“O número de leitos para internação no Brasil caiu mais uma vez entre os anos de 2005 e 2009. Neste período, o país perdeu 11.214 leitos, o que representa uma queda de aproximadamente 2,5%” (Revista Época, 19 de novembro de 2010).
“A população de 1.867 municípios brasileiros (33,5% de um total de 5.562) não conta com estabelecimentos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento de urgência” (JB On Line, 15 de dezembro de 2009).
“Corrupção na saúde desviou R$ 2,3 bilhões em nove anos. O montante é o somatório de irregularidades encontradas pelo TCU entre janeiro de 2002 e 30 de junho de 2011” (Gazeta do Povo, 26 de fevereiro de 2012).
“Cerca de 60 mil pessoas aguardam por cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Belo Horizonte. A espera é longa e pode durar anos” (G1, 19 de outubro de 2009).
“Auditoria do governo mostra que quase R$ 12 bilhões deixaram de ser aplicados em saúde pelos Estados em 2006 e 2007” (Revista Veja, 10 de julho de 2007).
“Censo de 2009 da Associação de Medicina Intensiva Brasileira aponta que 51,9% dos Estados brasileiros tem uma quantidade de leitos aquém da necessidade, considerando os disponíveis nas redes pública e privada” (Estadão, 06 de abril de 2010).
“Falta de leitos em UTIs do país afeta brasileiros de forma dramática” (G1, 28 de maio de 2013).
“30% dos paulistas na fila do SUS aguardam atendimento há mais de seis meses” (Revista Veja, 8 de dezembro de 2014).
“Os dados da OCDE que põem o Brasil entre últimos em ranking de gastos em saúde” (BBC, 08 de novembro de 2019).
Veja que não aproveitei sequer uma notícia de caráter mais específico – poderiam ser exceções, afinal. Encerro com trecho de discurso proferido pelo meu saudoso pai no Congresso Nacional, aos 18 de outubro de 1968: “Se há problema neste País que reputo da maior gravidade é, sem dúvida, aquele que se refere à precariedade da assistência médica”, conforme provam “aquelas centenas de milhares de pessoas que enfrentam as maiores dificuldades para encontrar uma vaga num hospital”.
Pois é. Levanto-me. Vou à janela. Contemplo o povo brasileiro sofrendo com o colapso da estrutura de saúde. Dizem alguns que é tudo culpa da pandemia de 2020. Será?