O vereador Armandinho Fontoura (Podemos) apresentou um Projeto de Lei que determina a obrigatoriedade de colocação do detector de metais nas escolas públicas de Vitória. A apresentação do PL se deu depois que a Câmara Municipal da Capital capixaba decidiu convidar o secretário Municipal de Segurança, Amarílio Luiz Boni, e a secretária Municipal de Educação, Juliana Rohsner Vianna Toniati, para debater propostas para aumentar a segurança nas escolas de Vitória.
Durante a Sessão Ordinária do dia 28 de novembro, os parlamentares debateram o assunto repercutindo a tragédia em Aracruz em que um adolescente de 16 anos invadiu duas escolas e atirou em alunos e professores, matando quatro pessoas. Foi apresentado voto de pesar e um minuto de silêncio pelo falecimento das vítimas.
“Esse absurdo deste atentado faz a gente refletir. Estou disponibilizando esse material para aprofundarmos uma medida que possa trazer segurança nas escolas municipais. É nosso dever zelar pela segurança das crianças da comunidade escolar”, explicou Armandinho.
Entretanto, o vereador Luiz Emanuel (Cidadania) lembrou que o projeto prevê despesas ao Executivo, o que não é permitido constitucionalmente. Então foi decidido ampliar o debate para encaminhar as sugestões ao prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos). “O projeto do vereador Armandinho está nos possibilitando debater o tema. Podemos convidar o secretário de Segurança a vir a Casa para falar sobre o que possa ser feito”, sugeriu o presidente da Câmara de Vereadores, Davi Esmael (PSD).
O vereador Duda Brasil acrescentou que poderia ser trazido ao debate, além do secretário de Segurança, também a de Educação. “Ninguém tem resposta sozinho, mas buscamos soluções em debates aqui no Plenário”, disse Armandinho.
O vereador Leandro Piquet parabenizou a ação da polícia na investigação e prisão do suspeito do crime em Aracruz e apoiou o debate com os secretários. O ataque terrorista do adolescente de 16 anos começou por volta de 9h30 do dia 25 de novembro deste ano. O atirador agiu usando roupas camufladas e um capuz. Ele arrombou um cadeado e invadiu a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti, realizando disparos que atingiram 11 pessoas — duas delas eram as professoras Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, 48 anos, e Cybelle Passos Bezerra, 45 anos, que morreram ainda no local. Uma terceira professora (Flávia Amboss Merçon Leonardo) da mesma Escola Primo Bitti morreu um dia depois.
Depois, o bandido seguiu de carro até a unidade particular Centro Educacional Praia de Coqueiral, entrando às 9h49 pelo portão, que não estava trancado, e disparou contra mais três vítimas, sendo que uma delas, uma estudante do 6.º ano do ensino fundamental Selena e Maria da Penha morreu no local. O atirador fugiu da escola um minuto depois, às 9h50, de carro. Ficou desaparecido até o início da tarde, quando a Polícia Militar confirmou que o autor do ataque foi preso.
Para a vereadora e deputada estadual eleita Camila Valadão (Psol), a cultura do ódio colabora para aumentar as reações agressivas. Ela propôs a construção de um Plano de Segurança para a cidade. Davi Esmael concorda com a sugestão de ouvir o secretário Amarílio Boni e acrescentou que o prefeito Pazolini, que é delegado de Polícia Civil, pode dar valiosas contribuições para o debate. “Vamos ter vários momentos de debate, e o primeiro momento é como evitar. Então sugiro focarmos nas secretarias de Segurança e de Educação”, indicou Davi Esmael.
Estiveram presentes na sessão os vereadores: Davi Esmael (PSD), Anderson Goggi (PP), André Brandino (PSC); Armandinho Fontoura (Podemos); Aloísio Varejão (PSB); Camila Valadão (PSOL), Luiz Paulo Amorim (SDD); Dalto Neves (PDT), Delegado Piquet (Republicanos); Duda Brasil (União), Gilvan da Federal (PL); Karla Coser (PT), Luiz Emanuel (Cidadania), Maurício Leite (Cidadania).
(Com informações também do Portal da CMV)