Primeiro e único porto sob gestão privada no Brasil, o Porto de Vitória anunciou mais um marco em sua história. Em evento interno, realizado na quinta-feira (16) antes do Carnaval para os colaboradores, a empresa divulgou a nova marca: Vports. O lançamento oficial da marca, cuja empresa foi privatizada como Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo), está programado para acontecer na Intermodal 2023, maior evento de logística das Américas, que acontecerá entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março deste ano.
Após meses de estudo e desenvolvimento, o novo nome chega ao mercado para representar o complexo portuário, composto pelos terminais de Vitória, Vila Velha e Barra do Riacho, em Aracruz. De acordo com o diretor-presidente da empresa, Ilson Hulle, a novidade expressa um compromisso da nova gestão de elevar a competitividade.
“Nós somos o único porto multipropósito do Espírito Santo e temos em nossa essência a missão de impulsionar novos negócios e fomentar o desenvolvimento socioeconômico regional e do País. Temos um porto pronto, pioneiro em diversas frentes, para atuar com inovação, segurança, agilidade e qualidade”, reforça.
Com localização privilegiada na costa brasileira, Vports possui 1.5 milhão de metros quadrados de áreas disponíveis para exploração, 450 mil toneladas de armazenagem estática e espera dobrar a movimentação para 15 milhões de toneladas até 2028. Para isso, a empresa investirá aproximadamente R$ 130 milhões em obras de infraestrutura e melhorias, valores já contemplados pelo contrato de concessão. Serão oito grandes projetos principais com foco na revitalização da ferrovia, reforma de berços, recuperação de plataforma, entre outros.
“Os investimentos buscam tornar o VPorts em um elo logístico ainda mais eficiente entre os ativos de infraestrutura no Brasil, atuando como um relevante indutor do desenvolvimento e gerando riquezas com responsabilidade socioambiental”, completa Hulle.
Um dos mais importantes projetos, pautado na integração de todos os modais, prevê a recuperação das vias ferroviárias na área do Porto de Capuaba, em Vila Velha. A expectativa é aumentar o volume de carga do terminal em 5 milhões de toneladas de produtos como granéis minerais e agrícolas, até 2025, contribuindo também na diversificação do tipo de carga operada.
Saiba Mais
A Codesa foi criada pelo Decreto nº 87.560, de 9 de setembro de 1982, que antes da privatização era uma sociedade de Economia Mista Federal, vinculada ao Ministério da Infraestrutura, dotada de personalidade jurídica de direito privado e regida por legislação que trata do regime jurídico da exploração dos portos organizados e das instalações portuárias. A Codesa substituiu a antiga Administração do Porto de Vitória (APV).
Em abril de 2022, o Fundo de Investimentos em Participações Shelf 119, liderado pela Quadra Capital, venceu o leilão de privatização da Codesa. A Quadra venceu o certame disputado com o consórcio liderado pela Vinci Partners com o lance de R$ 106 milhões de outorga. Além da privatização, o leilão contempla a concessão dos portos de Vitória e de Barra do Riacho por 35 anos, com possibilidade de prorrogar o contrato por mais 5 anos.
Esclarecimento Portocel – Privatização da Codesa
O Portocel, Terminal de Uso Privado (TUP) localizado em Barra do Riacho, Aracruz, não faz parte da área concedida à iniciativa privada no leilão de privatização da Companhia Docas do Espírito Santo, realizado na quarta-feira (30/3/22).
Portocel utiliza, de forma compartilhada, parte da infraestrutura da área do porto público que é alvo de processo de desestatização, como o canal de acesso, a bacia de evolução e os molhes de proteção, por exemplo, mas já é um terminal de uso privado.
O Porto de Barra do Riacho mencionado na concessão refere-se à área vizinha ao Portocel, onde já existe um terminal de granéis líquidos e área disponível para novas infraestruturas portuárias.
Esclarecemos que é um equívoco utilizar imagens ou menções ao Portocel como se fosse o Porto de Barra do Riacho do leilão da Codesa.