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‘Mulheres de Carreira Jurídica’, Fenapef e senador capixaba repudiam ataques de deputado paulista às ucranianas

Artur do Val, conhecido pela alcunha de “Mamãe Falei”, cometeu crime de misoginia, ao falar em áudios que mulheres da Ucrânia são “fáceis, porque são pobres” e ainda complementou, afirmando que “nas cidades mais pobres, elas são as melhores”. A sociedade pede a cassação ou renúncia do parlamentar. "Tenho mãe, irmã, esposa e filha. Jamais poderia deixar de expressar meu sentimento de indignação com tal comportamento", disse Marcos do Val, que apesar de ter o mesmo sobrenome que o deputado machista, ‘nem de longe’ é parente dele.

6 de março de 2022
dentro Politica
‘Mulheres de Carreira Jurídica’, Fenapef e senador capixaba repudiam ataques de deputado paulista às ucranianas
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A Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJNACIONAL), a Diretoria da Mulher da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e o senador capixaba Marcos do Val (Podemos) divulgaram nota, no sábado (05/03), em que repudiam “o ato de misoginia” e sexista do deputado estadual paulista Artur do Val, mais conhecido como “Mamãe Falei” (Podemos/São Paulo), que descreve mulheres ucranianas como “fáceis, porque são pobres” e ainda complementou, afirmando que “nas cidades mais pobres, elas são as melhores”. Em todo o Brasil, a sociedade pede a cassação ou renúncia do deputado, que, por sua vez, anunciou a renúncia a sua pré-candidatura ao governo do Estado de São Paulo. Mamãe Falei já perdeu a namorada, que decidiu romper o romance ainda no sábado.

O deputado gravou áudios e enviou a um grupo de amigos pelo WhatsApp. Nos áudios, que circulam nas redes sociais desde a noite de sexta-feira (04/03) e teriam sido enviados para integrantes do cúpula do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo ao qual Mamãe Falei faz parte, também há outras declarações machistas.

As declarações foram dadas por Arthur do Val durante viagem à Ucrânia. Ele disse ter viajado para enviar doações para refugiados ucranianos após a invasão da Rússia aquele país. “(Mulheres ucranianas) São fáceis, porque elas são pobres. E aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas ‘minas’, em dois grupos de ‘mina’. É inacreditável a facilidade. Essas ‘minas’ em São Paulo você dá bom dia e ela ia cuspir na sua cara e aqui são super simpáticas”, diz o áudio – divulgado inicialmente pelo site Metrópoles.

Nos áudios, o deputado estadual paulista também teria comparado a fila de refugiadas à fila de uma balada. “Acabei de cruzar a fronteira a pé aqui, da Ucrânia com a Eslováquia. Eu juro, nunca na minha vida vi nada parecido em termos de ‘mina’ bonita. A fila das refugiadas, irmão. Imagina uma fila de sei lá, de 200 metros ou mais, só deusa. Sem noção, inacreditável, é um bagulho fora de série. Se pegar a fila da melhor balada do Brasil, na melhor época do ano, não chega aos pés da fila de refugiados aqui.”

Em outro trecho, o áudio diz: “Passei agora quatro barreiras alfandegárias, duas casinhas pra cada país. Eu contei, são doze policiais deusas. Que você casa e faz tudo que ela quiser. Eu estou mal cara, não tenho nem palavras para expressar. Quatro dessas eram ‘minas’…Assim que essa guerra passar eu vou voltar para cá”.

A reação em todo o mundo foi imediata. A diretora da Mulher da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e presidente do Sindicato dos Policiais Federais de São Paulo, Susanna do Val Moore, publicou vídeo em suas redes sociais demonstrando indignação, como mulher e como policial, com a fala do deputado estadual Arthur do Val, o “Mamãe Falei”. A diretora reforça que não tem qualquer parentesco com o parlamentar.

“A Fenapef, que representa policiais – categoria sempre empenhada em combater o crime, inclusive de exploração sexual, se solidariza com todas as mulheres e com todos os seres humanos que se sentiram desrespeitados”, pontuou o presidente da Fenapef, o capixaba Marcus Firme.

Contundente também é a nota de repúdio da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJNACIONAL). Assinada por diversas juristas, dentre elas a procuradora de Justiça Catarina Cecin Gazele, do Ministério Público do Estado do Espírito Santo, a nota diz:

“Em tempos onde o debate sobre a igualdade de gênero tem evoluído bastante e as mulheres cada vez mais têm mostrado sua potência perante seu lugar na sociedade, a Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJNACIONAL) vem a público repudiar o ato de misoginia do deputado estadual paulista Artur do Val, mais conhecido como “Mamãe Falei”, onde descreve mulheres ucranianas como “fáceis, porque são pobres” e ainda complementa: “nas cidades mais pobres, elas são as melhores”.

Não há adjetivos que possam externar nossa indignação perante tais falas machistas, degradantes e humilhantes, principalmente em um contexto onde o mundo clama por paz e igualdade entre os povos, independente de gênero, classe social, etnia, orientação sexual, religião ou ideologia.

