Representantes dos países signatários da Declaração do Consenso de Genebra, documento em que se posicionam contrários à adoção de leis internacionais pró-aborto e em favor da proteção da mulher, se reuniram nesta quarta-feira (03/11), na sede da Missão do Brasil em Genebra (Suíça), para celebrarem um ano da assinatura da declaração. Na ocasião, foi comemorada a adesão da Rússia. O grupo agora reúne 36 países em prol da defesa da vida.
A Declaração de Consenso de Genebra é um documento assinado em 22 de outubro de 2020 por diversos países que tem por objetivo alcançar uma saúde melhor para as mulheres; preservar a vida humana; apoiar a família como parte fundamental de uma sociedade saudável; e proteger a soberania nacional na política global. A ‘Declaração’ também enfatiza “que não existe direito internacional ao aborto”.
A reunião contou com a presença de representantes da Arábia Saudita, do Omã, da Hungria, da Líbia, da Polônia, da Guatemala, dos Emirados Árabes Unidos, da Uganda, da Gâmbia, da República Democrática do Congo e do Iraque. Cabo Verde também acompanhou o evento, como observador.
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou que uma das metas para o próximo ano é fazer com que outros países se unam à iniciativa.
“É uma honra ser parceira dos países de vocês nessa jornada. Temos muito orgulho. Queremos que, no futuro, nosso filhos e netos olhem para este momento e celebrem o fato de que tivemos coragem de dizer ‘não’ à morte de tantas crianças e de cuidar, de fato, das mulheres”, afirmou a ministra.
A celebração teve até bolo de aniversário e canto de parabéns em cada uma das línguas dos países representados. Em seus discursos, os representantes diplomáticos alertaram que a promoção do aborto como política pública vai contra os valores por eles defendidos e que deixam marcas, nas mulheres, que ficarão para toda uma vida.
“Essa declaração vê a saúde da mulher de forma completa, com ações de efetiva equidade. E, além disso, temos neste acordo a previsão do respeito a valores que fortalecem os vínculos familiares. Esta é uma declaração, acima de tudo, de direitos humanos”, explicou a secretária Nacional da Família, Angela Gandra.
Na quinta-feira (04/11), as nações signatárias voltam a se reunir, desta vez em evento oficial, na sede das Nações Unidas, em Genebra, às 15 horas no horário local (11h no horário de Brasília).