O 2º Curso de Inteligência Policial da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) se encerrou na sexta-feira (24/10). Durante cinco dias, integrantes de forças de segurança de diversas regiões do País puderam aprender um pouco mais sobre o tema e como aplicar as técnicas de inteligência em suas atividades. Segundo o diretor de Polícia Legislativa da Ales, major Ubirajara Resende, mais de 200 profissionais de oito Estados se inscreveram e 80 alunos foram selecionados para o curso.
“A Inteligência Policial capacita o operador de Inteligência a levar as informações de forma mais corrigida para o decisor. No caso, cada corporação tem um tomador de decisão e o operador de inteligência leva ela com as correções necessárias para que o tomador de decisão decida o melhor possível”, explicou Resende.
Ele destaca que a Ales está se tornando uma referência para outras Assembleias por causa da criação da Polícia Legislativa e que após a parceria com Secretaria de Estado da Segurança (Sesp) está firmando uma com a Secretaria de Justiça (Sejus). “Essa troca de informações e tecnologias nos interessa na busca da segurança. O operador de inteligência da Assembleia tem que buscar proteger a instituição, as pessoas e as informações”, afirmou o major.
Resende ainda disse que a sede da Ales recebe por dia aproximadamente 1,7 mil pessoas e o curso atraiu ainda profissionais da iniciativa privada. “O gestor de segurança do Shopping Vitória, por exemplo, participou do curso conosco. O shopping recebe de 25 a 30 mil pessoas por dia e o público do Shopping Vitória frequenta a Assembleia, e os servidores da Assembleia frequentam o Shopping Vitória”, frisou.
A delegada da Polícia Civil de Pernambuco Maria Antonieta Albuquerque ressaltou a importância de ter contato com forças de segurança de outros estados para aperfeiçoar o trabalho de inteligência e o combate a atuação de organizações criminosas que atuam no país inteiro. “O crime organizado cada vez mais se fortalece em várias áreas e é importante esse trabalho que é feito justamente para proporcionar aos policiais esse conhecimento, essa informação para que eles possam realmente atuar da melhor forma possível para a sociedade”, salientou.
Diego Araújo, Guarda Civil Municipal (GCM) de Campos nos Goytacazes, comentou o que aprendeu nos cinco dias de curso. “Aprendemos técnicas de inteligência, contrainteligência, entendemos em conceitos legais e formas de aplicar inteligência dentro da nossa instituição. Isso reforça o compromisso da Assembleia Legislativa com o fortalecimento da segurança pública, seja ela na esfera estadual, municipal, federal”, enalteceu.
De acordo com o sargento da Polícia Militar da Bahia Márcio Sledz, que atua na Assembleia Legislativa daquele Estado, a troca de experiência no Espírito Santo foi fundamental para o trabalho que eles estão desenvolvendo. “A gente lá na Bahia criou esse núcleo de inteligência dentro da assistência militar, que é da Assembleia Legislativa da Bahia, e a gente veio em busca de experiência, daquele know-how, considerando que aqui a inteligência da Polícia já tem mais de um ano de criada”, frisou.
O coordenador de Inteligência da Guarda Civil Municipal (GCM) de Vitória, Ramile Pimentel Pereira, contou que os conteúdos ministrados vão ajudar a tornar mais eficaz o trabalho prestado na capital.
“Nós tivemos uma palestra aqui muito valorosa na parte de organizações criminosas, a evolução das organizações criminosas em Vitória e em todo o Espírito Santo e isso ajuda a fomentar o tema e deixar as instituições melhor estruturadas para enfrentar esse problema. (…) E a inteligência é uma ferramenta indispensável, não há de se falar em segurança pública sem ter o trabalho de inteligência”, enfatizou.
Já o sargento da Polícia Militar Ted Candeias Silva avaliou que a integração entre as forças de segurança é um caminho a ser seguido para o melhor atendimento da sociedade.
“O curso de Inteligência Policial é muito importante, sobretudo a união e integração das forças policiais. Um dos objetivos do curso é a proteção e integridade das informações da entidade que servimos, no caso aqui da Polícia Legislativa, na proteção deste órgão, e também das demais autoridades. Foi um curso amplamente enriquecedor”, exaltou.
Quem também participou da capacitação foi o segurança institucional do Amapá Emerson Barbosa de Barbosa. “Nós servidores precisamos estar atualizando o tempo todo. (…) Estamos no extremo norte do Brasil, no Estado do Amapá, onde está acontecendo o fenômeno do petróleo, então nós temos muitas demandas, pessoas novas que chegarão ali para desenvolver trabalhos, então é preciso estar preparado e a inteligência vem justamente somar esse conhecimento”, disse.
Ao final do curso, os participantes receberam um diploma de conclusão do curso. O major Resende mencionou que a ideia é promover mais cursos de capacitação na Casa. “A Polícia Legislativa oferece o curso de proteção de autoridades, de brigadista, de inteligência policial e também vamos ter esse ano ainda o técnico de controle de multidão”, concluiu.




