, é formada por homens honrados, mas a corrupção existe. As investigações ocorrem sob sigilo, mas os indícios são graves”.
Algumas das denúncias, segundo Karla Sandoval, foram repassadas para a Promotoria de Justiça Militar pelo coronel Julio Cezar Costa. Ele estava sendo investigado pela Promotoria pela acusação de tentar interferir numa ocorrência de trânsito.
Depois de ouvir os policiais militares que registraram a ocorrência, oficiais do Ciodes e outras dezenas de testemunhas, Karla Sandoval concluiu que o coronel Julio Cezar não cometeu nenhum crime.
O comandante geral da PM, coronel Oberacy Emmerich Júnior, também pediu cautela à promotora de Justiça Militar Karla Sandoval ao “generalizar” as acusações. Por meio de nota oficial, Emmerich disse que espera que a promotora de Justiça tenha “cautela e responsabilidade na divulgação de informações e indícios ainda não investigados’’.
Ele ressalta que as denúncias feitas pelo coronel Julio Cezar Costa sobre eventuais irregularidades cometidas por outros coronéis do Alto Comando também foram remetidas para apreciação do Ministério Público Estadual pelo próprio comandante geral da PM.