A votação da Proposta de Emenda à Constituição 135/2019, conhecida como a PEC do Voto Impresso, mostrou claramente como é conservadora a bancada capixaba na Câmara Federal. Dos 10 deputados, apenas um – Helder Salomão, do PT –, votou contra a proposta apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Oito votaram a favor, inclusive gente mais ligada à esquerda, e outro se omitiu, que foi o caso do deputado Felipe Gigoni (PSB), que não voltou.
No final da noite de terça-feira (10/08), o Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou a PEC do Voto Impresso. Foram 229 votos favoráveis, 218 contrários e uma abstenção. Como não atingiu o mínimo de 308 votos favoráveis, o texto será arquivado.
A proposta rejeitada, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL/DF), determinava a impressão de “cédulas físicas conferíveis pelo eleitor” independentemente do meio empregado para o registro dos votos em eleições, plebiscitos e referendos. A votação desta terça-feira é a terceira derrota do voto impresso na Câmara, já que o tema foi rejeitado em duas votações na comissão especial na semana passada.
O resultado representa uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro, que, sem apresentar provas, vem falando em fraude no sistema de votação por meio da urna eletrônica e fazendo acusações sem fundamento a ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral.
A bancada capixaba votou da seguinte forma:
A favor da PEC do Voto Impresso: Amaro Neto (Republicanos), Evair de Melo (PP), Josias Da Vitória (Cidadania), Lauriete Rodrigues (PSC), Neucimar Fraga (PSD), Norma Ayub (DEM), Soraya Manato (PSL) e Ted Conti (PSB).
Votou contra: Helder Salomção (PT).
Omitiu-se: Felipe Rigoni (PSB).
(Foto: Montagem A Gazeta)