O Espírito Santo encerrou o mês de janeiro de 2024 com o registro de 77 homicídios. Uma queda de 19,8% em relação ao mesmo período de 2023, que teve 96 assassiantos. Foi a maior queda desde que os dados começaram a ser contabilizados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social há 23 anos. Para se ter ideia da importância da redução, em 1996 o Estado registrou 112 assassinatos no mês de janeiro. O maior recorde negativo foi em 2005, com 202 homicídios. A menor taxa, com exceção deste ano, havia sido verificada em 2016, com 94 mortes. Ao todo, 50 municípios não registraram nenhum crime do tipo.
A queda no número de assassinatos é mais uma comprovação de que a política implementada pelo governador Renato Casagrande (PSB) na área da segurança pública está dando certo, que foi a retomado do Programa Estado Presente em Defesa da Vida, a partir de janeiro de 2019, quando se deu o início de segundo mandato dele no comando do Executivo Estadual.
A Região Noroeste registrou a maior queda em janeiro de 2024 em relação aos 31 primeiros dias de 2023: foram cinco assassinatos este ano, contra 14 no ano anterior. Uma queda de 64,3%. Em seguida vem a Região Sul, com redução de 41,7% – teve 12 homicídios em 2023, contra sete este ano.
Depois aparece a Região Metropolitana da Grande Vitória, com queda de 21,6%: foram 51 assassinatos em 2023 e 40 em janeiro deste ano. O destaque negativo na região é a Capital, Vitória, única cidade a registrar aumento no número de homicídios: 71%. Teve sete assassinatos em 2023, contra 12 nos primeiros 31 dias deste ano. Cariacica, por sua vez, registrou a maior redução: 73%. Foram quatro mortes em 2024, contra 15 no ano passado. A Região Nortes capixaba teve aumento de 25%. Saiu dos 16 homicídios em 2023 para 20 neste ano.
O governador Renato Casagrande destacou o começo de ano menos violento desde 1996, ressaltando a importância do trabalho de todos os envolvidos, para se chegar ao resultado. “Iniciamos o ano da forma como terminamos 2023, com redução nos homicídios em nosso Estado. Esse trabalho forte das nossas forças de segurança aliado ao eixo social do nosso programa Estado Presente é fundamental para obter esses resultados históricos. A nossa meta é seguir reduzindo para transformarmos nosso Estado em um dos cinco mais seguros do País. Ainda temos uma longa caminhada, mas percebemos que estamos seguindo o caminho certo”, destacou Casagrande.
O coordenador do Programa Estado Presente e secretário de Estado de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc, também comentou sobre o resultado. “Após encerrarmos 2023 com o melhor resultado anual da série histórica de homicídios dolosos no Estado, iniciamos o ano de 2024 com um resultado também histórico. Isso é fruto de uma política pública sólida, consolidada e contínua. Parabenizo as nossas forças policiais pelos esforços coletivos e ao governador pela sensibilidade e comprometimento com que trata a nossa segurança”, disse.
O secretário interino de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, coronel Marcio Celante, ressaltou que não há nada a se comemorar, mas não se pode deixar de registrar um importante resultado como este, tendo em vista todas as dificuldades e variantes para que ele seja alcançado.
“Temos um período muito difícil que é o Verão, em que o fluxo de turistas é gigante no Espírito Santo, recebemos pessoas de vários locais do Brasil e do mundo. Para isso fazemos todo um planejamento do Verão, Carnaval, festividades, com objetivo de evitar, principalmente, os crimes contra a vida e os crimes patrimoniais. Alcançar esse resultado em janeiro é algo importante e temos que continuar com o trabalho sério, para que consigamos mais um ano de menos vidas perdidas no Estado”, afirmou Celante.
Homicídios e feminicídios em queda
Também houve redução de mortes de mulheres no início de 2024 no Espírito Santo. Dos 77 assassinatos, cinco foram de vítimas do sexo feminino, sendo que dois deles são casos tratados como feminicídios, em que a questão do gênero é fator principal para o cometimento do crime. A redução em relação a janeiro de 2023 é de 37,5%, com três casos a menos.
“No Espírito Santo ainda temos essa cultura machista que impera, e ainda nos leva a registrar feminicídios. Estamos com todas as nossas ferramentas disponíveis para essas mulheres que sofrem com a violência doméstica e, naqueles casos que, infelizmente, não conseguimos evitar, nosso aparato policial está de prontidão para investigar e evitar a impunidade o mais célere possível”, frisou o coronel Celante.