Ao falar sobre a transformação que o Espírito Santo passou nesses últimos 25 anos, o governador Renato Casagrande (PSB) analisa o passado, mas indica o futuro. Segundo ele, o Estado não pode cair de novo em mãos erradas. A transformação dessas duas décadas e meia foi tema de reportagem especial do Bom Dia ES, da TV Gazeta, de terça-feira (28/10), em que o programa entrevistou empresários e economistas de renome internacional, além de Casagrande e o ex-governador Paulo Hartung (PSD).
Reportagem feita pelo jornalista e apresentador Mário Bonella falou da importância do ‘ES em Ação’, que se refere ao movimento empresarial Espírito Santo em Ação, fundado em 2003 por 16 empresários e executivos para superar uma grave crise institucional e administrativa no Estado. A iniciativa teve como objetivo promover o desenvolvimento do Espírito Santo através de ações propositivas e da capacitação de lideranças, focando em áreas como gestão pública, educação e estratégias de longo prazo.
Anos antes, porém, a sociedade civil – por das Igrejas e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/ES) – também já havia se unido em prol de mudanças no Estado, ao mesmo tempo em que denunciava a corrupção em órgãos estatais nos três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – e apontava a ligação de políticos e gestores públicos com o crime organizado:
“Acompanhei de perto a criação desses movimentos, que foram importantes para a virada no Espírito Santo. As ações do ‘ES em Ação’ alimentam o nosso dia a dia dentro do Governo”, lembrou Casagrande ao especial do Bom Dia ES. “Quem planeja, tem futuro; quem não planeja, tem destino”, frisou o governador capixaba.
Mais tarde, ele voltou a abordar o tema com o ‘site’ Blog do Elimar Côrtes e afirmou que o Estado tem que seguir o caminho correto: “Hoje, a nossa política é como se fosse uma corrida de revezamento. Você passa o bastão para alguém e esse alguém tem que estar correndo na mesma direção. Se você passar o bastão para alguém e esse alguém fizer o percurso ao contrário, a nossa equipe perde. Então, é seguir em frente na direção que nós estamos indo e que está dando certo”, ensinou Renato Casagrande.
O governador também enalteceu a lembrança dos fatos que transformaram o Espírito Santo, citando, principalmente, as ações voltadas para a área de segurança pública implementadas em seu primeiro mandato no Executivo Estadual, dentro do Programa Estrado Presente em Defesa da Vida:
“É importantíssima [a lembrança]. É só você olhar, de fato, o que era Estado na área de segurança pública até menos de 25 anos. A segurança pública começou a reviravolta quando a gente chegou ao governo em 2011, com o Programa Estado Presente. Na época, éramos o segundo Estado mais violento do País. Hoje a gente está numa posição mediana no Brasil. Temos tarefas para a frente ainda, mas nós saímos daquela posição vexatória lá de atrás e entramos numa posição que estamos caminhando para estarmos entre os melhores do País. Para isso, é só continuarmos o trabalho e a perfeição do trabalho todos os dias.”
No especial d Bom Dia ES, o ex-governador Paulo Hartung disse que “tinha gente que se enriquecia com o caos” vivido pelo Espírito Santo naqueles anos de domínio do crime organizado. Ex-presidente do ES em Ação, o empresário Nailson Dalla Bernardina frisou que “o Espírito Santo era um Estado sem lei”. No entanto, aprendeu a se planejar, o que fez melhorar a economia, segurança, saúde e educação.
Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 2003 e 2005, o economista Marcos Lisboa destacou que o modelo de gestão implantado pelo Espírito Santo é um do mais importantes de políticas públicas do País. “Foi feita pensando no interesse público e não em um grupo de pessoas”, afirmou.
Com negócios no Estado, o empresário Jorge Gerdau, presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau, o Espírito Santo é exemplo na definição de políticas públicas e peça-chave no gerenciamento do País.