Entendemos que vivemos em uma estrutura patriarcal, mas enquanto cidadãs e cidadãos temos mais que um dever, temos a obrigação de zelar pela igualdade e respeito dentro da nossa sociedade.

O machismo é um problema sistêmico, que precisa ser combatido em suas bases e por este motivo conclamamos medidas duras e enérgicas contra o parlamentar, que pela sua atitude não demonstra ser capaz de exercer um cargo público de representação da sociedade, devendo o Poder Legislativo de imediato pedir o afastamento de suas funções, conforme a lei.

A cassação ou a renúncia ao seu mandato é o mínimo que nós exigimos, pois esta é uma atitude inescusável, onde não cabe nenhum tipo de pedido de desculpa ou esclarecimento. Aqui entendemos que qualquer ato deste indivíduo representará ainda mais uma violência contra as mulheres.

Às vésperas do dia 8 de marco, Dia Internacional das Mulheres, em que comemoramos 105 anos de lutas, que esta atitude lamentável sirva como alerta e lição e que Artur do Val e outros tantos que corroboram com tal atitude sejam banidos da política brasileira.

Manoela Gonçalves
Presidente Nacional da ABMCJ

Ana Lúcia Aguiar
Presidente da ABMCJ/SE

Fabiana Dal’Mas Paes
Presidente da ABMCJ/SP

Ingrid Hofstatter
Presidente da ABMCJ/SC

Zelite Carneiro
Presidente da ABMCJ/RO

Larissa Junqueira Bareato
Presidente da ABMCJ/GO

Simone Andrade
Presidente da ABMCJ/PE

Rachel Magrini
Presidente da ABMCJ/MS

Catarina Cecin Gazele
Presidente da ABMCJ/ES

Sâmoa Martins
Presidente da ABMCJ/RN

Alessandra Santos
Presidente da ABMCJ/ RJ

Ana Paula Araújo
Presidente da ABMCJ/CE

Ângela Vetim
Presidente da ABMCJ/BA

Karla Leite
Presidente da ABMCJ/PB

Eduarda Mourão
Presidente da ABMCJ/PI

Sandra Alcântra
Presidenta da ABMCJ/AP

“É inaceitável comportamento desse tipo”, lamenta a procuradora de Justiça Catarina Gazele

Indicação 013-2009 Catarina Cecin Gazelle

Presidida pela procuradora de Justiça Catarina Cecin Gazele, a ABMCJ-ES também divulgou nota em que une forças às várias entidades e instituições que manifestaram repúdio à fala do deputado paulista Artur do Val, o Mamãe Falei, que descreveu as mulheres ucranianas como “fáceis porque são pobres”. A ABMCJ-ES assinou, em conjunto com outras Comissões Estaduais, nota de repúdio da ABMCJNACIONAL:
“Em pleno 2022, em tempos de intensa angústia por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, além do sofrimento provocado pela pandemia do coronavírus, é inaceitável comportamento desse tipo, ainda mais de uma pessoa eleita para representar os interesses do povo”, diz a nota assinada por Catarina Gazele.

Senador capixaba fica indignado e diz que não é parente do deputado Arthur do Val, que atacou mulheres ucrânias

O senador Marcos do Val (Podemos) publicou nota neste sábado (05/03) repudiando fala do deputado Arthur do Val, o Mamãe Falei, que as mulheres ucranianas ‘são fáceis porque são pobres’: “Ele, em sua fala irresponsável descreve suas impressões sobre as mulheres ucranianas de forma machista, inescrupulosa e sexista”, explica o senador.

“Tenho mãe, irmã, esposa e filha. Jamais poderia deixar de expressar meu sentimento de indignação com tal comportamento”, disse o senador, que apesar de ter o mesmo nome que o deputado paulista, não é parente. “Aproveito para reforçar a todos que eu e o deputado Arthur do Val, nem de longe, temos qualquer parentesco. Apenas a coincidência do mesmo sobrenome”, diz o senador capixaba.

LEIA A INTEGRA DA NOTA DO SENADOR CAPIXABA

Como senador da República, em um momento tão difícil que o mundo enfrenta, sinto-me na obrigação de manifestar o meu espanto e repúdio relativos aos áudios gravados hoje, pelo deputado estadual e pré-candidato ao governo de São Paulo, Arthur do Val (Podemos-SP).
Ele, em sua fala irresponsável descreve suas impressões sobre as mulheres ucranianas de forma machista, inescrupulosa e sexista! 
Vivemos uma guerra que entristece a humanidade. Mulheres deixaram os seus lares, maridos, pais e filhos, para que eles fiquem no fronte desta guerra. Elas não estão sozinhas, porque o mundo está com elas. 
Entramos no mês em homenagem as mulheres e assistimos uma postura que não condiz os preceitos éticos, humanos e de respeito. 
Tenho mãe, irmã, esposa e filha. Jamais poderia deixar de expressar meu sentimento de indignação com tal comportamento. 
Aproveito para reforçar a todos que, eu e o deputado, Arthur do Val, nem de longe, temos qualquer parentesco. Apenas a coincidência do mesmo sobrenome. 
Que o mundo tenha mais reciprocidade e respeito, sobretudo, com as mulheres que jamais podem ser vistas como um objeto
Senador Marcos do Val

