A influenciadora Karol Eller, apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), morreu na quinta-feira (12/10) em São Paulo. Karol era prima da cantora Cássia Eller, que morreu em 2001, vítima de ataque cardíaco, e membra da comunidade LGBTQIA+. Ela publicou, nas redes sociais, mensagem com afirmações como “perdi a guerra” e “lutei pela pátria”. Recentemente, Karol entrou para uma igreja evangélica e anunciou que deixaria de ser homossexual.
Karol viveu no Sul da Flórida por 15 anos, onde ficou conhecida por seu posicionamento político de direita, a favor de Jair Bolsonaro, na época candidato à Presidência do Brasil. Em 2018, Karol Eller voltou a morar no Brasil, envolvendo-se mais ativamente na vida pública. Ela era amiga da família Bolsonaro, especialmente do filho número quatro do ex-presidente, Renan Bolsonaro. Nos últimos dias, Karol chegou a publicar que havia renunciado de ser gay:
“Que diminua eu, pra que tu cresças, Senhor, mais. RENÚNCIA! Sim, eu renunciei à prática homo…, eu renunciei vícios e renunciei os desejos da minha carne para viver em Cristo! Que Deus abençoe vocês!”, escreveu.
As primeiras informações são de que Karol tenha caído do quinto andar de seu prédio, após deixar uma mensagem de despedida em seu Instagram, informando, inclusive, ao Corpo de Bombeiros o seu endereço. A morte de Karol foi confirmada pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), de quem era amiga. “Escrevo isso praticamente sem forças, mas infelizmente Karol Eller veio a óbito. Que o Senhor conforte a vida de seus familiares”, escreveu Nikolas no X (antigo Twitter).
“Com muito pesar mesmo acabei de receber a notícia do falecimento da Karol Eller. Que Deus em sua infinita bondade conforte familiares e amigos, vai fazer falta por aqui”, publicou o também deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) lamentou a morte de Karol. “Recebi com muita tristeza a notícia da morte da Karol Eller, uma pessoa de coração gigantesco, uma grande mulher. Peço respeito pela história da Karol e orações pela alma dela e pelo conforto de todos. Que Deus a receba!”, escreveu.
Em setembro, a influenciadora anunciou em publicação nas redes sociais ter “renunciado à prática homossexual”, além de “vícios e desejos da carne” após voltar de retiro religioso. Apoiadora da família Bolsonaro, ela se filiou ao Partido Liberal (PL) em agosto. Com 36 anos de idade, Karol Eller foi promoter de eventos e fazia vídeos sobre como é a vida nos Estados Unidos antes de se tornar famosa com o ativismo político. Foi fazendo esses vídeos sobre o cotidiano em solo estadunidense que Eller se aproximou da política e, consequentemente, da família Bolsonaro.
Karo foi nomeada para um cargo na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no fim de 2019, já durante o governo de Jair Bolsonaro. Ela foi exonerada do cargo no início de 2023, após participar dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. Segundo O Globo, Karol recebia quase R$ 11 mil mensais pelo cargo comissionado de “assessor I” na Gerência de Jornalismo Web e Radioagência, no Rio de Janeiro.
Meses após ser exonerada da EBC, Karol Eller foi nomeada assessora do deputado estadual paulista Paulo Mansur (PL-SP). Inclusive, ela apareceu recentemente em um vídeo com o parlamentar, convocando internautas a participarem de um curso gratuito para as eleições municipais. Paulo também lamentou a morte de Karol Eller.
Atualmente, Karol Eller focava seu ativismo no Instagram, onde acumula mais de 200 mil seguidores. No Facebook, são mais de 700 mil seguidores. O canal dela no YouTube não aparece nas buscas, o que aponta que o veículo pode ter sido desativado.