O presidente Nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o senador Magno Malta é quem vai decidir os rumos que o partido tomará nas eleições de outubro de 2026 no Espírito Santo. Magno, que está se recuperando de uma cirurgia no joelho, preside o Partido Liberal no Estado. A reação de Valdemar se deve ao fato de parlamentares – deputados estaduais e federal, além de vereadores – capixabas estarem se unindo ao prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), em sua pré-candidatura a governador do Estado. Esse apoio de alguns bolsonaristas a Pazolini se dá, segundo fontes, em troca de cargos comissionados na Prefeitura da Capital.
De acordo com Valdemar Costa Neto, o PL capixaba tem lideranças importantes que podem disputar qualquer cargo nas eleições do próximo ano, como o de governador, Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa.
“Temos quadros para todos os cargos [nas eleições de 2026] no Espírito Santo. O que o nosso líder, Magno Malta, resolver, tá resolvido. É ele quem manda”, garantiu o presidente Nacional do PL, Valdemar Costa Neto, em vídeo postada em suas redes sociais quando foi visitar o senador no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo.
De acordo com fontes ouvidos pelo Blog do Elimar Côrtes, Valdemar Costa Neto sempre reafirma que os únicos Diretórios Estaduais que ele jamais fará interferência são os do Espírito Santo e de Pernambuco, comandados, respectivamente, por Magno Malta e Andersom Ferreira. O presidente Nacional do PL tem gratidão eterna aos dois políticos, que sempre estiveram ao seu lado em todos os momentos, sobretudos, os difíceis, da vida pública e privada.
Tem sido comum a peregrinação de deputados e vereadores até o presidente Estadual do Republicanos, o ex-deputado estadual Erick Musso, que coordena a pré-campanha de Lorenzo Pazolini. Erick, que foi até recentemente secretário de Governo da Prefeitura de Vitória, tem recebido políticos do PL e conversado sobre alianças com Pazolini. E esses parlamentares do PL foram ao encontro de Erick Musso sem comunicar a Magno Malta, ignorando o líder maior do partido no Estado. Esse gesto tem sido interpretado como traição ao bolsonarismo e ao próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (P).
Delegado de Polícia Civil licenciado, Lorenzo Pazolini foi eleito deputado estadual, em 2018, com apoio de Magno Malta e vestindo a bandeira do bolsonarismo. Logo, porém, mudou de tom: ele jamais cita o nome do ex-presidente Bolsonaro em suas andanças e manifestações.
O senador Magno Malta estava internado em São Paulo após passar por uma cirurgia no joelho esquerdo. Na visita ao aliado, Valdemar Costa Neto gravou um vídeo publicado nas redes sociais em que faz uma declaração política de apoio: “É Magno Malta no Espírito Santo e Bolsonaro no Brasil”, disse o dirigente partidário.
Segundo a assessoria do senador, a cirurgia foi bem-sucedida, e Malta deve permanecer afastado das atividades parlamentares por 30 dias, até se recuperar completamente. Ele deve retomar os trabalhos no Senado após o período de licença médica.
O senador enfrenta sequelas de um tumor na medula diagnosticado no início dos anos 2000, condição que afeta sua locomoção e já o levou a realizar várias cirurgias. No ano passado, ele operou o joelho direito. Neste ano, passou por uma cirurgia na coluna e, agora, no joelho esquerdo.
Em publicação nas redes sociais, Valdemar Costa Neto escreveu: “Visitei, nesta sexta-feira (24/10), meu grande amigo, senador Magno Malta, que está internado no Hospital Vila Nova Star, onde realizou duas cirurgias nesses últimos dias. Apesar delas, ele continua se dedicando ao nosso povo e ao nosso partido, trabalhando, de lá mesmo, para a CPMI que investiga o roubo dos aposentados. Tenho certeza de que todo o Brasil torce pela sua breve recuperação.”



