O governador Renato Casagrande PSB) participou, na tarde de sexta-feira (16/04), de uma reunião virtual com integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU) para a entrega da carta do Fórum dos Governadores, solicitando ajuda humanitária ao Brasil por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Na reunião, Casagrande cobrou da ONU ações da entidade no sentido de se quebrar a patente ou transferência de tecnologia para outros países possam produzir a vacina contra a Covid.
“Sabemos que vamos trabalhar com esse vírus durante anos e necessitamos fazer a transferência de tecnologia ou a quebra de patentes para que possamos fazer toda vacina aqui. A ONU pode debater esse assunto de forma global. Como o consórcio da Covax Facility não está cumprindo o cronograma de entrega, essas questões são de suma importância. Neste momento, vivemos uma Terceira Guerra Mundial e o inimigo é um só: o vírus”, ponderou o governador.
A reunião teve a participação da secretária-geral adjunta da ONU, Amina J. Mohammed, e de mais de 20 governadores. O Fórum dos Governadores entregou uma carta intitulada “Pacto Nacional em Defesa da Vida e da Saúde”, assinada pelos chefes do Executivos dos 26 Estados e do Distrito Federal.
O documento também foi enviado à Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante a reunião virtual, Casagrande falou como representante dos governadores da Região Sudeste.
O capixaba destacou que o Brasil necessita de ter autonomia para produzir vacinas contra a Covid-19.
“Nosso objetivo com essa carta é claro. Estamos focados na necessidade de termos mais vacinas. Juntos, temos necessidade de compreender o desempenho e o desenvolvimento tecnológico para enfrentar as variantes do vírus. Temos duas importantes instituições – Butantan e a Fiocruz – que estão produzindo vacinas e ainda dependem da importação do IFA [insumo farmacêutico ativo]”, disse Casagrande.
Na Carta, os governadores ressaltam a necessidade da aquisição de mais vacinas; a intermediação entre Brasil e China para a antecipação da chegada do suprimento de IFA ainda em abril; do reforço na importação da vacina do consórcio Covax Facility de cinco milhões de doses em abril e 3,1 milhões em maio; intermediação para aquisição ou empréstimo das doses extras dos Estados Unidos; e assistência para insumos hospitalares.