O Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo parabeniza os profissionais que atuaram no caso da cidade de Santa Leopoldina, onde seis criminosos foram presos e cinco mortos em confronto. Todos fazem parte de uma facção criminosa denominada de Novo Cangaço, que ataca cidades do interior em todo País para roubar bancos. A quadrilha fortemente armada fez um caminhoneiro refém, explodiu três bancos e roubou dinheiro das agências da cidade de Santa Leopoldina, na madrugada de sexta-feira (30/09). A resposta da Polícia Civil veio logo no dia seguinte, após um brilhante trabalho de inteligência e investigação. Os policiais descobriram que o grupo era composto por 11 criminosos – além de uma família capixaba – que ainda estava na cidade, escondidos numa região de mata.
Com o apoio das outras forças de segurança do Estado – Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal –, uma grande operação foi montada, quatro integrantes do grupo foram presos e cinco mortos em confronto. Ao deixarem Santa Leopoldina, os policiais foram aplaudidos pela população. Os outros dois integrantes da facção criminosa foram presos na segunda-feira (03/10).
A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Estado parabeniza e exalta o trabalho de todos os profissionais que participaram do caso, especialmente, os profissionais da Polícia Civil capixaba. A rápida resposta é reflexo do excelente e necessário trabalho de investigação que deve ser valorizado, reconhecido e ampliado com abertura de novo concurso público, segundo o presidente do Sindipol, Aloísio Fajardo.
“Essa facção criminosa é covarde, aterroriza pessoas do interior, que não estão acostumadas com essa violência crescente das grandes cidades. Foi um recado bem claro. Aqui no Espírito Santo, não terá novo cangaço. E também foi um recado para que a Polícia Civil tenha novo concurso público, para que mais policiais civis possam investigar e prender criminosos altamente perigosos”, finalizou o presidente do Sindipol.
Uma família capixaba também foi presa pela polícia. Segundo o titular da Delegacia Especializada de Roubo a Bancos (DRB), delegado Gabriel Monteiro, os policiais conseguiram chegar até a família depois que dois veículos terem sido encontrados queimados em Viana. Um desses carros seria de propriedade da família.
O delegado Gabriel Monteiro, explicou que cada membro da família detida por participação no crime tinha uma função determinada.
O PAI
De acordo com o delegado, o pai era o motorista. Ele era o responsável por toda a logística do crime. Além disso, o pai foi quem conheceu os criminosos há mais de um ano e que deu início ao planejamento da ação.
“Ele levou esses criminosos no caminho da mata de difícil acesso, levou mantimentos para o grupo e quando estava tudo pronto, os criminosos ficaram na casa dele”, ressaltou Monteiro.
O FILHO
O delegado disse que o filho foi o responsável por levar a serra elétrica com os criminosos e cortar as árvores para obstruir o acesso da polícia à cidade de Santa Leopoldina.
O CUNHADO E A MÃE
Basicamente com a tarefa de transporte, o cunhado e a mãe da família foram os designados a buscar o pai e o filho no momento em que eles voltaram de Santa Leopoldina para Viana e também foram os responsáveis por incendiar o carro.
Segundo o delegado Gabriel Monteiro, as investigações apontam que o grupo já estava na região na terça-feira (27/09), três dias antes do roubo, e que a casa em que a família foi encontrada e detida funcionava como central de toda a ação.
“Ali funcionava todo o planejamento, eles estavam na região desde terça-feira anterior ao crime e ficavam planejando. Nós temos imagens da rua, da casa comprovando esse fato e temos celulares apreendidos. As investigações vão continuar para que a gente aprofunde nessa modalidade de novo cangaço”, explicou.
O delegado afirmou que todos os detidos vão responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de homicídio, cárcere privado, roubo mediante a utilização de artefato explosivo e dano ao patrimônio público.
(Com informações também do Folha Vitória).