Deputado boca suja retira pré-candidatura ao Governo paulista

O deputado estadual Arthur do Val decidiu retirar sua pré-candidatura ao governo de São Paulo após a divulgação dos áudios: “Não tenho compromisso com o erro. Por isso, entrei em contato com a presidente do Podemos, Renata Abreu, para retirar minha pré-candidatura ao governo de São Paulo”, escreveu em nota publicada no Instagram.

Conhecido pela alcunha de Mamãe Falei, o deputado disse ainda que tomou essa decisão na tentativa de preservar o que chamou de “construção de uma terceira via”. “O projeto não merece que minhas lamentáveis falas sejam utilizadas para atacá-lo”, completou.

Ao desembarcar em Guarulhos, na Grande São Paulo, na manhã deste sábado (5), o deputado Arthur do Val confirmou que são seus os áudios e disse que cometeu “um erro”: “Foi errado o que eu falei, não é isso que eu penso. O que eu falei foi um erro, em um momento de empolgação”, disse Mamãe Falei. Segundo ele, “houve um mal entendido” e as “pessoas estão misturando os áudios com outro contexto”.

Namorada de Arthur do Val termina relacionamento com deputado pelas redes sociais após declarações sexistas

A namorada de Mamãe Falei acabou o relacionamento com o parlamentar pelas redes sociais após a divulgação de áudios dele que afirmam que as mulheres ucranianas são “fáceis, porque são pobres”. Giulia Blagitz publicou um stories no Instagram dizendo que o namoro havia acabado. A publicação ocorreu por volta das 19h15 de sexta-feira (4), enquanto Arthur do Val ainda estava em voo da Ucrânia para o Brasil.

“Em respeito a todos os meus seguidores que também seguiam o Arthur gostaria de deixar claro que seguiremos caminhos distintos. Infelizmente a vida é imprevisível e muitas vezes nos leva por caminhos que não compreendemos. Mas de uma coisa podemos ter certeza: o amor foi real e sempre será”, escreveu a ex-namorada.

Sergio Moro vê crime nas falas de Mamãe Falei

O ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, pré-candidato à Presidência da República pelo partido de Mamãe Falei, e o próprio partido (Podemos) também repudiaram as declarações em nota à imprensa.

“Gravíssimas e inaceitáveis são as declarações do deputado estadual Arthur do Val, que foram divulgadas na imprensa. Não se resumem ao completo desrespeito à mulher, seja ucraniana ou de qualquer outro país, mas de violações profundas relacionadas a questões humanitárias, em um momento em que esse povo enfrenta os horrores da guerra. O Podemos repudia com veemência as declarações e, com base nelas, instaura de imediato um procedimento disciplinar interno para apuração dos fatos. Até este momento o partido não havia conseguido contato com o deputado, que estava em voo”, diz nota assinada por Renata Abreu, deputada federal e presidente do Podemos.

Moro também repudiou as falas. “Meu respeito incondicional às mulheres em geral e às ucranianas, em especial, porque além de todos os problemas diários enfrentados, precisam conviver com os horrores da guerra. Tenho uma vida pautada pela correção e pelo respeito a todos –tanto no campo público quanto na vida privada. Portanto, jamais comungarei com visões preconceituosas, que podem inclusive ser configuradas como crime. Jamais dividirei meu palanque e apoiarei pessoas quem têm esse tipo de opinião e comportamento. Espero que meu partido se manifeste brevemente diante da gravidade que a situação exige”.

Sergio Moro se refere ao crime de misoginia. Misoginia é a repulsa, desprezo ou ódio contra as mulheres. Esta forma de aversão à mulher é centrada em uma visão sexista, que coloca a mulher em uma relação de subalternidade em relação ao homem. Sancionada em 2018 pelo ex-presidente Michel Temer, a lei 13.642/18 acrescenta à Polícia Federal a atribuição de investigação de casos de misoginia na internet. A norma determina que a PF possa investigar a propagação de conteúdos que difundam ódio ou aversão às mulheres na rede mundial de computadores.

Na época em que a lei tramitava no Senado, o texto recebeu comentários da senadora Gleisi Hoffmann:

“Causa imensa preocupação os constantes ataques misóginos que vêm ocorrendo na rede mundial de computadores, com a finalidade de difundir discurso de ódio e aversão às mulheres. É preciso que as pessoas se conscientizem de que, em pleno século 21, não há mais espaço para a intolerância. Ao contrário, há muito é chegada a hora de se reconhecer o pluralismo e, sobretudo, a igualdade de gênero.”

 

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