O Espírito Santo registrou o quinto maior crescimento entre 13 unidades da Federação em 2023, conforme dados do Banco Central. O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Estado cresceu 4,39% no ano passado, quase o dobro da média nacional, que foi de 2,45%, e bem superior à taxa de São Paulo, que atingiu 1,36%, ocupando a 12ª posição. A autoridade monetária divulgou somente os dados de 13 Estados. O Paraná teve o maior crescimento de sua economia (7,75%), seguido de Goiás (6,06%), Pará (5,70%), Rio de Janeiro (4,45%) e Espírito Santo (4,39), que está à frente de Minas Gerais (4,36%), Bahia (3,26%), Santa Catarina (2,56), Pernambuco (2,18%), Rio Grande do Sul (2,12%), São Paulo (1,36%) e Ceará (1,17%). Já o Produto Interno Bruto (PIB) capixaba teve avanço de 5,7% no acumulado de 2023. Os resultados são frutos dos investimentos em infraestrutura feitos pelo Governo capixaba, além dos equilíbrios fiscal e institucional registrados no Estado.
Na manhã desta sexta-feira (15/03), o governador Renato Casagrande (PSB) foi às redes sociais para falar do bom momento que vive a economia capixaba. No Instagram, ele disse que o Espírito Santo tem atraído cada vez mais um grande número de empreendimentos graças a confiança que os empresários e a sociedade em geral têm no Estado:
“Os investimentos em infraestrutura e formação profissional, somados à organização e ao equilíbrio fiscal do Espírito Santo, são fatores determinantes para a atração de empresas e indústrias para o nosso Estado. Isso significa mais emprego, mais desenvolvimento e mais qualidade de vida para os capixabas”, pontuou Casagrande.
Para ele, o crescimento se deve também “à capacidade do povo capixaba, do engajamento e a determinação para o trabalho”. Porém, salientou o governador, “é também pela organização da nossa administração pública, do equilíbrio institucional, do equilíbrio das contas públicas, da capacidade de investimentos que o Governo tem e as relações que o Executivo tem com os municípios e demais instituições”.
Renato Casagrande lembra que hoje o Espírito Santo é um “Estado com esse ambiente em que as pessoas têm confiança nessa relação”. Essa confiança, garante, “faz com que a gente possa gerar empregos, gerar renda e desenvolver o nosso Estado em cada lugar do território capixaba”.
O diretor-presidente do Instituto Jones Santos Neves, Pablo Lira, ressalta que a taxa de 4,39% do crescimento da economia capixaba, conforme o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Banco Central, é mais uma comprovação de que o Espírito Santo vive um momento muito positivo quanto ao crescimento econômico, combinado também com o desenvolvimento social. Sobre o crescimento econômico, Lira lembra que o IBGE e o IJSN divulgaram os dados do PIB, que foram calculados em todo o País e nos Estados, indicando que o PIB capixaba, que em 2023 avançou 5,7%, teve crescimento quase duas vezes superior à média nacional, que ficou em 2,9%.
Quanto ao desenvolvimento social, Pablo Lira cita que o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua) para o Espírito Santo apresenta uma taxa anual de desocupação de 5,7% em 2023, patamar abaixo da média registrada no País (7,8%). “Em 2023, segundo o IBGE, o Espírito Santo teve uma renda média de R$ 3 mil, superior à nacional: “O indicador do Banco Central confirma que o nosso Estado está entre as economias que mais cresceram no Brasil. Esses bons resultados – crescimento econômico e desenvolvimento social – são consequência de uma gestão do governo que integra esforços com os 78 municípios, setores produtivos, poderes democráticos. Essa sinergia caminha junto para o desenvolvimento do Estado”, pontuou Pablo Lira.
Dentro do aspecto geral, a indústria capixaba teve o seu melhor desempenho em mais de uma década, de acordo com o Indicador de Atividade Econômica (IAE-Findes). No ano passado, o setor industrial avançou 9,1% em relação a 2022. Esse foi o melhor resultado desde 2011 (12,3%), segundo o PIB divulgado IBGE. Os dados do IAE-Findes, calculado pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), foram divulgados na quinta-feira (14/03), em coletiva de imprensa na sede da instituição, em Vitória.
A presidente da Findes, Cris Samorini, explicou que o setor produtivo capixaba, em 2023, mostrou mais uma vez a sua relevância na geração de riquezas no Estado. “A indústria é o motor do desenvolvimento e vem contribuindo para o Estado se consolidar como referência no país em atração de investimentos e melhoria de ambiente de negócios”, disse Cris Samorini. Ela ressaltou ainda que o Espírito Santo conta com mais de 16 mil indústrias que juntas geram diretamente quase 233 mil empregos formais. “Somos o segundo Estado mais industrializado do País e 38,4% da economia capixaba é fruto da indústria.”
A economista-chefe da Findes e gerente executiva do Observatório da Indústria, Marília Silva, lembrou que 2023 surpreendeu positivamente as expectativas que se tinha no início do ano. “Em janeiro de 2023, o Banco Mundial divulgou uma projeção para o crescimento econômico mundial no ano na ordem de 1,7%. Já em junho, revisou para 2,1% e, em janeiro deste ano, aumentou a estimativa para 2,6%. A nível nacional, o crescimento econômico também surpreendeu as expectativas iniciais e chegou a 2,9%, segundo o IBGE.”
Segundo os dados do IAE-Findes, a economia do Espírito Santo foi impulsionada pelo bom desempenho da indústria como um todo, em especial pela extrativa, que teve alta de 27% no ano. “Este setor foi influenciado pelos resultados positivos nas produções das duas atividades que o compõem no Estado: petróleo e gás natural (23,1%) e pelotização do minério de ferro e outras atividades (31,7%)”, apontou Marília.