Pelo menos 72,5% dos brasileiros defendem a ciência e não dão bola para o que pensa o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e são a favor da obrigatoriedade da vacina contra o novo coronavírus (Covid/19). É o que mostra pesquisa divulgada nesta sexta-feira (08/10) pelo Instituto Paraná, que ouviu mais de 2.200 pessoas.
A pesquisa detectou ainda que há brasileiros que defendem a não obrigatoriedade da vacina, apesar da gravidade da doença. Este percentual chega a 24,6%. Outros 2,9% dos entrevistados não souberam responder.
O Instituto Paraná quis saber também qual o ‘Grau de concordância com a obrigatoriedade de apresentação de comprovante de vacina para poder frequentar espaços fechados e eventos’. A este item, 69,8% dos entrevistados concordam com a exigência do chamado “passaporte da vacina”, enquanto 27,2% discordam. Outros 3% não souberam responder.
O universo desta pesquisa do Instituto Paraná abrange a população brasileira. Para a sua realização, foi utilizada uma amostra de 2.262 habitantes, sendo esta estratificada segundo sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica. O trabalho de levantamento dos dados foi feito através de entrevistas pessoais telefônicas, não robotizadas, com habitantes com 16 anos ou mais em 26 Estados e Distrito Federal e em 178 municípios brasileiros durante os dias 02 a 05 de outubro de 2021, sendo auditadas simultaneamente à sua realização, 20,0% das entrevistas.
O Governo Federal demorou aceitar a ideia da importância de se comprar a vacina contra a Covid. Os governadores dos 26 Estados e do Distrito Federal tiveram que tomar a dianteira do programa, para que o Ministério da Saúde encampasse a aquisição dos imunizantes.
O presidente Jair Bolsonaro até este momento não tomou nenhum das duas doses da vacina. Viajou, recentemente, para os Estados Unidos, onde participou de reunião da ONU, sem poder frequentar ambientes públicos, em Nova Iorque, justamente por não apresentar comprovante da vacinação protagonizando, assim, momentos de constrangimento para a Nação brasileira. Foi obrigado comer pizza na calçada de um restaurante, que impediu o Presidente do Brasileiro de adentrar no ambiente.
No Espírito Santo, o Governo tem investido no controle da pandemia da Covid-19 em todo território capixaba. E os dados da vacinação contra a doença mostram que o esforço de todos os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) em prol da imunização surtiram resultado: 91,20% da população acima dos 18 anos já receberam a primeira dose.
O dado representa que pouco mais de 2,7 milhões de capixabas acima dos 18 anos já iniciaram o processo de imunização contra a Covid-19, segundo dados do Painel Vacina e Confia e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), desde terça-feira (05/10).
“Nós temos uma cobertura que já ultrapassa 90% da população adulta com a primeira dose da vacina e esta é a principal aposta do Governo no enfrentamento à pandemia. Temos uma estratégia de plena vacinação no Estado, de plena oferta e praticamente todos os municípios estão ofertando vacinas à livre demanda. Precisamos que a população tenha uma adesão mais significativa neste mês de outubro para que consigamos alcançar toda a população coberta pela vacina”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.
Ainda de acordo com os dados do Painel Vacina e Confia, o Estado apresenta uma cobertura de segunda dose (D2) de 59,21%.
Cobertura vacinal dos adolescentes acima dos 50%
A vacinação contra a Covid-19 dos adolescentes de 12 a 17 anos teve início em todo território do Espírito Santo, no último dia 23 de setembro. Em menos de duas semanas, 54,09% do público já foi vacinado com a primeira dose.
Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Danielle Grillo, o Estado tem orientado os municípios com objetivo de ampliar ainda mais esse número.
“É uma adesão muito importante à campanha de vacinação contra a Covid-19. Estamos orientando os municípios que realizem ações de vacinação nas escolas públicas e privadas para melhorarmos ainda mais a nossa cobertura, uma vez que é um bom começo e precisamos ampliar, tanto para completar 100% quanto para dar início à aplicação da segunda dose mais adiante”, disse a coordenadora.
Dose de reforço
Em relação às doses de reforço, Danielle Grillo ressalta a importância dos idosos e dos imunossuprimidos procurem o serviço de saúde de sua cidade para recebê-las. E agora também, os trabalhadores da saúde. Os dados apontam a cobertura de 45,56% do público apto à dose de reforço dos idosos.
“É a dose que amplificará ainda mais a resposta imunológica contra a doença e precisamos garantir a adesão deste público à dose de reforço. Temos vacinas disponíveis, então, procure o serviço de saúde da sua cidade, caso já tenha o tempo necessário para recebê-la”, informou a coordenadora.
Durante o pronunciamento, o secretário Nésio Fernandes informou também que cerca de 25 mil idosos ainda não receberam a dose de reforço. “Isso representa para o idoso um risco individual de poder ter uma infecção pela Covid-19 e evoluir a uma condição crítica. É fundamental que a estratégia de vacinação sobre os idosos consiga alcançar a totalidade deste público com a dose de reforço, uma vez que vem para garantir uma resposta de reforço ao sistema imune”, alertou.