De maneira serena – como tem sido sua administração –, o comandante geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel Oberacy Emmerich Júnior, decidiu rever as novas medidas de política de Comunicação Social dentro da corporação adotada por ele e publicada no Boletim do Comando Geral (BCG) do dia 14 de outubro.
O coronel também resolveu suspender o seminário de Comunicação Social que seria realizado no auditório do QCG, em Maruípe, na quinta-feira (28/10).
Conforme o Blog do Elimar informou em sua última postagem com exclusividade, as medidas visam adotar censura, ao impedir que policiais militares – dos praças aos oficiais – dêem entrevista.
Os militares estavam sendo proibidos até mesmo de falar sobre político-partidiária, assunto que reina dentro de qualquer ambiente democrático – e as unidades militares do Espírito Santo se tornaram, graças a luta de seus praças e oficiais, um ambiente democrático, onde política pode ser discutida sem qualquer tabu.
A censura iria atingir também os militares que representam as entidades de classe da PM. As novas medidas traziam normas sobre quando e como os policiais poderiam dar entrevista.
Ao mesmo tempo, uma das medidas transferia para a Divisão de Estratégia do Estado Maior a responsabilidade de decidir o teor das entrevistas dadas por qualquer integrante da corporação.
Mais detalhes das medidas que foram suspensas e informações sobre o seminário que foi suspenso estão na útima postagem deste blog.
A decisão de suspender o seminário e de rever as medidas adotatas por seu comando é sinal de amadurecimento e serenidade do coronel Emmerich. Adotar a lei da mordaça dentro de uma instituição que está sempre ao lado da população é um retrocesso. Aceitar medidas feitas por burocratas de gabinete seria um sinal de fraqueza do coronel Emmerich.
Todavia, ao longo de sua carreira militar, o comandante Emmerich tem demonstrado responsabilidade, carisma com a tropa – o que lhe dá liderança total –, dinamismo e, sobretudo, senso de justiça. Tudo isso aliado ao alto nível de profissionalismo, que é compartilhado pelo seu Alto Comando e, consequentemente, pela tropa que ele comanda.