Para aumentar a segurança de quem usa o Pix, o Banco Central anunciou medidas importantes que passam a valer a partir do próximo dia 1º de novembro de 2024. A principal delas é que haverá um limite de R$ 200,00 para as transações realizadas por meio de novos dispositivos — celulares ou computadores. As transferências via Pix feitas nesses aparelhos não poderão ultrapassar R$ 1 mil por dia até que os novos dispositivos sejam cadastrados nos bancos. O pix foi criado em novembro de 2020, e até agosto deste ano tinha mais de 168 milhões de usuários — 153 milhões de pessoas físicas e 15 milhões de pessoas jurídicas.
Segundo o BC, a medida foi tomada para “diminuir a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar transações Pix.” Outras mudanças incluem novas modalidades de pagamento: o Pix por aproximação e o Pix automático.
O Estadão fez uma análise e publicou mais informações sobre as mudanças relativas à segurança, que abrangem clientes e bancos, e sobre as duas novas modalidades, Pix por aproximação e automático.
1) Quais são as novas medidas de segurança?
A principal delas é uma medida que minimiza a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar transações Pix. Para isso, os valores de transferências por celulares ou computadores que não estão cadastrados no banco serão reduzidos. Dessa forma, as transações não poderão ser maiores que R$ 200 e o limite diário não poderá ultrapassar R$ 1.000.
2) E como fazer para movimentar valores maiores do que R$ 1.000,00?
Se você trocar de dispositivo, será necessário cadastrá-lo no banco. Só assim será possível liberar transações com valores maiores do que as estabelecidas na nova regra. Vale lembrar que nada muda para aqueles que possuem o mesmo dispositivo para efetuar transações via Pix.
3) Quais são as novas regras para os bancos?
Para garantir a segurança da entrada e da saída de recursos nas contas por meio de transações Pix, o BC também determinou algumas medidas que deverão ser seguidas pelas instituições financeiras: Utilizar solução de gerenciamento de risco de fraude que contemple as informações de segurança armazenadas no Banco Central e que seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente; Disponibilizar, em canal eletrônico de acesso amplo aos clientes, informações sobre os cuidados que os clientes devem ter para evitar fraudes; Verificar, pelo menos uma vez a cada seis meses, se seus clientes possuem marcações de fraude na base de dados do BC.
4) O que é o Pix por aproximação?
Assim como já ocorre com as wallets, as carteiras digitais usadas para operações de débito e crédito, ao usar o Pix por aproximação o cliente não precisará mais entrar no aplicativo do banco para realizar as transações que deseja. A previsão é a de que o sistema estará oficialmente disponível a todos a partir de fevereiro do ano que vem.
5) O que muda com o Pix por aproximação em relação ao que ocorre hoje?
Atualmente, para fazer o pagamento com Pix de alguma compra online, o cliente precisa deixar o ambiente virtual em que está, entrar no aplicativo de seu banco e fazer o Pix, seja pelo sistema copia e cola, digitando a chave fornecida ou escaneando o QRCode.
Sem o direcionamento, o pagamento será efetuado na própria plataforma onde a compra está sendo feita. Funcionará aos moldes do que ocorre hoje com quem deixa cartão de crédito cadastrado em determinado site em que faz suas compras online.
6) O que é o Pix automático e como ele funciona?
Previsto para entrar em operação em junho de 2025, essa nova modalidade facilitará cobranças recorrentes. O Banco Central explicou que, com permissão do usuário, o Pix Automático vai permitir cobranças automáticas sem precisar confirmar cada pagamento. Isso facilita o processo para quem paga e para quem recebe, tornando a cobrança mais eficiente, barata e diminuindo a chance de atrasos nos pagamentos.
7) Quais são os tipos de cobranças recorrentes?
São todas aquelas que têm previsão de serem pagas em determinados períodos, geralmente todo mês. Veja exemplos: Contas de consumo: água, luz e gás; Escolas, faculdades, cursos de idioma; Academias e clubes sociais; Planos de saúde; Serviços de streaming (Netflix, Amazon, HBO etc); Portais de notícias.