Renato Casagrande tem sido nesses primeiros 18 meses de administração um governante que procurou, dentro de suas responsabilidades e das limitações do Estado, atender as reivindicações dos policiais civis e militares do Espírito Santo.
Fez justiça, depois de quase 20 anos de impasse, ao nomear mais de 400 investigadores para a Polícia Civil aprovados em concurso realizado em 1993. Realizou concursos para diversos setores da Polícia Civil, reforçando, sobretudo, os quadros de delegados. Os aprovados em concursos para delegados, peritos, escrivães e médicos-legistas já estão até fazendo o Curso de Formação na Acadepol e logo estarão trabalhando.
Na Polícia Militar, ele está reativando os quadros, mantendo concurso para soldados todos os anos. E o mais importante: aprovou projeto de lei que vai garantir a promoção de mais de 3 mil policiais militares, além de adotar a política de pagamento de gratificação para oficiais que exercem cargo de comando na PM e no Corpo de Bombeiros.
O governo reservou para este ano R$ 70 milhões para a segurança pública. A PM, por exemplo, já garantiu mais de R$ 2 milhões para investir na aquisição de armamentos modernos.
O governo, portanto, está fazendo a sua parte. E a polícia está fazendo a parte dela? E os policiais civis e militares estão desempenhando seu papel, depois de verem suas reivindicações atendidas pelo governo? Com a palavra, o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Henrique Herkenhoff, que no dia 12 deste mês deu a seguinte entrevista ao Blog do Elimar Côrtes:
Blog do Elimar Côrtes – Diante dos investimentos que o governo vem realizando na área de segurança pública, que procuram, sobretudo, valorizar os policiais capixabas, não chegou a hora de o governo cobrar maiores resultados positivos das polícias Militar e Civil?
Henrique Herkenhoff – Os policiais, sejam eles civis ou militares, têm que ser muito valorizados. Vamos continuar com a política de valorização do profissional da segurança pública. Precisamos estar sempre melhorando as condições de trabalho dos policiais. O Espírito Santo tem alcançado um padrão econômico que ainda não refletiu em melhoria no trabalho das polícias, tanto na capacitação quanto na tecnologia.
– E as cobranças?
– Os resultados já vêm aparecendo. Tem crescido o número de apreensões, de prisões. A polícia capixaba tem avançado muito na qualidade das prisões, colocando na cadeia bandidos perigosos. Os policiais já vêm correspondendo. Eles procuram se aperfeiçoar. Todos já sabem de sua responsabilidade; os policiais já se sentem gratificados.
– O que o senhor espera para o segundo semestre?
– Vêm aí os concursos para soldados e agentes de Polícia. Ainda este mês vamos divulgar o edital para o concurso de agentes de Polícia Civil. O governo vai continuar na linha de investimentos. Vamos amadurecer os projetos de tecnologia. Antes de comprar qualquer equipamento, o governo tem que pesquisar, saber se há profissionais na polícia capazes de gerenciar esses equipamentos. No passado, o governo do Estado adquiriu o microcomputador balístico, mas o equipamento está parado porque se verificou, depois, que haveria a necessidade de contratar mais peritos para trabalhar com o equipamento. Então, não dar para adquirir um equipamento avançado se não há profissionais para operá-lo. Temos também o projeto das UPCI.
– O senhor poderia dar mais detalhes sobre as UPCI (Unidade de Policiamento Comunitário Integrado)?
– Ainda neste segundo semestre, estará aberto o processo de licitação para a construção da primeira Unidade de Policiamento Comunitário Integrado, o o projeto UPCI 3. A primeira unidade será construída em Piúma, onde a prefeitura local já aprovou, inclusive, o projeto e a área. Vai ser algo muito importante, pois vai permitir que funcionem numa mesma unidade as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros.